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terça-feira, 31 de agosto de 2010

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

ACOMPANHE

Mário Naves desmoraliza o Conselho Regional de Administração

Duvido que a diretoria de órgãos representativos sérios, como Ordem dos Advogados do Brasil, Conselho Regional de Medicina, Conselho Regional de Odontologia, Associação dos Magistrados e outros, sejam capazes de autorizar um aluno não graduado, que ostenta o título de prático no segmento, a ministrar palestras para alunos do curso superior em nome da entidade. Inocente, e pensando estar se defendendo, o aprendiz Mário Naves documentou em artigo uma distorção que desmoraliza o CRA/GO e os administradores graduados.

Ele confessa que ministrou palestras, em diferentes ocasiões, autorizado pela Diretoria do CRA/GO, que tinha conhecimento que ele não era formado. Usou sua experiência pessoal “porque não conseguiram encontrar um conselheiro com horário vago”. Vai além: afirma que seu conhecimento do sistema CFA/CRA`s “pode ser até maior do que alguns conselheiros”. Imaginem quanta desmoralização afiançar que um estudante entende mais do assunto do que gente formada que tem a obrigação de fiscalizar a exercício da profissão?

Concordo que Mário Naves atua com honestidade. Não tenho dados para afirmar o contrário. Erra quem contratou os serviços dele. A quantia torna-se um fator irrelevante. Quer dizer que se o valor pago for baixo vale enviar um aluno para representar os administradores?

A revelação de Mário Naves coloca o CRA/GO numa bruta enrascada. Que moral o órgão tem para exigir que empresas contratem gente formada, se aceitam patrocinar conclaves coordenados por um prático no assunto? A contestação dele é risível. Será que ele mostrou o artigo para seus atuais patrões do CRA?

Por mais que seja experiente, Mário Naves jamais devia se atrever a uma empreitada como mestre no ensino superior. Ele precisa aprender muito. Haja vista que no seu texto comete erros crassos que nenhum administrador sério cometeria. Diz, por exemplo, que meu artigo “poderá constituir-se em denunciação caluniosa”. Nunca, meu dileto aluno Mário Naves, verifique. Quando muito, meus parágrafos poderiam gerar uma denúncia por calúnia. “Denunciação caluniosa” é outra figura jurídica.

Pessoas que entraram na justiça contra o grupo que o senhor defende, podem ser vítimas de uma denunciação caluniosa ser for comprovado que não tinham razão para utilizar a lei. Entendeu? Inclusive foi protocolado um pedido de investigação na Procuradoria Federal – número 17258/2010 – tendo como base o mesmo rol de irregularidades citadas no meu artigo. Eu não os inventei. Quem aponta suspeita de fraude é a administradora Maria Catia Alves de Oliveira, Presidente da Comissão de Tomada de Contas do CRA.

Quanto ao fato de que estou à serviço de políticos com ficha suja, faço um desafio: prove. Informo que vou exigir isso do senhor na justiça. E mais: não resolve me pedir para cuidar apenas de assuntos que dizem respeito à minha vida. Jornalistas qualificados não agem assim. A sua sugestão me permitiria escrever apenas sobre o Sindicato dos Jornalistas ou dos publicitários. Como profissional de imprensa, com todos os dissabores que isso provoca, sinto-me no dever de informar pessoas de diversos matizes.

No arremate, não tenho o menor interesse nas eleições do CRA/GO. Membros do próprio órgão é que estão mostrando lama em público. O senhor bem que podia usar toda sua inteligência para ajudar a responder as 16 constatações de irregularidades apontadas pela comissão de prestação de contas. Com um conselho: não vá escrever algo que seja uma confissão que corrobora as graves denúncias. Definitivamente o ponto alto de seu artigo foi a frase “não sou nenhum professor.”


Rosenwal Ferreira é Jornalista e Publicitário.


segunda-feira, 23 de agosto de 2010

O meu rei não está nu. O do PCB sim.

Os inimigos da democracia, e que pretendem implantar um regime comunista no Brasil, me odeiam num ápice próximo das paixões incontroláveis. No mar de excelentes artigos defendendo o Diário da Manhã contra a tentativa de censura do Partido Comunista do Brasil, o professor Fernando Viana só teve a coragem de citar o meu nome. É o amor. Ele ficou tão arrebatado que até errou a grafia. Escreve-se Rosenwal com w. Ok, docinho?

