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quinta-feira, 30 de julho de 2009

quarta-feira, 29 de julho de 2009

A moralização do governo em Goiás

Obstinado ao extremo, Jorcelino Braga, atual secretário da Fazenda no Estado de Goiás, se agigantou numa empreitada com ares de missão impossível. O governador Alcides Rodrigues exigiu dele um saneamento das finanças públicas sem nenhuma maquiagem. No processo do corta daqui e puxa de lá, o cobertor encurtou e os desafetos apareceram aos borbotões. Era de esperar. Para a surpresa de muitos, ele suportou todos os solavancos.

Os dados disponíveis demonstram que parte da tarefa surtiu efeitos produtivos e moralizadores. Poucos discordam que as economias do Estado estão com alicerces mais sólidos em dias atuais. Quem é do ramo garante que as fissuras encontradas eram mais amplas do que se pode imaginar. É de se entender que não é fácil manter o equilíbrio para não conspurcar, além do que, em política se considera razoável uma ex-parceria em que o atual administrador se firmou como parte ativa.

Pois bem, segundo minhas fontes, a atual vontade de Braga, com apoio de Alcides, é dar sequência no projeto de transparência e moralização, colocando toda folha de pagamento na internet. Seria o nirvana. O prefeito de São Paulo adotou a modalidade, sofreu represálias, gente graúda chiou, mas sua tese venceu na Justiça.

Se a ideia vingar, e que ninguém pense que será fácil, o povo goiano terá – finalmente – um mecanismo efetivo para contribuir fiscalizando os investimentos na contratação de funcionários públicos. É claro que uma minoria, principalmente dos que recebem sem trabalhar e dos marajás da coisa pública, vai dar um piti dos diabos. Principalmente alegando que sua privacidade estará em risco. Balela.

Aos previsíveis esbravejadores vale lembrar que nós – o povão que paga a mais pesada e injusta carga tributária do planeta – somos os empregadores. Temos o direito de saber quem está na folha de pagamento, que cargo ocupa, o horário em que atua e onde trabalha. É o mínimo. Com esses dados podemos saber quem está nos enganando.

Chega de hipocrisia. A ideia é simples e só não concorda com ela os famosos tubarões da coisa pública. A maioria dos funcionários não tem nada a esconder. Os que clamam em nome da privacidade, aposto nisso, é porque desejam esconder-se na tenebrosa sombra da ausência de transparência.

Por mais que se fiscalize, ainda existem fantasmas que não comparecem nas seções onde deveriam atuar, gente que vem ao Estado apenas na hora de receber o contracheque, que recebe jetons extras sem dar o serviço e são inúmeras as formas de burlar a vigilância. Povão neles.

Será ótimo descobrir quantos funcionários existem em cada órgão. Há locais com excesso de contingente humano e outros que carecem de apoio. A população se transformará em fiscal do governo. Auxiliando e cobrando. Esse é o verdadeiro espírito da democracia.

Oxalá a ideia seja realmente implantada. Uma vez realizada a estratégia terá sequência em outras gestões. Com amplos benefícios sociais. Mas já fiquei sabendo que a turma do contra, cujos interesses umbilicais serão afetados, já se posicionou contra mais essa medida saneadora. Oro para que a turma do bem vença a parada. Vai que é sua Braga, marca o gol Alcides. Escrevam seus nomes na história que modernizou Goiás. O povo em peso, podem anotar, estará ao lado de vocês.


Rosenwal Ferreira é jornalista e publicitário

quinta-feira, 23 de julho de 2009

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Um bom exemplo que vem da Asmego

Ao contrário de homens públicos que se lixam para a mídia, o juiz Átila Naves do Amaral, atual presidente da Associação dos Magistrados de Goiás, mostrou consideração exemplar ao responder prontamente meu artigo – “Sinal amarelo no Judiciário goiano” - nos tópicos em que o considerou improdutivo.

A contundência com que defendeu seus colegas de profissão demonstra a índole de quem valoriza a moral e a ética. Um alívio perceber que o segmento não reza na cartilha dos Collor, Jader Barbalho, Renan, Maluf e de outros que, frente a revelações, denúncias e cobranças da imprensa, se lixam ou até ficam orgulhosos da exposição negativa, como aconteceu com o já famoso, e impune, dono do castelo e seus cupinchas.

