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quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Rompeu-se o consórcio da corrupção



        Não é por mero acaso que os ratos que infestam o Congresso Nacional estão num chiado infernal, o STF (Supremo Tribunal Federal) rompeu o mais nefasto consórcio de corrupção que assola o país. Ao impedir que os deputados mensaleiros pudessem salvar o mandato via proteção de seus pares, a corte máxima da nação mostrou, pela primeira vez, que a liga dos depravados não está acima da lei. Felizmente o ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, afirmou o óbvio: decisões da estância maior da justiça brasileira existem para serem acatadas e PT saudações. Do contrário é a bagunça, o caos jurídico e derrocada das instituições democráticas.

       É claro que a clã de José Dirceu, Genuíno, Delúbio e CIA Ltda., berra como um bode desgarrado. Condenados a amargar cadeia, utilizam a cassação dos deputados como factóide para anular o histórico julgamento. O pior é que ainda encontram alguns milhares de neófitos dispostos a rebusnar a mentira para ver se ganha ares de verdade. No meio da turba de ignorantes que não enxergam o que está em jogo, se arrasta José Dirceu nos últimos pupilos de um pavão que já não tem mistério. O homem foi o chefe da maior quadrilha que engoliu as vísceras do governo brasileiro.

   O grupelho da impunidade não contava com um negro humilde que faz jus ao sobrenome famoso. A exemplo de Rui Barbosa, Joaquim é uma águia que crocita no momento correto e lava a alma da nação. Os arautos da lambança, os que pretendem fazer do episódio um confronto entre os poderes, vão se dar mal.

     O presidente da Câmara, Marcos Maia (PT/RS) corveja enlouquecido porque sabe que a turma do mal perdeu o controle. Biltres de todos os matizes perderam o seu bunker de proteção. Neste momento os “Josés” se perguntam: “E agora?”. Ninguém está a salvo. O próximo pode ser o Sarney, o Luís, o Paulo e lá se vão as proteções do banditismo pago pelo contribuinte. Chega!
   
      É claro que vão aparecer juristas experientes criticando a decisão do STF num alarido que lembra o regouga de centenas de raposas. Bobagem. Será apenas um grugulejar de peru com sacrifício garantido. Muito embora José Dirceu ainda seja capaz de mobilizar alguns milhares de “esquerdoidos” que sonham em transformar as conquistas democráticas em pastel de quinta categoria, serão apenas morcegos a farfalhar sandices que não chegam a lugar algum. Parabéns ao STF e a imprensa brasileira que não se deixaram intimidar.  

Rosenwal Ferreira: Jornalista e Publicitário
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quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

O heróico nono batalhão da PM


        Fossemos um País capaz de cultuar, e difundir, atos de bravura e heroísmo em defesa da sociedade, as ações do nono batalhão da Polícia Militar do Estado de Goiás poderia render episódios holywoodianos, como acontece com seriados estilo CSI Miami, New York NYPD e outros. Encravada num dos mais turbulentos cotovelos da capital, esta unidade tática tem conseguido resultados notáveis mesmo lutando em condições adversas. Atualmente sob a responsabilidade do Major  Hunrikson, um oficial respeitado pelo senso ético, pelo rigor na  utilização correta da farda e raro profissionalismo, o local agrega policiais que merecem destaque.

      Mesmo que a condição de segurança de Goiânia esteja longe do ideal, e muito aquém do que merece o contribuinte que amarga uma carga tributária injusta e mal aplicada, não fosse a garra do nono, o caldo estaria muito pior. A tarefa não é fácil, todos os dias, como se fosse uma interminável enxurrada que chega de um esgoto infindável, o quadrilátero confiado ao Major Hurikson, recebe uma babel de migrantes com fichas corridas de arrepiar.
   
   Infiltrados na massa de trabalhadores, gente humilde que realmente chega à procura de trabalho e remuneração acima dos Estados de origem, entram de sola foragidos da justiça, estupradores, olheiros de quadrilhas, narco- traficantes, drogados que buscam refúgio porque foram ameaçados, e uma complexa babilônia de encrenqueiros. A parte visível dessa lambança, batizada de cracolândia, é apenas uma tênue amostra da violência que os policiais enfrentam num submundo cada vez pior.

