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sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Lulinha e os abestalhados


     O Empresário Alexandre Paes dos Santos, foi condenado a pagar uma indenização de cinco mil reais ao filho de Lula, conhecido como Lulinha, por chama-lo de "primário" e "idiota", numa entrevista que não chegou a ser publicada. Eu achei pouco. Afinal de contas, Lulinha já teve até passaporte oficial, o que nos faz deduzir que ele é uma dessas autoridades a ser respeitada. Onde já se viu questionar a genialidade com origens em um dos mais raros núcleos de DNA produzidos no cone Sul e quiçá nas Américas.

   De tudo o que eu já li sobre Lulinha, o rapaz é um Einstein que teve o azar de nascer à sombra do pai que, na presidência, acabou tolhendo suas amplas e profundas capacidades de pesquisa. Em apenas um de seus tímidos solavancos mentais, o moço produziu um software tão impressionante que logo foi adquirido por uma multinacionalávida por sugar a inteligência de quem paira acima da mediocridade humana. As más línguas logo se apressaram em esconjurar intenções nebulosas. Pura inveja, claro.

    Chamar Lulinha de primário é algo abominável. Logo ele que certamente utilizou o seu passaporte estilo diplomático
para defender cruciais interesses brasileiros em nações além dos montes conhecidos pela ralé ignorante. Alguns vão dizer que não se tem notícias desses feitos heroicos. Masé claro que os druidas de importâncias que transcendem galáxias, não vão permitir divulgações comezinhas. É no anonimato que trilham a saga dos que são capazes de salvar nações indefesas. Por essas e outrasé que fiquei puto ao confiscarem, recentemente, seu passaporte especial.

     Quanto a extrema heresia de ajuizar o papel de "idiota" a Lulinha, nem precisa dizer que um sujeito com tal ousadia devia amargar umas boas décadas na cadeia. Teve muita sorte ao encontrar um juiz bonzinho que lascou apenas uma multa. Por essas e outras é que a gente acaba tendo vontade de voltar aos bons tempos feudais. Época que uma anta capaz de ofender os brios de quem tinha sangue azul era mandado sem dó para as masmorras.

   Mas já que estamos numa democracia, sónos resta o lamento de tolerar essa plebe desenganada. Gente abestalhada que sequer respeita o filho de um Deus da caatinga. Estou pasmo e inconformado. Ainda bem que a entrevista não foi publicada. Nem quero imaginar se tivesse sido.

Rosenwal Ferreira: Jornalista e Publicitário
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quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Ofensa e ultraje que Jaime Câmara não merece


  Localizado no sovaco do Parque Mutirama, e ligando a Av. Araguaia ao caracol do nada com o trânsito que flui para lugar nenhum, o mais novo túnel da cidade de Goiânia foi batizado com o nome de Jaime Câmara. A iniciativa foi realizada no capricho dos bajuladores profissionais. 
   
Agradar o mais importante, influente e de certa forma perigoso, complexo de comunicação do Estado de Goiás, tem sua cota de relevância na estratégia de quem pretende subir na política. Éfato, que não se contesta é bom deixar claro, que o agraciado com a honraria merece reverência na comunidade. Tive o prazer de conhecê-lo e admirar sua humildade e bom senso.

Pode até ser que a ideia fosse jogar uma luz especial em torno de uma figura ímpar do bom jornalismo goiano. De qualquer forma o tiro saiu pelo avesso dilacerando a face de quem apertou o gatilho. A tal obra de engenharia é um vexame que ultrapassou as fronteiras do Estado. Na terça-feira eu estava numa charmosa tratoria italiana em São Paulo e, mais uma vez apenas algumas semanas depois de ter sido inaugurado, lá estava o túnel Jaime Câmara, com a boca aberta vazando água e dando vexame por todos poros.

Jaime Câmara não merece. A tal obra tornou-se uma ícone da incompetência e da ausência de profissionalismo. Deve ser duro de roer para Jr., que arrasta nome e sobrenome do pai, ter que jorrar manchetes negativas com o nome do ilustre falecido. É uma sinuca para ninguém botar defeito. Nessa altura das complicações negativas seria compreensível que alguém da família pedisse para tirar o nome de Jaime Câmara dessa lambança. Que o agrado fosse para a mãe do engenheiro responsável. O sujeito deve ser um filhinho da mamãe para ninguém botar defeito.

No bojo dessas considerações, se isso já não foi realizado, é de se exigir que o Ministério Público investigue o tal buraco. O erro deve ser mais embaixo do que pode imaginar nossa vãfilosofia. Não por mera sacanagem que obra (e que obra) foi batizada como o mais caro Lava Jato do planeta. Paulo Garcia deve urrar de raiva. Imagine um fiasco desses justamente com o nome de Jaime Câmara? Um pesadelo.

