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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

A praça do Cruzeiro não é do povo.

Ao contrário da poética canção de Caetano Veloso “A praça Castro Alves é do povo”, o rebatizado largo Germano Roriz não pertence ao contribuinte goianiense. Os jardins representam apenas um quadrilátero sem a menor possibilidade de utilização. A começar que nenhuma família é besta de tentar cruzar os carros e motos para disputar espaço na fedentina interna, usada como latrina improvisada. Mesmo que isso se torne viável, jorrando sinaleiros na região, o barulho insuportável de buzinas e acelerações, aliado a uma poluição constante, não recomenda o local para o lazer.
Inútil no uso, o logradouro se transformou num empecilho provocando inferno no tráfego. Disposta a resolver o problema, a Agencia Municipal de Trânsito (AMT), urdiu um projeto que até os últimos passarinhos que frequentam o local duvidam que funcione. Sem verba para construir um túnel ou viaduto, e ao que parece sem cacife para cortar ao meio o bendito estorvo, os peritos do órgão (peritos?) decidiram desviar boa parte da circulação para as ruas adjacentes.
Tudo isso assim. No espirro de uma decisão que desconsiderou todo e qualquer impacto na região. Está sendo batizado pelos especialistas como a mais esdrúxula iniciativa tomada pelo órgão. Na verdade, nem precisa ser muito inteligente para perceber que o projeto é um defunto anunciado. Já nasce morto antes de sua implantação.
Ninguém sabe dizer se a ideia surgiu entre um chope e outro ou se foi no aborto de um escritório refrigerado levando em conta apenas dados no computador. O fato é que ninguém de bom senso, que já percorreu a região, seria capaz de afiançar tão bizarra aventura. As ruas estreitas nas quais se pretende desafogar o rush, não possuem asfalto que suporte tal empreitada. Ali existem dezenas de garagens de casas particulares e – pasme quem não sabe – a inferneira vai passar em frente a um dos maiores hospitais infantis da capital. Como se não bastasse esse festival nonsense, a AMT vai proibir qualquer estacionamento nas redondezas. Ou seja: centenas de funcionários que atuam na região vão ter que mudar de carro para bicicleta visto que o transporte público vai tão mal quanto um câncer sem controle.
O que mais impressiona é que o prefeito Paulo Garcia tenha avalizado uma peripécia com estrondosa chance de fracasso. Está certo que ele, como médico, não tem a obrigação de entender de operações de trânsito. Porém, se tivesse o cuidado de ouvir especialistas independentes, a turma da AMT já provou que não funciona, poderia evitar um desgaste que vai cair em seu colo.
Tenho provas de que o prefeito, incomodado com a zorra na região, solicitou estudos para resolver o problema. Segundo palavras dos responsáveis pelo órgão, a ideia criativa foi essa que já se atola em críticas. O problema é justamente o termo “criativo”. Algo que se presta muito bem a marchinhas de carnaval, peças de teatro, publicidade e etc. Engenharia de trânsito requer estudos e qualificação.
Em todo caso, como vamos entrar no mês que tem ares de carnaval, deixe as águas rolarem. Depois vira samba ou piada de salão. Dizem que estão fazendo até uma musica para registrar a lambança. O que se propõe, podem anotar, sequer se ajusta ao slogan Tiririca. Do jeitão proposto, pior que “tá” fica...


Rosenwal Ferreira é Jornalista e Publicitário

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Deputado Waguinho é o ícone sério da oposição

Manter acessa a chama da oposição é um objetivo democrático tão importante quanto a racionalidade governamental e a justiça. Quem está no poder, e valoriza posições republicanas, deve até incentivar a existência de bons fiscais do lado oposto. É claro que essa necessidade acaba sendo uma cobra de duas cabeças. Se de um lado é essencial a vigilância de forças contrárias, de outro o administrador procura aliados que aprovem suas propostas sem hesitações. O refinado equilíbrio entre essas posições – que grosso modo parecem se anular – é que molda um estadista.