       Sem alarde na mídia, e utilizando refinadas técnicas de investigação policial, o nono tem conseguido edificar uma sequência de bons resultados. De forma incansável, agiliza operações que encontram motos e veículos roubados, prende traficantes, desarticular quadrilhas e inibe atos marginais. É de se registrar que o Major Hunrikson não permite que sua tropa esmoreça frente às frustrações do famoso “prende e a justiça solta”. Sua tese é simples como seus hábitos de vida. Prende de novo, quantas vezes forem necessárias. Alguns larápios foram detidos 40 ou 50 vezes. Até irem buscar outra freguesia. Faz parte, afirma o Major com resignada paciência.

     É uma verdadeira saga de heroísmo. Silenciosa, útil, incansável. Longe das picuinhas e dos holofotes dos que procuram benesses. Muitos companheiros tombaram nessa batalha, alguns amargam stress, vítimas de ameaças constantes, outros foram vitimas do próprio sistema e condenados injustamente no complô do banditismo. Mas nada disso verga os valorosos profissionais do nono batalhão. Eles sabem o que fazem e se orgulham em proteger as famílias. Merecem respeito e reconhecimento.
  
Rosenwal Ferreira: Jornalista e Publicitário
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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Lula tinha namorada e ninguém sabia



        Antes que algum dos fanáticos por Lula venha me condenar, normalmente soltando fogo pelas ventas, por afirmar que ele tinha uma namorada, é bom ressaltar que a constatação foi da revista Carta Capital, cujo maior trunfo editorial é defendê-lo com unhas e dentes.
Depois que Rosemary Noronha desabrochou nos múltiplos noticiários, num escândalo de corrupção que obrigou Luiz Inácio a se escafeder numa estratégica viagem ao exterior, apareceram dezenas de testemunhas confirmando que ela era uma espécie de Regina Duarte particular do ex- presidente da República. Enfim, uma namoradinha que fez turismo às nossas custas em mais de 24 países. Que “chic”, não?

    Íntima do homem que Obama batizou de “O cara” a tal Rose não é flor que se cheire. Ela apadrinhou uma ralé em locais estratégicos, num festival de cafajestice para ninguém botar defeito. Apostou todas as fichas que ninguém seria capaz de bulir com ela sem a permissão de Lula e José Dirceu. Errou feio. A Polícia Federal, que não liga para sumbaré de ninguém, deu na telha de investigar todos os envolvidos e armou o sururu pós mensalão.

     Ninguém sabe o que pensou José Dirceu quando a moça ligou para ele, no bafo da madrugada, dando uma de donzela em apuros vítima da presença dos agentes federais. “Eu hein?” Deve ter pensado o “capo di tutti i capi” do mensalão “se a turma não respeitou sequer a noiva do bicheiro Cachoeira, vai dar uma bruta zebra com a ex do ex. Tô fora!” O negócio dele é continuar enganando uma meia dúzia de neófitos universitários. Era tarde demais, o caldo já havia entornado.

    Nesse imbróglio em que sobram perguntas e faltam explicações,  eu estou me lixando para o lado colorido que envolve Lula nas tramóias inconfessáveis.  Quem tem que se preocupar com as possíveis aventuras é Dona Marisa. O que interessa é que a mocetona se lambuzou, usando o nome do poderoso petista e lesando o contribuinte.

     Parece até uma firula criticar o fato de que ela realizou invejosas excursões com o suado dinheiro dos impostos dos brasileiros. Parece claro que as maracutaias somam bilhões de reais. Ou seja: se a coisa tivesse ficado apenas por conta do deleite da presença de Rose ao lado do então presidente, dava até para engolir.   

    O pior nessa ópera de mau gosto, e bota tranqueira nisso, é que ainda existem defensores que não enxergam nenhuma responsabilidade de Lula. É uma turma obtusa com a seguinte tese: Lula foi bom para o país e esse acerto lhe dá o direito de se atolar em qualquer outro erro impunemente. Não concordo. Tanto ele quanto Rosemary tinham que explicar suas relações perigosas ao povão. Mas isso não acontecerá. Rose foi blindada com aço político de primeira e Lula continua untado com teflon de garantia estendida.   

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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Os tarados do som alto



          
              Por uma dessas razões que a ignorância e a falta de civilização explicam, prolifera em Goiás uma galera disposta a estuprar os tímpanos da vizinhança. Frustrados até os ossos, eles enjaulam alto falantes em veículos automotores e depois abrem o cadeado liberando o urro dos infernos. As famílias se tornam reféns, indefesas desses verdadeiros tarados do som alto. Na constante neurose que permeia seus obtusos cotidianos, eles não desejam curtir música em volume superior ao bom senso. Fosse apenas isso estava resolvido. Bastava enfiar um fone nos ouvidos e se deleitar em orgasmo particular. Os degenerados obrigam o cidadão a ouvir o que bem entendem.