O prefeito, em minha ótica, tambéé vítima. Devia processar todos os envolvidos. Estou convicto que ele contratou a empresa para realizar um túnel e não um bueiro gigante que parece sugar água a cada chuvisco. Até agora, sabe se lá porque razões, ele é que se molha na babel que jorra incompetência. Devia soltar os cachorros e mostrar os irresponsáveis que construíram o diabo da ratoeira.

Que eles paguem pelo colossal erro. Inclusive indenizando os herdeiros de Jaime câmara pela ofensa e danos morais. Não que eles precisem, estão todos ricos de se invejar, mas podem doar os valores a uma creche. Que seria devidamente batizada de Jaime Câmara. Mas, pelo amor de Deus, que o telhado sequer tenha uma mera goteira. 

Rosenwal Ferreira: Jornalista e Publicitário
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segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

José Dirceu tenta ( e parece conseguir) a proeza de descer para cima


      Com perceptível azedume, a advogada paulista Rosane me confirmou, em rápida entrevista via celular, que José Dirceu, o sempre poderoso primeiro Ministro afrolusotupiniquim, é o mais novo contratado de um complexo hoteleiro que ela representa.  Trata-se do Hotel Saint Peter,  que fica a poucos metros do Esplanada dos Ministérios e a um pulo do Palácio da Alvorada. Ao que consta,  ele vai exercer o pomposo cargo de  gerente administrativo. O salário, enfatizou ela, tem o valor protegido pelo sigilo entre empregador e empregado. Ato inócuo visto que logo depois apareceu a cifra de vinte mil reais, muito acima dos míseros mil e oitocentos pagos ao gerente que – suprema ironia – não está cumprindo pena no sistema carcerário.

        Não foi por mero acaso que Dirceu escolheu o local para abrigar suas tarefas profissionais, entre as sete da manhã e as 19 horas , como permite a legislação em se tratando de presos do regime semi aberto. Ali, no centro nevrálgico da capital do país, José poderá reinar como uma espécie Ministro sem pasta e ninguém poderá censurar suas ações. 

    O cargo em questão permite que ele receba qualquer pessoa no momento que bem entender. É uma função de trato geral com o público, no mais amplo espectro de clientes, com direito a sessões privadas de interlocução em gabinete fechado. Faz parte das funções do gerente ouvir propostas de clientes, saber de problemas, anotar reclamações e etc. Enfim, campo aberto para continuar tricotando a todo vapor.

    Detalhe importante é que Dirceu se erguerá imponente, quase como se tivesse um Ministério, mesmo na condição de um condenado por corrupção. No majestoso Saint Peter terá à sua disposição confortável escritório, comandará uma equipe de seguranças, supervisionará veículos e motoristas de prontidão, poderá degustar as delícias de um soberbo café da manhã, frequentar o restaurante do hotel, com direito a pedidos especiais ao chefe de plantão, querendo descansar, e na qualidade de gerente, pode utilizar a chefe mestre e se confortar numa das suítes disponíveis. São regalias de qualquer gerente de Hotel.  

      Mesmo ríspida, e deixando claro que não estava a fim de fornecer nenhuma explicação adicional, a advogada da empresa, cujo escritório mantém sede em São Paulo, informou que Dirceu não tem experiência no ramo mas se qualificou em todos os aspectos para exercer a delicada e complexa função.

      Evidente que se ele não fosse um ícone ligado às vísceras do Governo Federal, jamais conseguiria tal proeza. Cinco proprietários de hotéis com os quais em conversei, garantem que nenhum prisioneiro do semi aberto conseguiria cargo semelhante. Uma das mais profundas preocupações dos hotéis é a qualificação ética e honestidade à toda prova de todos os funcionários , sem exceção. Um sujeito cumprindo pena poder ser uma presa fácil à pressão das quadrilhas e larápios de todos os matizes. Seria descartado no ato.

    Afinal de contas, o gerente tem acesso a dados confidenciais dos clientes e ao perfil dos acomodados. Querendo pode saber o número de malas, a natureza do consumo, a data de saída e chegada, o tipo de veículo utilizado e até se os ternos e roupas são de grife de luxo. Evidente que os administradores acreditam na lisura de José Dirceu. Tanto que carteira já foi assinada. Pontos para Dirceu que desafia até a lei da gravidade: o homem cai para cima.

Rosenwal Ferreira: Jornalista e Publicitário
Twitter: @rosenwalF
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