Quando Marconi Perillo, numa vitória histórica contra tudo e contra todos, reduziu Iris Rezende a cinzas, deixando o PMDB a digerir o caldo ralo dos derrotados, restaram poucas lideranças qualificadas. Uma delas, o airoso Thiago Peixoto, teve um ataque de paixão fulminante pela Secretaria de Educação e aceitou o colo generoso do poder. O atual mandatário ganhou um auxiliar vitaminado, e ao que consta capaz de fazer diferença no cargo, e o PMDB ficou a chupar pirulitos com recheio de infidelidade. Se la vi.

Nesse contexto, é natural que Waguinho – capitaneado à posição de homem mais forte entre as forças contrárias ao governo – desse uma de Thor (Deus do Trovão) lançando raios contra o colega que abandonou o navio em chamas.

A colega Tainá Borela, uma das mais gratas revelações do moderno jornalismo goiano, lembrou no Fio Direto do último domingo que o pai de Waguinho Siqueira, Wolney Siqueira, pulou de galhos partidários ora se ajeitando às sombras da extinta ARENA, do PDS e do PFL. Uma verdade documentada. Na análise da excelente colunista, essa mácula do genitor inviabiliza as críticas atuais de Waguinho ao colega desertor.

Muito embora ela tenha realizado um bom serviço revirando o passado da família e recordando posições, não posso concordar com sua tese. O Jovem político, mesmo tendo usufruído do brasão da família, não pode ser responsabilizado pelos erros do pai. Diminuir suas críticas, tendo como base esse enfoque, é uma injustiça.

Sob o ponto de vista jurídico, religioso ou ético, o filho não responde pelos desacertos do pai ou da mãe. Cada ser humano é indivisível na prestação de contas.

Até o momento, numa análise criteriosa de seu curriculum público, Waguinho tem sido irretocável. Uma revelação como gestor da Comurg, um moço de caráter zeloso, de ações comedidas e que se mostra disposto a fazer oposição responsável.

A consolidação de forças antagônicas, moralmente comprometida a realizar seu papel, sem os arroubos no estilo “sou do contra porque não estou no poder”, é de interesse crucial. Firma-se a convicção de que Marconi Perillo recebeu o Estado em cacos. Mais do que nunca, é necessário unir forças conscientes dentro e fora do governo. Contestadores lúcidos, e fortalecidos pela imprensa, podem evitar erros na ânsia de corrigir distorções.

Rosenwal Ferreira é Jornalista e Publicitário

Tragédia goiana a ser evitada

No momento em que as emoções da nação se voltam para o caos, desalento, morte e sofrimento nos rincões do Rio de Janeiro, é importante lembrar-se de importantes tópicos para evitar tragédias em Goiás. Se nas encostas cariocas o problema é o excesso de água, o mal que pode nos afundar em desastres ambientais é a ausência do líquido precioso. Paira sobre Goiânia, por exemplo, uma concreta possibilidade de contaminação do lençol freático com desgraça já antecipada pelos cientistas.

O incrível é que mesmo com o alerta de professores da Universidade Federal de Goiás (UFG), especialistas como o jornalista Washington Novaes, entidades como a Verde Vale e apoio de vereadores que conhecem o problema, como Djalma Araujo, Paulinho Graus e outros, a especulação imobiliária irresponsável torna o desastre eminente.A Prefeitura e o Estado colaboram com o fracasso de quem procura defender a água deixando de fiscalizar.

O que preocupa é a possibilidade de um adensamento populacional na região próxima ao Campus II da UFG, na vizinhança do antigo Clube Itanhangá. Nesse quadrilátero o lenço freático é raso e existem centenas de minas d’água que estão sendo destruídas sistematicamente. Nem precisa ser um gênio para entender que a cabeceira do Rio Meia Ponte é o centro nevrálgico do abastecimento de água para milhões de goianienses. Se a fome dos empreiteiros conseguir autorização, como já aconteceu como o empreendimento dos globais Orlando de Moraes e Gloria Pires, para entrar de sola com moradias populares, o sinistro está garantido.