      A cada dia se torna mais difícil combater essa verdadeira gangue. Os órgãos de fiscalização operam no limite da incompetência declarada. A legislação é frouxa com o que nos atazana o cotidiano e, o imbróglio é tão odioso que já causou mortes e infortúnios de todos os matizes.  O pior é que os ordinários do fenômeno acústico exacerbado se arvoram de um gosto musical que oscila do sofrível ao intragável.  A maioria se dedica a escutar repertório de corno com direito a urros sertanejos dignos de uma cólica renal.

  Deus nos acuda quando uma dessas cavalgaduras derrapam as rodas do turbinado na calçada de um bar. No raio de um quilômetro somos forçados a dar atenção a bramidos que falam de “bondes do Tigrão”, “cachorra da minha vida”,  “égua pocotó” e misérias que rodam o mundo como o tal “ai se eu te pego?”   É um assombro que a legislação não tenha criado uma figura jurídica capaz de confiscar essas boates ambulantes.

     Passou da hora de criar regras que possam defender as famílias de quem tem potência pessoal de menos e decibéis demais na caçamba do automóvel. Chega de tolerar distúrbios de personalidade que culminam em desrespeito ao sono e tranquilidade alheia. Que legisladores de boa lavra ofereçam opções para resguardar o direito básico ao descanso, sem que alguém force nossas janelas com vibrações indesejáveis. O duro é que os políticos também se deliciam em vociferar gritaria usurpando nosso sossego. E durma-se com um barulho desses. Literalmente.     

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sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Responsabilidades na orgia a céu aberto do Caldas Country Show



             Como se não bastasse a péssima impressão que a mixórdia do bicheiro Carlinhos Cachoeira causou ao Estado de Goiás, estamos sendo pródigos em alimentar a falsa idéia de que o cerrado é terra da barbárie versão 2012.  Por essas e outras é que se torna crucial investigar responsabilidades no colossal desrespeito público na execução do Caldas Country Show. Ao contrário do que desejam autoridades e organizadores, o Ministério Público não deve abdicar de uma investigação capaz de apontar omissões e desacertos que contribuíram para a baderna explicita.
           Um ponto de partida interessante é saber quem está mentindo a respeito dos R$ 65 mil reais que teriam sido pagos à Secretaria de Segurança Pública para reforço do policiamento da região.  No gosmento jogo de empurra, a SSP/GO diz que somente a PM pode dizer se embolsou a quantia. O comandante Wellington não confirma nem desmente e tudo fica nebuloso no quartel das incertezas.
     Omissos no planejamento e na previsão do caos anunciado, tanto o prefeito Ney Viturino quanto os secretários de Turismo Ivan Garcia e de Comunicação Wilhes Alves, fingem que a lambança não tem nada ver com a prefeitura. Tem sim. Eles são diretamente responsáveis por evitar constrangimentos, baderna e zorra incontida, que ferem o direito de seus eleitores.
     Qualquer cidadão com um mínimo de senso podia antever que a bagunça estaria acima da capacidade que o município tem para conter a avalanche de jovens drogados e embriagados. O que seria uma solução? Muito simples! Não autorizar a realização do evento. É isso. Sem discussão. Caldas Novas mal possui estrutura para atender um feriado prolongado em condições normais de temperatura e pressão.  Famílias conscientes sofreram na pele as agruras da versão anterior. Até o mais otimista, ou ingênuo, sabia que este ano o bicho pegaria, atraindo baderneiros de todos os rincões. Não deu outra.
    A empresa JFC Promoções e Eventos mantêm responsabilidade direta pelos nefastos desdobramentos. Nos países civilizados cabe aos promotores oferecer uma rigorosa planilha de precauções em simbiose com as autoridades.  Conscientes de que os processos de co-responsabilidade podem somar quantias milionárias, muitos deixam de promover shows e espetáculos, sem existir receios de um desvairamento coletivo após o termino da apresentação.
    Por essas bandas a turma embolsa o faturamento. Quem interessa morde o naco que lhe convém e na próxima empreitada estamos prontos para outro festival de desacato e profanação nas vias públicas. Bom seria que esse emblemático infortúnio tivesse consequências aos que falharam na função de proteger as famílias de sessões de putaria e tumulto disfarçados de festival Country.   
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segunda-feira, 19 de novembro de 2012

O “lulopetismo” e racismo mal disfarçado



      Segundo informações que circulam na intrigante corte de Brasília, o ex-presidente Lula, mesmo após mais de três horas de sedosa lábia, não conseguiu convencer a presidente Dilma Rousseff a não receber o ministro do Supremo Tribunal Federal nos amplos gabinetes palacianos. Mesmo assim saiu satisfeito da Granja do Torto porque sua pupila prometeu um encontro discreto, sem fotografias ou pompas capazes de dar mais farol ao homem que ousou provar que José Dirceu é o que sempre foi: “chefe da quadrilha do mensalão”. O tempo provou que ela segue o figurino traçado pelo comandante mor do “lulopetismo”.