Ao dizer que sou amigo do rei, e todo mundo entendeu que o monarca em questão é o digno jornalista Batista Custódio, o mestre em história acertou. Ele consta em meu caderno de amigos distintos. Batista Custódio é um exemplo tão gratificante de democracia que aceitou seu artigo (criticando a empresa que pertence a ele), sem nenhuma censura, utilizando quase meia página do jornal. Sabe quanto custa isso? Duvido que saiba. Raramente um comunista é capaz de investir e tocar uma empresa. Gostam mesmo é de viver à custa do contribuinte, mamando nas generosas tetas de um serviço público. Será que Fernando Viana foge a essa regra? Tomara.

Ao contrário dos monarcas do PCB, o meu rei Batista Custódio não está nu. Por conhecer a história é que tenho nojo do comunismo e não ao contrário. Endeusado pelo PCB, Joseph Stalin foi responsável por 20 milhões de mortes e de 18 milhões enviados para os Gulag. Isso para não citar 14, 5 milhões de mortos pela fome durante o regime comunista.

O regime vermelho de Pol Pot foi responsável por 2 milhões de mortes. Uma ditadura sangrenta com apoio dos que preconizam o comunismo mundial. A tirania em Cuba, que ainda leva dissidentes às masmorras e impede qualquer liberdade de imprensa, é o perfume que leva o PCB ao delírio.

Quantas famílias sofreram horrores com o absurdo muro de Berlim? Milhões. A aberração foi imposta e avalizada pela insanidade comunista. Se dependesse do comunismo, o modelo ideal de imprensa seria o pensamento único permitido na China e os destinos da Venezuela com o neo ditador Hugo Chávez.

O senhor Fernando Viana está propondo um debate porque o partido dele não tem votos e não alcançou o poder. Fosse o contrário, como acontece em Cuba, eu não teria espaço sequer para reclamar que falta papel higiênico. Sempre foi assim. O meu artigo doeu porque falei a verdade. O PCB não tem votos. Sua representação é pífia.

O partido vive das migalhas. Depende da boa vontade de quem mantém lucidez e consegue eleger representantes. Na fosse a ingenuidade de pós-adolescentes que canalizam rebeldia nas ilusões da esquerda raivosa, o partido seguiria os rumos da extinta União Soviética. Ou seja: desapareceria.

No arremate, Fernando Viana diz que “donos dos jornais não estão acima dos direitos e deveres da Constituição”. Exato. Batista Custódio não está. Quem deseja isso são vocês, defensores do Movimento dos Sem Terra, grupo que promove invasões, assassinatos, roubos e causa pânico no campo. São vocês que acham lindo e usam camisetas das Farcs, fechando os olhos para guerrilheiros que se tornaram narcotraficantes.

Quer mostrar competência? É simples. Criem um jornal e sejam capazes de oferecer empregos e contribuir com o progresso. Mas isso vocês não querem. Dá muito trabalho e exige dedicação. Mais fácil é exigir um espaço que não lhes pertence. E ainda por cima dar uma de defensores do povo.

Em nenhum lugar do mundo, em qualquer época da história, o regime comunista foi bom para o povão. Para os dirigentes são outros quinhentos. É por isso que Fernando Viana, Secretário Político do Partido Comunista Brasileiro de Goiás, se exalta em sua defesa. Não vem que não tem. No Brasil precisa de votos.


Rosenwal Ferreira é Jornalista e Publicitário.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Conselho Regional de Administração se atola em denúncias

A cada dia se avolumam denúncias que comprometem a atual administração do CRA/GO, Conselho Regional de Administração. As irregularidades devem ser investigadas pelo Ministério Público Federal e, se comprovadas, os possíveis culpados punidos exemplarmente. Afinal de contas, uma autarquia tão importante não merece se transformar em feudo para nutrir interesses particulares.