A Câmara Municipal bem que está procurando evitar a desgraça. O projeto é simples e salvaria o último nicho ecológico que circunda a capital. A legislação impediria glebas com menos de três mil metros quadrados, exigindo que boa parte seja preservada. Para aplacar a ira dos barões do lucro imobiliário, a Casa ainda deixou margem para se construir condomínios fechados com ordenamento. Fato que impediria parte do assassinato ecológico já em curso. Mesmo assim, pasmem leitores, ainda existem os que são contra.

Apenas o empreendimento de centenas de moradias no setor Goiania 2, embora o projeto seja digno de elogios, já vai causar uma colossal desordem no trânsito nessa parte da cidade. Querem ir além. Desejam a todo custo ocupar, sem a devida cautela necessária, os terrenos que afetam o abastecimento de água da capital. Atualmente pipocam construções irregulares em todo o triângulo citado.Urge que o Paço Municipal aja com rigor. Não podemos cruzar os braços aceitando fato consumado capaz de azedar milhões de cidadãos. É fato que o Prefeito Paulo Garcia conhece a realidade e está ao lado de quem luta para impedir um dano irreversível. Mas não basta que o Prefeito seja um aliado. É necessária a cobrança permanente da imprensa e dos cidadãos conscientes.

Rosenwal Ferreira é Jornalista e Publicitário

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Novos rumos da segurança pública em Goiás.

Mauro Gonzaga, o estranho Doutor que não sabe ler

Por má fé, ou quem sabe por interesses contrariados, o bisonho leitor Mauro Gonzaga, que se apresenta como sábio Doutor em ciências humanas pela University of The Humanities, distorceu todo o conteúdo de um artigo que escrevi sobre a Índia, transformando uma crítica específica ao Asharam de Sai Baba, como sendo uma censura, ou desdenho, ao belíssimo país e a um povo que passei a admirar.

Ao contrário do que ele escreveu, em nenhum tópico de meu depoimento eu afirmei que a nação de Mahatma Gandhi não possui as tão propaladas qualidades espirituais, que sua gente não mereça respeito ou que o país não seja um excelente local para o turismo. Como ele ressaltou, e posso confirmar, o povo é de uma amabilidade ímpar e de uma honestidade admirável. É uma viagem fantástica.

O que eu vi, registrei e não gostei, foram as sofríveis condições do Asharam do líder espiritual Sai Baba, local que me lembrou um misto de campo de concentração com aeroporto em tempo de guerra. As observações não têm nada a ver com a simplicidade das acomodações ou exigências pessoais de um “mauricinho” ocidental. Tanto que, no mesmo texto, rasguei elogios ao templo da Amma, local em que eu catei lixo, limpei privadas e adorei.

O problema é que este jornalista tocou numa ferida que poucos se atrevem. Afirmei que, apesar do lado positivo de seu trabalho, o tal Baba exerce um absurdo mercantilismo na região em que atua. Seu templo exige revistas rigorosas com auxílio de raio x , troncudos seguranças fiscalizam as pessoas até no local das orações e que sua propalada santidade é puro marketing.

Informo ao Doutor Mauro Gonzaga que uma boa casta de intelectuais indianos questiona os métodos de Sai Baba e duvidam de sua autocanonização. Por falar em títulos pomposos, a tal University of the Humanities, localizada na Mongólia, não confirma que Mauro Gonzaga tenha obtido doutoramento na instituição. Eles afirmam que a Universidade não oferece doutorado em ciências humanas. Deve ser um erro deles, claro.

Mas, considerando que o cientista erra ao dizer que os aeroportos da Índia se parecem com os de Goiânia (são melhores, tenho fotos que comprovam). Faz-se de porta-voz do povo indiano, sem cacife ou autorização para isso. Ofende, com palavras de baixo nível e julgamento precipitado, um jornalista que apenas relatou o que viu. Desopilando ódio e inventando conceitos e adjetivações que não existiram, duvido que tenha realizado uma pós- graduação. Cientistas sabem ler.