      Como é de praxe quando o grupelho de Lula é contrariado, o enredo foi mesquinho e envolve uma dose cavalar de cínico racismo. O ex-poderoso ministro “afrolusotupiniquim”, banido do Congresso Nacional, pelos seus próprios pares, não se conforma que um negro escolhido pelas vísceras do PT venha a agir com arroubos de consciência. Eles entendem, e chegaram a difundir essa tese numa roupagem capciosa, que ele chegou ao topo máximo da carreira graças ao sistema de cotas adotado pela imponente orquestra do maestro José Dirceu. Dai, raciocinam eles, como o negro Joaquim pode se voltar contra seus padrinhos? Uma heresia. Por que não aprendeu com Toffoli e Lewandowski?

       Antes louvado pelo sublime conteúdo jurídico, Barbosa passou receber criticas ácidas e ser acusado de sordidez e ignomínia no exercício do cargo. Se esquecem de propósito que ele defendeu uma tese sólida e foi acompanhado pelos seus pares. Mas eles são brancos e não mereceram as críticas direcionadas ao relator.

      Sendo o primeiro negro a ocupar o cargo de presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa honrou o direito de tirar fotos com a deusa do planalto e com milhões de brasileiros. O povão faz até fila para registrar um abraço com o ministro. Mesmo discordando de sua atuação, um direito da presidente, ela devia registrar a visita do ilustre jurista pelo simbolismo que implica sua posição frente à raça negra.

    O racismo de José Dirceu e “Cia Ltda.” jamais enxergará essa equação. Eles pairam superiores imaginando um exército de cotistas mais dóceis do que o ex-funcionário Toffoli. Pardos, negros e mulatos, dispostos a retribuir as benesses dos brancos generosos. A importância dos agraciados termina na primeira ação que rezam fora da cartilha. Tarde demais. O ministro Joaquim Barbosa mostrou que é possível manter a dignidade e a independência porque ninguém lhe fez um favor. Ele provou que sempre teve mérito para ocupar o cargo.

     Por essas e outras é que Lula perde parte dos bigodes procurando um nome confiável para ocupar uma vaga no Supremo. Negros e mulheres estão fora do páreo. Mostraram que não são confiáveis. Um tipo anglo-saxão como Lewandowski poderia ser uma escolha perfeita. Receita comprovada seria um peão estilo Toffoli enraizado com a síndrome do subalterno que não sai da linha. Pois é. Em todo caso, para a quadrilha de José Dirceu é tarde demais. Se Joaquim Barbosa foi barrado na sessão fotográfica, pior ainda José Dirceu, que hoje, não fica bem em  foto alguma e vai atrair flashes de todos os matizes ao cruzar os portões para ser lacrado atrás das grades.

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quarta-feira, 7 de novembro de 2012

O bom exemplo da Comurg


   Amigos que cativei em minhas excursões internacionais, sobretudo franceses, canadenses e neozelandeses, que me visitam em honrosa cortesia, se impressionam com o arco multicolorido de nossa florida capital e com a capacidade dos órgãos públicos em manter a cidade limpa.  Acostumados a um estilo de civilização em que o povo colabora em todos os sentidos, ficam pasmos com a imensa habilidade dos garis em corrigir distorções absurdas. Se para muitos de nós já é difícil acostumar com os que emporcalham a cidade, para o estrangeiro essa equação ainda é mais intricada de dirigir.

     É de se registrar a eficiência da Comurg lutando contra tudo e contra todos. O atual presidente do órgão, Luciano Henrique de Castro, realiza um trabalho exemplar.  Os bravos operários do segmento amargam defasagem nos equipamentos e caminhões. Enfrentam bravamente o caos urbano de gente ordinária que entope os bueiros com lixo, diuturnamente lutam limpando uma babel de árvores que tombam envelhecidas e, com paciência de Jó removem entulhos abandonados de forma criminosa.

    Apesar de todas as irregularidades que se tornaram regra e não exceção, Goiânia mantém uma limpeza estrutural acima da média de outras capitais. De um modo geral, apesar do período chuvoso, a cidade não é vitima do lixo acumulado ou fedentina por  falta de limpeza adequada. Isso, é bom frisar, apesar da falta de colaboração de uma galera irresponsável.