Minha intenção nunca foi a de ofender as excelências que atuam no Judiciário. Tenho convicção de que a maioria mantém irretocável virtude em seu complicado ofício. Meu propósito, que foi em parte conseguido na resposta do ilustre Átila, foi de oferecer um alerta, divulgando opções para o público revelar com segurança possíveis desvios de conduta.

Os leitores agora já sabem que a trilha garantida é o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) sem entrar em detalhes que, no momento considero baldado, os documentos que me foram entregues estão em mãos adequadas. Estou certo que providências serão tomadas.

Concordo com o ilustre representante que o ideal seria uma ampla reportagem oferecendo “nomes e separando o joio do trigo”. Infelizmente essa não é uma tarefa de execução plausível a um simples jornalista. A peleja é desigual.

Com frases pinçadas fora do contexto de meu artigo, assim como acontece em qualquer texto opinativo, existe margem para uma interpretação errônea. No entanto, que fique claro, minha intenção foi apenas a de alertar. Coloquei no papel o que muitos falam à boca miúda.

Em dezenas de ocasiões escrevi textos defendendo o Judiciário. Opinando firme como profissional de imprensa, na certeza do que estava resguardando. Dessa vez não foi diferente. A distinção é que não foram elogios.

Certo de que, se necessário, eles vão confirmar o que expressei claramente, seis meses antes do escândalo que lesou a Asmego em milhões de reais, comentei com uma juíza e um juiz sobre o tititi que corria na cidade. Deu no que todos já sabem. Por que ninguém teve coragem de avisar os juízes? Pelo receio e problemas que esse tipo de denúncia acarreta.

Agradeço ao juiz Átila pela garantia no término de seu artigo: “Asseguro, como dirigente classista, que os juízos de Goiás são honrados, trabalhadores e respeitam o trabalho sério que a imprensa realiza.” Estou aliviado, afinal de contas, em 36 anos de jornalismo nacional e internacional e nos meus 18 anos em Goiás, sempre demonstrei retidão em minhas ações.

Se o juiz Átila, que bem representa o segmento, considerou minhas observações como “sinal vermelho para o denuncismo”, minha intenção é pisar imediatamente no freio. Mesmo com air bag e cinto de segurança, Deus me livre de ser julgado e trombar com algum juiz que se sentiu ofendido. Afinal de contas, cada um que passe no sinal como bem entender. Que o guarda de trânsito resolva. Estou fora. Não tenho cargo vitalício.



Rosenwal Ferreira é jornalista e publicitário

quinta-feira, 16 de julho de 2009

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Sinal amarelo no Judiciário goiano

Na visão de muitos intelectuais, sambistas, jornalistas e políticos, boa parte dos problemas delicados do País são discutidos para valer nos botecos que oxigenam as cidades. Nestes locais, que raramente frequento, denúncias sobem de tom à medida que o álcool afrouxa as amarras do medo. Nem tudo é digno de crédito. A maior parte dos assuntos são mexericos e coscuvilhice dos invejosos. Mas quando um tema persiste em rodas além da turma da cachaça, o sinal de fumaça pode se transformar em incêndio digno de registro.

Não é de hoje que em Goiás fala-se em membros do Judiciário que ostentam sinais de riqueza incompatíveis, como se fosse a coisa mais natural do mundo. Nas últimas décadas, as acusações apontam detalhes, no mínimo, intrigantes. Alguns profissionais da área, sempre à boca miúda, confirmam transações aparentemente inexplicáveis. A certeza de algumas testemunhas indica, no mínimo, sinal amarelo.

Evidente que ninguém é besta de bater de frente com um poder com tanta bala na agulha. Acusações sem habilidoso fundamento seria um desastre. Nenhuma dúvida a esse respeito. Outra questão, digna de irretocável registro, é que a maioria dos que atuam na área o faz com a devida seriedade. Leviandade com a instituição não atende os interesses da sociedade.

Entretanto, até em respeito aos que agem com lisura, urge investigar surtos de enriquecimento, negociatas e luxo, que estão sendo capazes de alimentar fofocas tão persistentes. Dizem os mais informados que a Polícia Federal já encontrou furos na canoa. Será? É possível.

Há cerca de 10 meses, lavei as mãos entregando um dossiê à responsabilidade de um zeloso membro do Ministério Público. Confio que a investigação esteja em curso. Entendi que o alarde na imprensa seria menos produtivo. Entretanto, até para não dizerem que sou omisso quando se trata de um círculo que admiro e mantenho amigos, registro esse artigo em tom de alerta.

