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quarta-feira, 22 de julho de 2009

Um bom exemplo que vem da Asmego

Ao contrário de homens públicos que se lixam para a mídia, o juiz Átila Naves do Amaral, atual presidente da Associação dos Magistrados de Goiás, mostrou consideração exemplar ao responder prontamente meu artigo – “Sinal amarelo no Judiciário goiano” - nos tópicos em que o considerou improdutivo.

A contundência com que defendeu seus colegas de profissão demonstra a índole de quem valoriza a moral e a ética. Um alívio perceber que o segmento não reza na cartilha dos Collor, Jader Barbalho, Renan, Maluf e de outros que, frente a revelações, denúncias e cobranças da imprensa, se lixam ou até ficam orgulhosos da exposição negativa, como aconteceu com o já famoso, e impune, dono do castelo e seus cupinchas.

Minha intenção nunca foi a de ofender as excelências que atuam no Judiciário. Tenho convicção de que a maioria mantém irretocável virtude em seu complicado ofício. Meu propósito, que foi em parte conseguido na resposta do ilustre Átila, foi de oferecer um alerta, divulgando opções para o público revelar com segurança possíveis desvios de conduta.

Os leitores agora já sabem que a trilha garantida é o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) sem entrar em detalhes que, no momento considero baldado, os documentos que me foram entregues estão em mãos adequadas. Estou certo que providências serão tomadas.

Concordo com o ilustre representante que o ideal seria uma ampla reportagem oferecendo “nomes e separando o joio do trigo”. Infelizmente essa não é uma tarefa de execução plausível a um simples jornalista. A peleja é desigual.

Com frases pinçadas fora do contexto de meu artigo, assim como acontece em qualquer texto opinativo, existe margem para uma interpretação errônea. No entanto, que fique claro, minha intenção foi apenas a de alertar. Coloquei no papel o que muitos falam à boca miúda.

Em dezenas de ocasiões escrevi textos defendendo o Judiciário. Opinando firme como profissional de imprensa, na certeza do que estava resguardando. Dessa vez não foi diferente. A distinção é que não foram elogios.

Certo de que, se necessário, eles vão confirmar o que expressei claramente, seis meses antes do escândalo que lesou a Asmego em milhões de reais, comentei com uma juíza e um juiz sobre o tititi que corria na cidade. Deu no que todos já sabem. Por que ninguém teve coragem de avisar os juízes? Pelo receio e problemas que esse tipo de denúncia acarreta.

Agradeço ao juiz Átila pela garantia no término de seu artigo: “Asseguro, como dirigente classista, que os juízos de Goiás são honrados, trabalhadores e respeitam o trabalho sério que a imprensa realiza.” Estou aliviado, afinal de contas, em 36 anos de jornalismo nacional e internacional e nos meus 18 anos em Goiás, sempre demonstrei retidão em minhas ações.

Se o juiz Átila, que bem representa o segmento, considerou minhas observações como “sinal vermelho para o denuncismo”, minha intenção é pisar imediatamente no freio. Mesmo com air bag e cinto de segurança, Deus me livre de ser julgado e trombar com algum juiz que se sentiu ofendido. Afinal de contas, cada um que passe no sinal como bem entender. Que o guarda de trânsito resolva. Estou fora. Não tenho cargo vitalício.



Rosenwal Ferreira é jornalista e publicitário

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