   Gente ordinária jogando lixo da janela dos veículos é cena comum. Ninguém se “lixa”. Na região que resido para a tristeza da associação Verde Vale e das pessoas de bem, que moram no quadrilátero, existe um local que a Comurg limpa todos os meses e os moradores continuam a abarrotar de lixo. Foram colocados cartazes, realizados pedidos nas escolas e nada. Os cretinos da imundice, em sua ignorância visceral, acham que basta tirar  a sujidade de sua casa e enfiar onde bem entendem.   

    É de se registrar, dando o valor  merecido,  à peleja da Comurg em manter a cidade com padrão de limpeza adequado. Oxalá o prefeito Paulo Garcia não tenha que inventar um turista para tomar conta do setor. Os homens do conchavo político são pródigos em desviar bons rumos ao sabor de seus interesses umbilicais.  Na atual conjuntura, a Comurg não tem “gordurinhas” para queimar com aventuras capazes de comprometer um serviço dos mais suados.   

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quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Goianos à mercê do banditismo


     Enquanto o Rio de Janeiro mostra que é possível enfrentar as múltiplas máfias encasteladas no labirinto dos morros e favelas,  o Estado de Goiás se torna um refúgio deleitável ao banditismo. Atualmente o cidadão sequer tem sossego para tomar uma caneca de cerveja nos bares da capital. É assustador perceber a nefasta decadência no segmento de segurança pública que afeta nosso cotidiano. Se antes era possível encontrar bolsões de tranquilidade, hoje a violência “democratizou-se”.  Com exceção dos condomínios fechados – ilhas da fantasia acessível a poucos mortais – ninguém está seguro em lugar algum.

    Muito embora a explicação simplista tenha foco na migração das quadrilhas, outros fatores  contribuem para degradação de nossa tranquilidade urbana.  Falta um catalisador profissional capaz de impedir erros que afetam a produtividade da força policial. Até um leigo percebe que a Polícia Militar ficou desmotivada pela desastrosa operação Sexto Mandamento. Desnecessariamente, uma tropa de elite foi desmantelada da noite para o dia e, homens  de fibra nivelados a bandoleiros.

     As sucessivas greves da Polícia Civil, gerando danosos retrocessos de negociação, demonstram inabilidade que cai no colo da população. A sensação de abandono do cidadão de bem, causa euforia em assaltantes, estupradores e narcotraficantes. A impressão é de que tudo é possível numa terra com as forças da lei de braços cruzados.

     O agravante é que os malfeitores chegam aos bandos com armamento e ações sofisticadas, enquanto o escopo da legalidade se atola em delegacias mal ajambradas, armamentos obsoletos, viaturas lentas e ultrapassadas, comunicação ineficiente, verbas reduzidas e ausência de um plano à altura da gravidade que se vivencia.

   É de se considerar que o Governo Federal não cumpre a contento nenhuma de suas obrigações básicas. Seja no repasse de recurso que o momento exige, seja numa estrutura nacional capaz de se unir ao esforço do Estado. Estamos órfãos de uma estratégia capaz de nos salvar. Os que possuem condições econômicas já contrataram guarda-costas e adquiriram veículos blindados.  Uma lógica absurda do “salve-se quem puder”.

    O momento é tão amedrontador que sequer adianta trancar-se em casa. Em alguns bairros, gangues intimidam pais de família dentro de seus lares. Os arrastões em restaurante se tornaram rotina, patotas armadas de metralhadoras invadem prédios de luxo, ataques violentos acontecem em plena luz do dia e até policiais veteranos atuam na base do espanto. É necessário reconhecer o fundo do poço e agilizar ações capazes de salvar vidas e tirar o pai de família do sufoco.  

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quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Socorro! Os bancos estão roubando os clientes.

     O sistema bancário tupiniquim sempre agiu como um semideus, pairando acima das leis que regem as empresas prestadoras de serviço.  A maioria das agências não oferece vagas de estacionamento compatíveis com a clientela,  não disponibilizam banheiros aos clientes e são poucas que respeitam as leis, no tocante a intermináveis filas no caixa. Alguns poderosos do setor utilizam de manobras capazes de lesar o cliente na certeza de impunidade.  É um longo reinado de negociatas lesivas ao consumidor e a única opção era se queixar ao bispo.