Estou convicto que o professor Carlos Moura, leitor que também me criticou, apenas pegou carona nas afirmações errôneas de Mauro Gonzaga e sequer viu o que publiquei. No arremate me causa asco que gente ordinária – hipócrita até os ossos – propague a enganosa filosofia de que sujeira, imundice e pobreza visceral são atributos positivos de uma nação. Bobagem. Canalhice dos que acham lindo perpetuar uma injustiça. Ao contrário do que apregoam os falsos intelectuais, o povo indiano não é feliz com esse infortúnio. São alegres e dignos apesar disso. Esconder o que precisa ser corrigido é uma forma de perpetuar maldades.

Desculpe, “Doutor” Mauro Gonzaga, mas superficial, medíocre e torpe é o senhor. Um preconceituoso que acha que só nós, os ocidentais, é que temos o direito de usar produtos de grifes e frequentar shopping centers perfumados. Bilhões de indianos desejam e merecem o mesmo. Contudo, são tratados como selvagens a venerar símbolos humanos sem questionamento. É isso que muitos defendem, tirando proveito e ainda dando uma de bacana.

Rosenwal Ferreira é Jornalista e Publicitário

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Vá te Qatar! Eu recomendo.

A cidade de Doha, capital do Qatar, é um perfeito oásis versão século 21, com direito a sofisticação tecnológica, incríveis concepções arquitetônicas e luxo arrojado. A sala de espera na ala executiva do aeroporto possui dois restaurantes cinco estrelas, clínica médica de alto nível, sala especial para crianças, internet grátis, confortáveis chuveiros de água quente com termostato especial, auxílio para idosos e iguarias gastronômicas que se encontram apenas nos mais requintados redutos europeus. Ao sair desse fausto, o turista pode pegar um táxi Jaguar, Mercedes ou Toyota Camry e entrar no País das Maravilhas. Evidente que é necessário ter uma boa economia em dólares para bancar a conta.

Construída com “petrodólares”, que jorram fácil, a cidade se ergue como uma jóia incrustada no deserto. Os prédios se erguem como grifes da arquitetura. Idealizados e construídos por nomes famosos do circuito internacional, realizam um competitivo bailado entre as dunas de areias límpidas. Tudo é superlativo. A iluminação noturna compete com o brilho do luar. Os arranha-céus, idealizados em vidros multicoloridos, competem com a resplandecência do sol.

Em Doha, hotéis cinco estrelas exaltam um novo conceito a essa designação. O Grand Hyat, no qual nos hospedamos por feliz indicação da especialista Margareth Custódio da ATAN Turismo, é de uma suntuosidade digna da lendária Mil e Uma Noites. O valor é abaixo de acomodações menos grandiosas encasteladas no nordeste brasileiro. Ou seja: o conforto e o supérfluo valem cada tostão que se investe em férias de alto nível.

Apenas a estadia num desses recantos – existem dezenas similares ao que escolhi – vale uma viagem. São cinco restaurantes impecáveis, café da manhã com mais de 70 opções realizadas no estilo cozinha interativa, dois bares, uma soberba confeitaria e um núcleo que serve cafés de todas as partes do planeta.

As duas saunas, a piscina olímpica e o SPA rejuvenescedor exageram nos mimos aos clientes. São oferecidos roupões e toalhas de linho egípcio, cremes das melhores linhas de cosméticos da França, pentes de marfim, água dos Alpes, sucos, frutas frescas importadas, cabines individuais, sendo que todo o aquecimento é mantido por um sistema especial computadorizado.

Nem precisa dizer que os quartos são dignos da realeza. O que mais impressiona – além das camas super king size, travesseiros e edredom acolchoados com pena de ganso – é o refinamento nos detalhes. Os jornais, entregues rigorosamente no horário indicado, chegam numa sacola estilizada. Tudo o que é oferecido nas dependências – já incluso na tarifa – é de uma qualidade irretocável. Exemplo: xampu, sabão, creme rinse, escova de dentes e etc. São produzidos pelas marcas de maior prestígio no mercado.