Mesmo que tudo seja fruto de um misto de imaginação popular e vingança dos que perderam ações, a fofocaria passou dos limites. Seria importante divulgar, de forma clara e oferecendo toda a segurança, canais para que a população possa extravasar o que baila nos salões. Mesmo que exista uma corregedoria ativa e responsável, faltam informações capazes de mostrar como e onde denunciar o xerife.

Deixando como está, ou fingindo que o problema não existe, a inumação pode ser pior. A lentidão da Justiça já é um carma duro de roer; imaginar sânie intratável é ir além do fundo do poço.

Rosenwal Ferreira é jornalista e publicitário

terça-feira, 14 de julho de 2009

Jornal do Meio Dia

Acompanhe às 2ª, 4ª e 6ª feira no Jornal do Meio dia da TV Serra Dourada os comentários do jornalista Rosenwal Ferreira.
Críticas e opiniões sobre os temas atuais do Estado e do Brasil.


quinta-feira, 9 de julho de 2009

quarta-feira, 8 de julho de 2009

O maior legado do governo Alcides

Sob o aspecto de verbas que jorraram generosamente, a imprensa não tem o que reclamar do ex-governador Marconi Perillo. A parte mais expressiva das verbas autorizadas foram se acomodar no berço de empresários do segmento. Mas a tática, que teve como objetivo criar, digamos assim, um clima favorável ao governo, contribuiu gerando empregos aos profissionais do setor.

Por razões de estilo, de cofres que foram encontrados vazios e de um turbamulta de embaraços, dr. Alcides colocou o pé no freio e a torneira apenas pingou cautelosamente. Muitas publicações, principalmente as do estilo caça-níquel, ou fecharam ou reduziram suas atividades. Infelizmente muitos colegas perderam o emprego. Os competentes logo encontraram um cantinho ao sol. Faz parte.

Toda a história descrita nos parágrafos acima já é de conhecimento geral. Nenhuma novidade. O que vale acrescentar, e que acaba sendo o aspecto mais relevante, é que o manda-chuva de Santa Helena é um democrata. Poucas vezes os jornalistas tiveram tanta liberdade para realizar seu trabalho.

Em minha visão particular – ressaltando que os ex-governadores Maguito Vilela e Marconi nunca me constrangeram com censuras –, dr. Alcides deu um passo a mais. Ele não deixa margem para sequer ouvir os caçadores de cabeça ou “aceçores” que ensejam vendetas pelo que não gostam de ouvir. Recentemente ele deu um pito – foi uma delícia – em dois urubus que pediam a guilhotina de um jornalista.

Uma posição que fortalece quem deseja atuar seriamente. Ao contrário do que já me ocorreu, jamais recebi um único telefonema desse governo “sugerindo” suavizar críticas pontuais. Veterano no ofício, o atual capo da Secretaria de Comunicações, jornalista Marcos Vinicius, é de uma elegância admirável.

Ao tratar os colegas em condições de igualdade, negando o que não pode atender e decidindo com eficiência o que é possível auxiliar, o responsável pela Secom imprime um ritmo que valoriza o governador.

Essa particularidade de Alcides é importante em diversos aspectos. Sabendo que o chefe não aceita degolar os críticos, secretários e subordinados preferem dar satisfações produtivas a ameaçar quem se atreve a divulgar problemas a serem resolvidos.

Com isso, todos ganhamos. O verdadeiro exercício da liberdade não é fácil. A via cômoda é a de criar mecanismos que seguram as reclamações. Seja pela via do jimbongo que amacia ou do azorrague que castiga.

Sendo assim, em meio ao atoleiro de questões sérias a resolver, o governador Alcides Rodrigues tem o mérito de aceitar – com tranquilidade pouco habitual entre os que sentam no trono do poder – jornalistas que cobram soluções e apontam erros. Parece algo trivial, mas não é. É um avanço significativo. Demonstra respeito à inteligência do contribuinte.