    Mas tudo indica que bons ventos sopram no sentido de mudar a nação para melhor.  Numa atitude inédita, o Banco Central vai investigar se bancos cobram tarifas indevidas. Se for para valer será uma operação “mamão com açúcar”. Até o mais ingênuo dos coroinhas é capaz de encontrar vícios e deformidades na arrecadação dos agiotas legalizados. Se quiser um atalho eficiente, basta entrevistar gerentes aposentados que eles vão contar histórias de arrepiar e mostrar o caminho das pedras.

     Está certo o chefe do Departamento de Normas do Banco Central, Sérgio Odilon, quando afirma que “os bancos precisam ser tratados como qualquer outro estabelecimento comercial.” Na gíria antiga: “falou e disse”. Chega de abusos autorizados numa farsa que se perpetua. Todos sabem que os bancos realizam venda casada e, mesmo sendo uma operação proibida, existe apenas um arremedo de proibição.

     Que as ondas do mensalão,  num julgamento histórico capaz de enfiar no xilindró uma casta de influentes, sejam capazes de incentivar ações semelhantes em outras áreas. O sistema bancário é importante, e a nossa estrutura se mostra invejável, mas urgem correções de respeito ao consumidor. Principalmente nos faturamentos arbitrários envolvendo juros escorchantes e tarifas que não se aplica a nenhum país civilizado.

     Ainda resta uma dúvida se é possível enfrentar tubarões acostumados a comprar consciências e distorcer os fatos. Oxalá possa existir algumas duplas de Joaquim Barbosa no Banco Central com o apoio da Presidente Dilma. Aprovação, amparo e aplausos da galera, isso eu garanto existir. Milhões de brasileiros já amargaram algum tipo de sofrimento pisoteado pelos gigantes do sistema bancário. Se chegar a vez deles, chegou tarde.   


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quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Goianos são desrespeitados em shows e eventos


        A ausência do rapper norte-americano Pitbull, que deixou o público a ver navios no último domingo no estacionamento do Shopping Flamboyant, é apenas a ponta de um enorme icebergque congela desrespeito à coletividade goiana. Não é a primeira vez que um evento badalado termina em frustração, confusão generalizada e prejuízos ao consumidor de espetáculos. É muito comum que produtores mal-ajambrados  consigam urdir atrações na base do improviso. Os erros são constantes e a falta de punição adequada permite a repetição dos engodos.
                                                                                                          
       São muitas as táticas surradas para enganar os fãs. Uma delas consiste em agendar espetáculos em cascata, em datas que se atropelam,  obrigando os artistas a realizar apresentações rápidas ou  chegar ao hotel poucos minutos antes do horário compromissado. Não é raro também que bandas e cantores aterrissem  no aeroporto horas depois do horário estipulado no ingresso.

       Infelizmente não existem órgãos de fiscalização capazes de verificar cláusulas necessárias no contrato da prestação do serviço. Um trabalho sério na linha de shows implica que os envolvidos estejam na arena para realizar ensaios e cheguem a cidade muito antes do espetáculo. Caso contrário, torna-se impossível contornar imprevistos e cumprir obrigações de respeito ao público.

     É algo extremamente desagradável constatar que poucos entretenimentos honram horários estipulados. Já participei de atrações que cumpriram rigorosamente o que foi acordado com o espectador em São Paulo e aqui atrasou três horas do que foi determinado no bilhete. Por que essa diferença? Muito simples, o paulistano não aceita desaforo no trato compromissado e o ministério público da terra da garoa é implacável com os transgressores.

   Entendo que é necessário mudar conceitos e exigir atitudes dignas de quem fatura nesse segmento. Inclusive responsabilizando todos os envolvidos. Não basta apenas cobrar obrigação de quem organizou a parada irresponsável. Quem cede o local se compromete a um encargo cruzado. É assim que se corrigiram distorções em várias praças.

     Apenas como desabafo pessoal, é deprimente o valor abusado que ofertamos aos artistas estrangeiros.  Gente como esse tal de Pitbull ou figurinhas carimbadas como Madonna e outros. Chegamos ao cúmulo do servilismo oferecendo, de graça, cortejo de motociclistas e seguranças adicionais para as estrelas estilo USA. Uma bobagem que só alimenta a síndrome nacional de cachorro vira-lata. Toda essa gente aporta no país para faturar os tubos.  Uma desonra gastar dinheiro público para atender seus estrelismos.        
Rosenwal Ferreira: Jornalista e Publicitário
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quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Marialda Valente e os delírios de uma mulher apaixonada.


