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quinta-feira, 30 de setembro de 2010

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Os goianos não merecem

Para o azar dos goianos de boa índole, o bonde da história realizou uma indigesta parada em nosso estado. Pela primeira vez desde 1988 o STF, Supremo Tribunal Federal, ordena prender um deputado e o belzebu tinha que ser registrado em terras do cerrado. José Tatico (PTB) foi condenado a sete anos de prisão, em regime semiaberto, por sonegação e apropriação indébita. Ele merece. O nosso povo não.

Pelo rol de destemperados que se transformou em notícia ruim nacionalmente, com domicílio em Goiás, a impressão é que somos a escória política da nação. Figuras como Delúbio Soares, epicentro do mensalão, Euler Ivo e Isaura Lemos e suas maracutaias mostradas à cores em reportagens do fantástico, os diatribes de José Nelton e, mais recentemente, os arroubos indignos do prefeito Ricardo Fortunato que faz “sucesso” no youtube, sopram ares de que somos um Zé povinho ordinário. Não é bem assim.

Regra geral, poucos rincões do país oferecem um exemplo tão família, que preza a dignidade em seu mais amplo espectro, quanto o nosso Goiás. A safra de aéticos, com síndrome do banditismo, brota justamente porque somos contra prática desonestas. Ao perceber a podridão que se tornou expressiva parte da classe política, os bons se afastaram.

A prática se tornou uma atividade de risco. Poucos são os honestos capazes de enfrentar as raposas que fingem cuidar do galinheiro. Nesse vácuo surgem os oportunistas e os larápios de ocasião. Se de um lado a condenação de Tatico, cuja atividade lodaçal ultrapassou todos os limites, nos envergonha para sempre na biblioteca da história, de outro pode ser um marco na real possibilidade de extirpar todos os que sujam o moral de nossa terra.

Se a participação na política voltar aos bons tempos de um Mauro Borges, Venerando de Freitas, Paulo Campos e outros ícones da moralidade, a ala do bem pode se animar. Do jeitão que foi se arrastando, com um cardápio que nivela receitas por baixo, era de se prever o afastamento de quem se preza. Cadeia nos corruptos é um santo remédio. Em todos eles seria o nirvana.

Rosenwal Ferreira é Jornalista e Publicitário.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

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Lula e o fim da democracia

O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva está perto de atingir o nível de concordância tão criticado por Nelson Rodrigues. Segundo consta, o famoso dramaturgo brasileiro afirmou que toda unanimidade é burra. Segundo os institutos de pesquisa, o soberano do planalto tem a aprovação de 80% dos eleitores do país. Esse índice tem se transformado num perigo para a democracia conquistada a passos lentos.

Os 20% que se atrevem a discordar do chefe da nação estão acuados. Criticar suas ações, por mais esdrúxulas que sejam, se transformou numa espécie de heresia tupiniquim. O endeusamento chegou aos ossos da bajulação inconsequente. Percebendo que sentou no trono que paira acima do bem e do mal, sua excelência aproveita para destruir qualquer estilo de oposição. Ele se agita num duelo com graves consequências à liberdade no cone sul.

Ao generalizar críticas ao papel da imprensa, por exemplo, diminui a importância da liberdade de informação e joga uma espécie de antivírus à graves denúncias que brotam nas vísceras do poder. Retira da sociedade, à priori, o necessário vigor para combater a corrupção no uso do dinheiro público.

A estratégia eleitoral que utiliza é um câncer a corroer o espírito republicano. Lula se alia a torto e a direito aplicando abertamente o estilo de fins que justificam os meios. Os parceiros que podem consolidar a vitória de sua candidata, Dilma Rousseff, são aceitos sem nenhum prurido moral. A base do futuro governo se alicerça com o que existe de pior no país.

Essa ausência de escrúpulos, embalando em berço de ouro oligarquias como a de José Sarney no Maranhão, vai aglutinar uma democracia capenga. Uma nação justa e equilibrada não se firma apenas em aspectos econômicos.

Não é possível que o modelo pão e circo seja capaz de atender todos os anseios. Se o povão, com sua reconhecida falta de informação e preparo, se lixa com a ética, a minoria esclarecida tem a obrigação de exigir respeito.

Os hipócritas de plantão, na babel de oportunistas que se grudam ao lulismo delirante, fingem que não enxergam os perigos do populismo exagerado. Muito cedo esses bajuladores de ocasião vão perceber o quanto estão errados. Ao se despedirem de sua identidade pessoal, angariando votos no cabresto do chefe, provam ausência de personalidade.

Quanta burrice ignorar o fracasso histórico dos redentores capazes de manipular e embriagar as massas populares. O peronismo, hitlerismo, stalinismo e outros “ismos” mundiais destruíram raízes democráticas. Se ilude quem acha que o lulismo é diferente.