Eu tive acesso a um relatório da administradora Maria Kátia Alves de Oliveira que documenta dados de estarrecer. Por exemplo, tão zeloso em exigir profissionais de administração até para empresas que não precisam dessa especialidade, o CRA/GO contratou o funcionário Mário Rodrigues (empenhos 613,720,767 e 904) para ministrar palestras em quatro eventos na Faculdade Anhanguera de Anápolis, com os temas “Sistema CFA/CRA e o profissional de administração” e “O profissional de Administração: Cenários e perspectivas”, e na pasta do funcionário não consta que ele seja bacharel em administração. Portanto jamais poderia administrar palestra com esse tema. A conclusão, na constatação número oito de Maria Kátia, é que houve improbidade na indicação do palestrante. Eu acrescento que os participantes foram vítima de uma fraude patrocinada pelo CRA/GO.

O item 03 é ainda mais intrigante. “O CRA/GO contratou a empresa CMA Consultoria Métodos para fornecimento e manutenção de software para inscrição de devedores no CADIM e não consta no processo de contratação da empresa cotação de preços, e a contratação foi realizada de forma direta, ou seja, sem licitação e/ou processo de dispensa.” Segundo o relatório, não foi apresentada nenhuma lista de profissionais ou empresas inscritos no CADIM. Conclusão: CRA-GO pagou por um serviço que não foi utilizado.

O mesmo relatório aponta 12 improbidades na contratação direta, sem tomada de preços e sem licitações adequadas. Na construção da Delegacia de Mineiros, as incorreções são tão absurdas que beiram o esculacho. No processo de licitação não há orçamento prévio da obra, ou seja, não tem orçamento realizado por um profissional engenheiro orçamentista. Não tem responsável técnico contratado pelo CRA/GO para vistoriar a obra e não foi apresentada as ART de construção do edifício.

Qualquer administrador decente sabe que nenhum investimento, principalmente os que envolvem orçamentos de alto custo, pode ser executado sem autorização qualificada. Consta desembolso na ordem de R$ 340.648,73 (trezentos e quarenta mil seiscentos e quarenta e oito reais e setenta e três reais) referente a pagamento para a empresa Trip Locações e Eventos Ltda – ME, referente a despesas com a realização do Congresso Brasileiro de Administração – CBa. Pasmem, todo o processo foi realizado sem aprovação do plenário. Até hoje ninguém sabe ao certo quem recebeu ou quem deixou de receber pelos serviços prestados.

O relatório é um rosário de anomalias. Demonstra um generoso gasto de 250 mil reais em uniforme de futebol para os funcionários. Sem tomada de preços ou licitação. É impressionante que o CRA/GO, que mantém em seus quadros pessoas que alertam as empresas para não cometer erros crassos. Efetuou, por exemplo, pagamentos sistemáticos por meio de RPA. O mais infantil administrador sabe que não é recomendável o pagamento por meio de RPA, pois fica mais oneroso para a instituição que além do pagamento da mensalidade tem que pagar vinte por cento para o INSS.

No dossiê, existem desmandos em pagamentos de diárias não explicadas e propaganda em quatro emissoras de rádio sem mencionar o motivo ou dizer o que foi divulgado. Se tudo isso, e outras iniquidades gritantes que constam na zelosa exposição do grupo que efetuou o trabalho, não for motivo para uma investigação qualificada, está liberado fazer o que bem entender no CRA de Goiás. Mesmo com tanto dinheiro sobrando, se o Conselho Regional de Administração fosse uma empresa estaria a caminho da falência. O pior dos cenários é o desfalque moral.

Rosenwal Ferreira é Jornalista e Publicitário.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

E agora Cláudio Meirelles?

O título acima comprova a minha falta de criatividade. Ele é um repeteco de um recente artigo de minha lavra, utilizado para refrescar a memória do leitor, e principalmente do eleitor, em relação aos desatinos envolvendo a Deputada Isaura Lemos, que recebeu o desairoso diploma de ficha suja e só está concorrendo utilizando as vias tortuosas da justiça brasileira. Eventualmente ela vai cair. O escrito de hoje envolve Cláudio Meirelles, um dos políticos mais inusitados do cerrado goiano.

Sua carreira na Câmara Municipal de Goiânia foi um assombro. Eleito presidente no espirro do improviso, protagonizou tricas e futricas que os vereadores preferem esquecer. Sua gestão foi tão desairosa que o Tribunal de Contas do Município (TCM), com histórica condescendência a desatinos cotidianos, não achou alternativas a não ser condenar suas ações.