     Ao escrever um artigo criticando a falta de coerência do político Martiniano Cavalcanti, mal podia imaginar que seria ferozmente atacado, numa babel de calúnias e adjetivações, por uma ex-mulher com paixão crônica incurável. Marialda não se conformou com minhas análises, muito embora as objeções narradas na matéria façam coro com dúvidas do PSOL (partido que Martiniano ocupa um cargo de relevância) que teve a precaução de afastá-lo até que tudo seja esclarecido.  Pela exaltação com que me agrediu, é possível que tenha enviado uma correspondência furibunda ao partido.

    Eu concordo com Marialda quando ela diz que existe no “campo da direita vários intelectuais capazes de debater com Martiniano” e que eu não sou um deles. É verdade. Primeiro que não me considero intelectual.  Embora tenha uma respeitável biblioteca com mais de três mil títulos, doze anos de vida acadêmica e pós graduações em vários países, estou longe da cultura que sempre almejei.

    O mais importante é que não sou de direita, dona Marialda Valente, sou um jornalista direito e direto.  Não invento fatos que nunca existiram.  A senhora afirma que eu passei o réveillon com Carlos Cachoeira em Miami. Quanta imaginação. Se não estivesse tão obcecada em agradar e defender Martiniano, teria algum tempo para saber que Cachoeira me odeia - e até entrou com uma ação contra meu programa de rádio - porque ousei condenar suas práticas criminosas. Pois é! Talvez a senhora tenha me confundido com um de seus ex-maridos ou tenha sonhado uma lua de mel internacional com Martiniano.  Em todo caso, eu a desafio a provar essa lorotagem.

     Quanto ao fato de invejar Martiniano porque ele ajudou a levantar o ibope da rádio K. Entendo sua ilusão porque o amor é lindo e a emoção levada a alto grau de intensidade faz obscurecer a razão. O que deu visibilidade à emissora foi justamente o confronto de idéias entre eu e Martiniano. Tanto que eu continuei minha carreira e sou muito bem pago para atuar no rádio. Eu não vou entrar em detalhes sobre a contribuição de Martiniano para a derrocada da emissora porque isso daria um livro.

    Concordo que Martiniano seja um homem de princípios ideológicos. Ele é respeitado por isso e meu questionamento foi pontual.  Meu texto, embora em tom de censura, não o adjetiva de forma grosseira. Não teve achincalhe ou se prestou a uma tocaia. Foi a senhora que enxergou tudo isso porque viu o objeto de sua paixão ser questionado. È um fato notável que Martiniano não tenha um cargo público.  Esse privilégio ficou todo por sua conta que se lambuza na empreitada.

      Não aprovo, mas entendo que seu destempero foi compreensível. Eu também desopilo ódio e me transformo numa besta-fera quanto falam qualquer coisa negativa de meus filhos ou de minha esposa.  Eu não sabia que reprovar seu ex-marido iria lhe doer tanto. Afinal não é tão comum. No arremate, muito obrigado por escolher o título “Contra Rosenwal” para encabeçar sua xingação. No dia que pessoas de sua índole estiverem a meu favor, deixo de atuar como jornalista profissional.

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quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Até tu Martiniano Cavalcanti?


     Orador de verbo fácil e língua ferina,  Martiniano Cavalcanti nunca perdoou qualquer deslize dos adversários políticos, principalmente dos que não rezam na cartilha da esquerda radical. Suas frases de efeito, carregadas de ódio indisfarçável, desopilam críticas ácidas ao capitalismo, à burguesia e ao lucro em detrimento da classe trabalhadora.   Ele vociferou anos a fio contra a falta de ética, condenando acordos espúrios e jogadas em que os fins justificam os meios.  Batia no peito dando ares de quem pairava acima da mediocridade geral. Até quem nunca aprovou seu radicalismo, entre os quais eu me incluo, admirava seu caráter.

      Assim como o ex-Senador Demóstenes Torres, uma espécie de reverso da medalha de Martiniano,  o representante do PSOL despenca das alturas de um pedestal.  Cavalcanti, quem diria, foi sugado pelo esgoto de Carlinhos Cachoeira. Seu nome aparece envolvido num cipoal de dúvidas que se enroscam num empréstimo de duzentos mil reais.  Candidamente, Martiniano alega que recorreu ao bicheiro para salvar interesses pessoais e que viu nele apenas um agiota disponível.

     Teoria difícil de engolir e todos os cenários comprometem o bom juízo do exigente Martiniano. Convenhamos, as empresas sérias, bem estruturadas e com refinado senso ético, não recorrem a agiotas de plantão para resolver seus problemas de caixa. Elas se dignam a mecanismos capazes de oferecer auxílio nos padrões orientados pela legislação.  Ao recorrer ao submundo dos negócios, Martiniano negou princípios que apregoava aos quatros ventos.