Rosenwal Ferreira é Jornalista e Publicitário.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

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Duro é tolerar as viúvas de Fidel Castro

Nauseabundo na estrutura e na essência, a ditadura dos irmãos Fidel e Raúl Castro, há muito tempo é um defunto político mantido fora da cova pela teimosia da esquerda raivosa. A Ilha é uma prisão a céu aberto e só tem graça aos mandatários hipócritas. Indiferentes ao cruel destino da população cubana, Lula, Chávez e Cia Ltda., realizam visitas rápidas, tiram fotos que garantem espaço na mídia internacional e retornam para o deleite do capitalismo que fingem desprezar.

Recentemente, num arroubo de rara lucidez e honestidade, Fidel declarou que o comunismo implantado goela abaixo está ultrapassado. A tardia conclusão arrepiou déspotas encastelados em Países do Cone Sul. O irmão Hugo Chávez foi um dos primeiros a reclamar dos perigos contidos no desabafo. Até o último suspiro, Castro há de referendar a sanguinária destruição dos que rezam em sua cartilha autoritária. O ídolo se apressou em desmentir o que está claramente gravado.

Sequer a perpetuação da mentira pode remediar a ruína e o atraso comunista. Os fatos provam tudo. Mais de um milhão de cubanos, que se atolam no surrado modelo em que o Estado finge que paga e o operário finge que trabalha, serão demitidos e incentivados a atuar no setor privado. É o capitalismo que, inevitavelmente, se implantará em doses homeopáticas. Não existem dúvidas.

O difícil é tolerar as viúvas de Fidel, que se agarram com furor ao decadente neoditador Chávez, e ainda deliram implantar os fracassos comunistas em terras brasileiras. Eles são mestres em viver à custa do contribuinte. Incapazes de produzir um simples palito de fósforos fazem alarde como se pudessem colocar fogo no mundo.

Com a decisão de Cuba incentivando a iniciativa privada, vão fugir da Ilha jurando que o Tio Sam endiabrado incorporou-se na liderança local. Imagine se conseguem viver sem mamar nas generosas tetas do povão. Odeiam o trabalho. Essa atividade é reservada para as massas ignorantes. Farsantes de todos os matizes, líderes messiânicos, caciques políticos e embusteiros da retórica fácil, devem se perpetuar no poder para que eles continuem sobrevivendo no ócio. Haja saco.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

O bom exemplo do Senador Demóstenes Torres e o mito Lula


O goiano Demóstenes Torres foi eleito, por um seleto e plural corpo de jurados, como o segundo melhor senador da República. As vozes discordantes ficam apenas com os que não concordam com a posição indicada. Boa parte dos brasileiros entende que ele merecia o primeiro lugar no ranking. O destaque do parlamentar merece redobradas atenções por motivos distintos. O primeiro deles é que ele nunca se deixou subjugar pelo endeusamento do Presidente Lula.

Em todos os anos que subiu à tribuna, agiu firme como fiscal da oposição, foi justo nas avaliações e não se deixou intimidar com o poder avassalador dos que controlam a chave do cofre. Soube, como poucos, manter-se coerente apostando na inteligência do eleitor. Jamais fez jogo de cena para agradar a platéia ignorante e não se atirou nas águas do populismo do voto fácil.

Sem bajulações ou verbas generosas, conseguiu o respeito dos jornalistas pelo irretocável senso ético. Nos momentos de incertezas, informações truncadas e trambiques mal disfarçados, foi um porto seguro na informação confiável. O seu método foi simples e devia ser copiado. Demóstenes cercou-se de profissionais confiáveis dos quais exigiu honestidade. Ele mesmo foi um exemplo do que esperava.

Nenhum parlamentar no senado note bem, nenhum, foi tão crítico aos arroubos ditatoriais do semi-Deus petista, mostrando claramente os desatinos de um governo com tendências ao caudilhismo político. Agiu sabendo que Lula surfa na onda de uma incontestável aprovação popular e, mesmo assim, as pesquisas comprovam que será eleito com honras.

Inteligente e humilde na dose certa, Torres sabe que Lula se tornou ícone porque Fernando Henrique Cardoso lhe deu a base necessária. Ele não tem receios na hora da falar a verdade e não trata o eleitor como se fosse uma criança sem rumo. Não faz campanha querendo ser pai do povão ou na base dos discursos hipócritas. Usa uma linguagem objetiva fazendo-se entender. Nada mais.

Provou, e milhões de votos vão confirmar isso, que o caminho para o sucesso é a fidelidade aos bons propósitos. É a consciência de um dever cumprido. O Senador Demóstenes Torres (DEM) não tem complexos por estar fora do círculo do poder. Não mantém inveja dos que nadam em benesses que enriquecem. Ele se fez importante cumprindo a função para a qual foi eleito. Um exemplo para a nação e um orgulho para todos os goianos.

Rosenwal Ferreira é Jornalista e Publicitário.

Email: rosenwal@terra.com.br

Twitter: @rosenwalf