Rosenwal Ferreira é jornalista e publicitário

terça-feira, 7 de julho de 2009

RR Assessoria

Anúncio da RR Assessoria na 45ª edição da Revista Marketing em Goiás


Jornal da Sucesso

Não deixe de acompanhar o melhor programa jornalístico de rádio em Goiás.


quinta-feira, 2 de julho de 2009

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Prêmio Top Goiás de Comunicação e Os mais Influentes de Goiás

Rosenwal Ferreira discursando sobre sua premiação


Rosenwal recebendo de Silvio Kuster, presidente do Sinapro, o troféu de melhor case institucional

Com o troféu de jornalista mais influente de Goiás


Equipe de trabalho. Da direita para esquerda: Cláudia Bello, Danilo Aquino, Rosenwal Ferreira, Lucas José, Camilla Carla e Carlos Augusto

Prêmio Top Goiás de Comunicação e Os mais Influentes de Goiás

A revista Marketing em Goiás realizou ontem no auditório da FIEG uma solenidade para entrega de troféus do 4º Top Goiás de Comunicação e da 6º edição de Os Mais Influentes da Comunicação.

O jornalista e publicitário Rosenwal Ferreira foi convidado a subir ao palco duas vezes, uma pelo prêmio de melhor case de Marketing Institucional com a Cristal Alimentos, conquistado por sua agência de publicidade RR Assessoria, e outra por ser o jornalista mais influente de Goiás, prêmio conquistado pela terceira vez consecutiva.

No evento estavam presentes empresários do segmento, clientes, fornecedores e patrocinadores, que prestigiaram os premiados.

Rosenwal Ferreira, ao ser convidado a falar, agradeceu e polemizou o troféu, num discurso ácido e guarnecido de um sarcasmo às classes políticas, que segue a baixo para leitura .
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O palhaço mais influente de Goiás

Uma pesquisa qualificada, realizada sob a batuta do publicitário e jornalista Yuri Rincon Godinho, aponta pela terceira vez consecutiva o meu nome como o jornalista mais influente do Estado de Goiás. Nem meu ego inchado, típico dos que atuam no segmento de comunicação de massa, consegue esconder que o título não tem o menor respaldo na realidade. Quanto muito, sou um profissional capaz de falar certas verdades que encontram ressonância social.

Na atual conjuntura brasileira, seria mais apropriado afirmar que sou um palhaço com certa competência. Primeiro que meu diploma, assim como o de milhares de profissionais, possui a mesma importância no lixo quanto emoldurado na parede. Por decisão da corte suprema da nação, qualquer indivíduo pode exercer a profissão. Tudo bem. Se la vi. Duro é explicar como ficam os alunos que frequentam faculdades, autorizadas pelo Ministério da Educação, em diversos rincões. Mas dá para engolir.

O inacreditável é que o chefe mor da nação, sua excelência Luiz Inácio Lula da Silva, alardeia que a imprensa procura destruir as instituições. A afirmação, que está colando em 80% da população brasileira, é uma ofensa aos que acompanham denúncias de corrupção.

Convenhamos, foi a imprensa burguesa que inventou 663 atos secretos? Fomos nós, os jornalistas golpistas da direita, que engendramos empregos para todos os parentes de Sarney? Que ajuizamos contas secretas de milhões de reais? São fatos. Desprezados porque se trata de uma exigência da classe média.

Chegamos ao cúmulo, sem necessidade nenhuma, da cúpula do governo avalizar um cidadão, elogiado e recebido com pompas nas salas palacianas, que se tornou símbolo da ladroeira que corrói as entranhas do Brasil. Quem desconhece o verbo malufar?

O regime militar calou a imprensa através de atos truculentos e censura. Os atuais donos do poder o fazem com o populismo consciente, manipulando verbas públicas como se fosse o saldo de contas particulares. Verbas jorraram calando a UNE, silenciando a CUT, mantendo as rédeas do MST, foram usadas para cooptar ou demitir jornalistas e comprar parte expressiva da classe política.

Sinto-me um palhaço. Mas avisem o dono do circo que não vou desistir. Ao contrário do que imaginam os corruptos e poderosos, o juízo final não será um céu de felicidades. Não haverá margem para troca de favores ou jogadas milagrosas.

A lei divina, que estabelece o controle da vida em nome do eterno, jamais aceitará falsos julgamentos. A alma não se elevará pela mão beijada do protecionismo e sim a custa dos próprios atos. O riso e o escárnio de hoje, dos que riem às nossas custas, certamente se transformarão em choro e ranger de dentes. Tenho fé.

No arremate garanto aos detentores dos veículos de comunicação, sobretudo os falsos que enriquecem nas concessões de rádio e outros veículos, alardeando valores que não possuem, que muito cedo poderão ser vítimas de sua própria farsa.

Minha alegria pessoal é imensa. Mas não tenho ilusões de que uma nação justa se faz com egoísmo. Se não for contida, a desmoralização da imprensa será ruína. Anotem.