Não sendo acostumado com tamanho aparato – meu caso – fica-se na dúvida se os chinelos de veludo são brindes, podendo levá-los. Mais do que isso: são descartáveis. O serviço de quarto impressiona até os mais ricos. Em menos de 15 minutos sua refeição está à mesa, com idêntica qualidade e desempenho do à la carte no restaurante. As portas enormes, pesadas e de madeira nobre permitem a entrada de um carrinho com uma espécie de forno que mantém a temperatura ideal dos pratos.

Pois bem, com tudo isso nem dá vontade de sair do hotel. Seria um erro. Doha possui um tradicional e exótico mercado com valores baixos, empresas que propiciam a aventura de um safári no deserto, museus interessantes, visitas a criações de cavalos puro sangue e shopping centers de cair o queixo.

Vale dizer que todo esse encanto se qualifica à beira-mar. Está certo que não existem ondas e a água é fria pra cachorro. Entretanto, no mês de dezembro, o clima é extremamente agradável, entre 24° e 26°C, permitindo que se tome banho de sol sem muitos cuidados. Fica aqui a dica: se alguém mandar você ir se catar, mude o “c” pelo “Q” e aceite. Eu indico.


Rosenwal Ferreira é Jornalista e Publicitário

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

IMPERDÍVEL!

Lições de turismo na Tailândia

Pérola do turismo internacional: a Tailândia está para Índia como o Canadá para os Estados Unidos. Explica-se: o país possui todas as qualidades da terra de Mahatma Gandhi e nenhum de seus defeitos. É uma nação com alto grau de maturidade espiritual, leveza no cotidiano, uma hospitalidade que permeia todos os gestos, clima magnífico e paisagens de tirar o fôlego. Ao contrário da Índia, a alimentação é de excepcional qualidade, a limpeza das ruas impressiona os visitantes, a água é saudável e as atrações exalam perfume. Além de tudo isso, o local paradisíaco oferece um leque de artesanatos e roupas de boa qualidade a preços inacreditáveis. Para se ter um exemplo, é possível adquirir um vestido que faria bonito em qualquer boutique personalizada por apenas R$ 30,00.

O que mais interessa, e que pode ser aproveitado pelos responsáveis pela área de turismo no Brasil e no Estado de Goiás, é o foco na profissionalização do setor. Todos os detalhes são voltados para agradar os visitantes. Os aeroportos das cidades litorâneas – charmosos, cheios de flores e com arquitetura diferenciada – oferecem lanches de graça aos passageiros. Os sorrisos acontecem com generosidade. As exigências, minimizadas ao máximo; as informações são tão precisas que todos se sentem em casa.

É possível perceber, com muita clareza, que existe uma perfeita simbiose entre o governo e a iniciativa privada. Os estrangeiros recebem um rigoroso suporte. Tanto que o maior temor de um tailandês é que o viajante procure uma autoridade, principalmente um policial, para reclamar que está sendo lesado ou incomodado. As sanções são imediatas e tratadas como um gesto que lesa a economia.

Outro importante fator, e que pesa no retorno de milhões de visitantes, é que não existe exploração nos redutos mais importantes. Os preços obedecem a padrões com variações mínimas e quase imperceptíveis. Isso vale tanto para atrações de grande procura quanto sítios menos valorizados. Isso se chama respeito. E foi idealizado como proposta do Estado Tailandês.

Atrevo-me a indicar, com a experiência de quem já se aventurou em quase 70 nações em todos os continentes, a Tailândia como ícone de uma terra capaz de agradar os mais exigentes. É claro que muitos vão apontar a lacuna de que eles, os hospitaleiros e honestos tailandeses, não entendem quase nada de inglês. É verdade, no território em que domina o Siamês, quando o cidadão afirma “yes” não quer dizer absolutamente nada. Na dúvida, e sempre dispostos a agradar o turista, eles dizem “yes” para tudo. O melhor é que, no final, tudo se resolve e termina numa boa gargalhada. Definitivamente, não dá para ser infeliz numa monarquia na qual o turista é o rei.

Rosenwal Ferreira é Jornalista e Publicitário