    Não duvido que seja capaz de culpar a saga capitalista, o FMI, a CIA. Imputando seus erros empresariais a forças ocultas controladas pelos Estados Unidos. É uma retórica que lhe cai como uma luva. Infelizmente, os fatos demonstram, com uma clareza incontestável, que havia algo de podre no reino do engenheiro Martiniano Cavalcanti. Seus negócios entraram em parafuso e ele foi justamente cair no colo do mais badalado chefão do cerrado.

    Dizer que ele foi ingênuo seria uma ofensa imperdoável. Martiniano sempre foi bem informado e sabe como poucos das engrenagens que movem os corredores do poder.  Tinha noção, e até já havia alertado sobre isso, que o esquema de Cachoeira se erguia nas visíveis influências do cerrado. Mesmo assim, Martiniano Cavalcanti foi mais um a beber na fonte que jorra recursos dos caça-níqueis. Provando, na hora do aperto econômico, que para certos indivíduos os fins justificam os meios. Sejam eles de partidos de centro, do meio, da beirada ou da esquerda do espectro político. Uma pena.  Cheguei a alimentar respeito pelo implacável debatedor Martiniano.
  
Rosenwal Ferreira: Jornalista e Publicitário
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quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Delúbio Soares é a caixa preta do cerrado


     Receio de retaliação, falta de entusiasmo por jornalismo investigativo e uma improdutiva política de boa vizinhança, fazem com que a mídia do cerrado tenha pouco interesse numa das figuras mais emblemáticas envolvidas no mensalão. Com barbas que parecem eternamente de molho e um olhar de quem sobrevive à base de calmantes, Delúbio Soares frequenta o noticiário local como estratégia de sua escolha. De propósito, dá palpite em tudo excluindo suas peripécias no maior escândalo do governo Lula.

      Fiel aos que controlam o poder no Partido dos Trabalhadores, é um passarinho mudo que jamais soltou um único pio capaz de comprometer a cúpula do PT. É uma inabalável caixa preta. Mesmo sendo réu por corrupção ativa e formação de quadrilha, e ao que tudo indica prestes a ser condenado, jamais cedeu ao impulso de falar tudo o que sabe.

     Se abrisse a matraca seria um Deus nos acuda. Segundo revelações imputadas a Valério, ele teria anotado em uma caderneta todas as arrecadações “por fora” dadas ao esquema e ainda desconhecidas no julgamento. Uma soma fantástica que chegaria a R$ 350 milhões de reais.

      Aos íntimos, a mulher de Delúbio, membro do diretório nacional do PT, afirma que o marido é uma espécie de macho para mais de metro e meio e sobre qualquer hipótese – mesmo amargando cadeia – acrescentará uma vírgula além do que já foi dito.
Na ótica do lulopetismo, ele é o “cerne da honestidade”. Não deixa de fazer sentido, visto que leva a sério uma espécie de omertà  capaz de proteger Luis Inácio Lula da Silva. Com um sorriso a la Mona Lisa, é um goiano a ser decifrado. É difícil deduzir quais são as vantagens pessoais que ele tira fazendo um papel que ora lhe dá ares de mártir ora indica cinismo explícito.

     O homem não parece ter problemas de caixa, mas está longe de levar uma vida esnobe. Circula com desenvoltura no circuito Goiânia - São Paulo e mantém escritório num dos quadriláteros mais caros da capital paulista. Denominada como Geral Imóveis, sua empresa é virtual em quase todos os sentidos. Segundo revelado pela Folha de São Paulo, não existe um único imóvel anunciado pela firma.

     Nos bastidores, principalmente no circuito que envolve atividades das estatais, seu nome ainda abre portas, janelas e frestas prestimosas. Discreto e eficiente ainda exerce uma boa dose de influencia nos quadros da administração Pública Federal. Não mantém amigos íntimos dispostos a revelar detalhes de sua vida a imprensa.

     Ao contrário de seu parceiro José Dirceu, que enriqueceu á luz dos holofotes e no epicentro do escândalo, Delúbio não se esbalda no rega-bofe dos famosos. Se tiver mágoas, sonhos inacabados, ódio, alegrias incontidas, ilusões ou rancores, somente ao abrir a caixa preta alguém poderá descobrir. Por enquanto, não existe perito capaz de tal proeza.  


Rosenwal Ferreira: Jornalista e Publicitário
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