Inconformado, e utilizando o cargo de Deputado Estadual, Cláudio Meirelles patrocinou uma legislação com tiro encomendado: tirar do TCM a capacidade de julgar e condenar abusos dos políticos no poder. O Governador Alcides Rodrigues, bem orientado pelo departamento jurídico do Estado, vetou a esdrúxula lei. Nos bastidores – pasmem os senhores - Cláudio atazanou seus pares até conseguir derrubar a suspensão. Como se trata de matéria claramente inconstitucional, a intenção tem morte certa no desenrolar de sua legalização.

Felizmente, e mesmo que Cláudio Meirelles utilize os ralos da legislação para continuar no pleito, a justiça demonstra que ele é ficha suja. Que não merece a confiança do eleitor. A decisão do zeloso Tribunal Regional Eleitora (TRE) afetou no mesmo dia Neyde Aparecida. Ninguém ficou surpreso com a deliberação.

Minha sofrida alma profissional está sendo lavada. Sinto-me renovado. Tanto Isaura Lemos quanto Cláudio Meirelles, não se furtaram em achincalhar minhas críticas pontuais, dando a entender que eu divulgava suas diabruras por questões de birra umbilical. Está provado que não. Eu apenas nunca me intimidei frente a ameaças ou pressões. Sempre tive convicção, com base em fatos, entrevistas, documentos e denúncias, que os dois elementos deviam ser desmascarados.

Antes do abençoado projeto batizado como lei da ficha limpa – que só aconteceu enfiado goela abaixo via coação popular – ainda pairavam dúvidas. Eu bem que podia não ter gostado do nariz ou da sobrancelha de quem eu teimei em criticar. E agora Cláudio Meirelles? Ampliei meu número de aliados? Ou foi o senhor que foi longe demais e acabou sendo alcançado pela lei?

Rosenwal Ferreira é Jornalista e Publicitário.


quinta-feira, 12 de agosto de 2010

ACOMPANHE

Censura comunista ao DM

Sempre fieis aos princípios autoritários que jogaram nações no atoleiro econômico, provocando o assassinato sistemático de milhões de adversários, os adeptos do comunismo odeiam a imprensa livre e a democracia. Os fatos demonstram que o Partido Comunista Brasileiro de Goiás teima em seguir a cartilha do atraso. Partido anano com votação pífia e representação praticamente simbólica, decidiu entrar com uma bizarra ação obrigando o DM a lhe oferecer um status que não possui.

Por ironia, os camaradas ligados ao partidão sempre tiveram espaço no jornal para defender suas teorias anacrônicas. Numa ingratidão típica desse grupelho que nunca me enganou, abusam da justiça exigindo algo inexequível como se o jornal estivesse negando noticiar suas atividades.

O problema da babel de retrógrados que sonham implantar o comunismo em terras brasileiras, não começa nem termina no jornal mais democrático do Estado de Goiás. O problema real que lhes dói os ossos é a falta de votos. Por mais que tenha influência, o Diário da Manhã pode dobrar suas páginas, criar um caderno especial só para divulgar notícias positivas do comunismo – teria que inventar; claro – e mesmo assim seu percentual de votos continuaria risível.

Uma pena que o Desembargador Rogério, digno representante do TRE, tenha concedido uma liminar que beija os lábios da bizarrice jurídica. Sequer as redes de TV, na condição de concessões públicas, são forçadas a atender de forma igualitária todos os partidos. A própria estrutura do horário eleitoral gratuito cede espaço maior ou menor de acordo com a representação que o partido consegue junto ao eleitor.

Trata-se de censura por viés torto. O Dr. Rogério Arédio, como adendo à sua decisão, bem que podia mostrar aos jornalistas profissionais como acatar sua deliberação sem arruinar a ética. Por exemplo: se um candidato ficar doente, ou decidir visitar a sogra no interior, e não gerar noticia por três dias, o jornal fica impedido de divulgar as atividades de seus concorrentes? Se o molde goiano se alastrar pelo país vai ser um Deus nos acuda.

Jornais como Folha de São Paulo, O Globo, Estado de São Paulo, revista Veja e outros, terão que viver o inferno editorial procurando equilibrar notícias. Dilma Rousseff, José Serra e Marina Silva, só poderão ter suas ações divulgadas se Ivan Pinheiro, Zé Maria, Eymael, Plínio Arruda e Rui Costa Pimenta fizerem igual ouriço. Do contrário, seguindo o raciocínio do TRE do cerrado, estará deixando de manter tratamento igual.

A liminar é de uma falta de lógica tão absurda que depõe contra os bons históricos da magistratura goiana. Normalmente acostumados a mamar nas tetas do governo, se pendurando em cargos sem concurso - sem capacidade para tocar negócios privados - os comunistas são habilidosos em utilizar seu autoritarismo dinossauro, para exigir o que não lhes pertence. Ignorando como é difícil pagar funcionários, comprar matéria prima, arcar com impostos imorais e outros sofrimentos dos empresários.


Rosenwal Ferreira é Jornalista e Publicitário.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

ACOMPANHE

Conselho Regional de Administração tem sua reputação questionada

Como saber quando uma instituição, essencialmente criada para difundir ética e seriedade, está nos trilhos errados? Um mau sinal é a existência de várias pessoas mostrando pastas de documentos, reais ou questionáveis, capazes de comprometer sua reputação. Desde que escrevi um artigo discordando do Conselho Regional de Administração (CRA/GO), me transformei numa espécie de para-raios involuntário de profissionais que afirmam ter sido lesados pela autarquia.

Como as pendengas envolvem segmentos diversos e pessoas com excelência ética na comunidade, tudo leva a crer que não se trata de conspiração ou má fé. Sendo o CRA/GO uma entidade estatal autônoma, criada por lei para executar atividades típicas da administração pública, deve encarar com naturalidade dúvidas a serem esclarecidas.

O epicentro das queixas se arrasta em torno do fracassado Congresso de Administração. Num absurdo paradoxo, o evento se tornou ícone da má administração. Sabe-se lá porque razões, a maior atração do conclave foi o misto de ator e publicitário Roberto Justus, homem da área de propaganda célebre por imitar Donald Trump numa versão tupiniquim de um pretensioso e inculto programa do lixo televisivo made in USA. Sem ter nada de novo a dizer aos administradores, ele recebeu mais de 30 mil reais e hospedou-se no luxo com um entourage de 13 acompanhantes.

Quem pagou as passagens, e até hoje não recebeu um níquel, foi a humilde empresária Ivone de Sousa Rosa, sócia da Líder Tour, cujo modesto negócio está sendo arruinado pela dívida de 33 mil reais. Embora as autorizações via fax sejam claras, e assinadas pelo coordenador do evento José Carlos dos Santos Silva, alega-se que a autorização não é válida. Então como é que fica? As passagens foram emitidas e utilizadas. De quem é a conta? O CRA/GO pagou a alguém e foi enganado?

Outro personagem que afirma ter sido lesado é André Luis Costa Machado, filho do ex- secretário de Polícia Civil, Marcos Martins. Sua empresa de segurança ainda amarga 8 mil reais de prejuízo. Donos de uma voz bem administrada, os cantores sertanejos Guilherme e Santiago participaram do Congresso. Até hoje uma casta de bons administradores não entendeu onde entram os distintos cantores no incremento da profissão. Ao que consta, por conta do show, o Sr. Divino, representante da Atlanta, engrossa o caldo dos que cobram do CRA/GO.

O imbróglio deixa um gosto amargo em todos os sentidos. A começar que apenas os envolvidos de Goiás é que estão chiando por não receber pelo trabalho realizado. As “estrelas” de outros estados foram generosamente compensadas. Fato marcante é que existem dezenas de profissionais locais, muitos deles filiados ao CRA/GO, que colocam Roberto Justos no chinelo.

Além de ações que tramitam na justiça, o Conselho Regional de Administração declarou aos reclamantes que contratou uma auditória para desatar o nó e esclarecer a embrulhada, para depois fazer o devido acerto. Algo semelhante ao Conselho Regional de Medicina chamar uma junta de farmacêuticos para decidir que remédio prescrever contra uma dor de cabeça.

Profissionais competentes sabem que eventos bem administrados não deixam resíduos negativos ou geram quizilas na justiça. Para evitar desgastes com a comunidade ou com fornecedores, é que empresas contratam especialistas em administração. Os atuais dirigentes do órgão sabem disso? Tinham a obrigação de saber.

Rosenwal Ferreira é Jornalista e Publicitário.