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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Para a PM de Goiás, segurança é coisa séria

Não há jornalista, principalmente na mídia televisiva, que não lamba os beiços e se agite colericamente diante de erros cometidos por algum policial. Mesmo que as investigações estejam no verniz das comprovações legais, é normal que se apressem julgamentos exigindo linchamento público. Mesmo sendo um tópico grave, que exige providências capazes de cortar o mal pela raiz, o recente episódio envolvendo membros da corporação militar de Goiás não fugiu à regra. Alguns exagerados só faltaram propor a volta da guilhotina ou da forca em praça pública. Menos minha gente. É melhor não acelerar na lama evitando atolar de vez.

Primeiro que as operações tiveram um caráter midiático, bem ao estilo das trombetas da Polícia Federal, e muitos juristas sérios questionam o isolamento dos suspeitos numa prisão federal de segurança máxima, tratados como se já tivessem sido julgados e condenados. Não se corrige um crime, por mais grave que seja atropelando os ritos da legalidade. Mas essa é uma questão para doutos juízes decidirem.

O que me incomoda, como pai de família e cidadão goiano, é o viés capaz de “arriar as calças da Polícia Militar”. Explica-se: o sensacionalismo deu ares de que a corporação do cerrado é composta de uma milícia que extermina inocentes. No interesse de matérias rancorosas, colocou-se na mesma cova – e igual índice estatístico – bandidos perigosos e inocentes que se tornaram vítimas. Esse clima pode inibir o policial de agir e reagir à altura de gente que não tem o menor escrúpulo em matar.

A Polícia Militar de Goiás, na essência de sua corporação e nos objetivos que norteiam as atividades cotidianas, entende que segurança é coisa séria. Não dá para ficar de não me toques não me reles. Ou alguém duvida que os ordinários do Rio de Janeiro, que estão perdendo território naquele estado, vão migrar para rincões em que a polícia tem receio de atirar? O bom senso nesse sentido é para ontem.

No confronto entre o facínora e o agente da lei não pode existir a síndrome, enlatada a priori, de que a força policial está às ruas para exterminar quem não merece. Sem essa. Quem tem um mínimo de conhecimento das quadrilhas, sabe que os marginais se fazem de vítima com ações premeditadas envolvendo a família. É incrível que até esse gesto humanitário, entrevistando e mostrando o lado família dos envolvidos nas acusações, foi desprezado na avalanche das manchetes.

Seria uma boa ideia separar a indignação inicial, o lado emocional que clama vingança, mostrando o lado positivo, as dificuldades e os desafios de uma das mais qualificadas corporações do país. Boa parte da estrutura existente teve sólidas raízes nos oito anos do governo Marconi Perillo. Lembrando que as últimas porteiras entre o crime solidamente organizado e o cidadão de bem, é o escudo humano dos policiais civis e militares. A desmoralização deles é um perigo maior do que imaginam os críticos desvairados.

Rosenwal Ferreira é Jornalista e Publicitário

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011


"Rosenwal Ferreira
Quero te parabenizar pelo Programa “Opinião em Debate” que já tive o prazer de participar na bancada, também por sua participação na Positiva com Arthur Rezende, também por seus excelentes textos publicados no DM, em matéria do dia 16/02/2011 você escreveu artigo com o titulo: “Aos insensíveis agentes da AMT”
Quero enfatizar que não tenho nada contra os agentes da AMT, inclusive tenho pacientes que são agentes e também atendo alguns filhos de agentes, que regra geral são pessoas idôneas, prestativas e portadoras de outras qualidades, entretanto, em todas as profissões existem aqueles que não exercem sua função com dignidade, é sabido que ocorrem multas fabricadas, há compensação financeira para quem multa mais, isso é ou não é a Industria da multa?
Fui multado certa vez em horário de atendimento, entrei com recurso anexando a minha agenda daquele dia, as fichas do paciente e o recibo do Estacionamento que comprovava que naquele momento anotado na multa eu estava em consultório e o meu carro estava no estacionamento, meu recurso não foi aceito, mesmo apresentando todas as provas.
Outra vez fui multado a noite, na multa dizia que eu estava falando ao celular, gostaria de saber baseado em quê o agente me multou, pois mesmo que estivesse falando ao celular, minha camionete é preta e tem vidros com insulfilm, a noite não há nenhuma possibilidade de quem está do lado de fora ver o que ocorre dentro do veiculo, ah menos é claro que existam agentes portadores de visão Raio X.
Isso demonstra que não basta identificar o agente, o assunto é mais complexo, mas temos que nos unir e acabar com a indústria da multa, gostaria de saber das autoridades competentes como fica a legislação nesses casos? Por exemplo carros antigos tem o cinto de segurança abdominal, para comprovar que o condutor estava sem cinto ele deveria ser parado, da mesma forma um movimento da mão em direção da cabeça pode ser confundido com o uso de celular, como se certificar disto? Parando o condutor e efetuando a multa se comprovado, mas agentes não podem ter super poderes para sair multando ao seu bel prazer, a multa deveria ser autorizada quando tiver a prova da mesma (foto, filmagem) ou quando o agente parar a pessoa e se certificar que a infração ocorreu de fato, do jeito que está não pode ficar, gostaria de saber a opinião sobre esse assunto com a Diretoria da AMT, com a OAB e com todos os órgãos competentes.
(RICARDO DOURADO, MÉDICO, PROF.UFG, PRESIDENTE DO INSTITUTO GOIANO DE PNEUMOLOGIA E ALERGIA, EX PRESIDENTE DA COOPERATIVA MEDICA DO ESTADO DE GOIAS)."

Obrigado, Rosenwal!


"Obrigado, Rosenwal

O jornalista Rosenwal Ferreira explicita em seu comentário, de maneira nua e crua, o que verdadeiramente é a AMT e qual é o seu propósito para com os cidadãos goianienses. A truculência e a voracidade insaciável de arrecadação a qualquer custo parece ser uma bandeira de trabalho. Perante a AMT, “somos infratores contumazes e mentirosos, vez que sempre estamos errados e não nos é permitido questionar nada, sob pena de sermos acusados de desrespeito à autoridade. Será que intimidar pessoas de bem, explicar multas de maneira sorrateira e sem nenhum critério ético está correto? Eu nunca fui orientado por um agente de trânsito em situações como: semáforo sem energia, via interrompida, etc. Eu sempre me pergunto, para que serve a AMT? Sua ação em benefício do cidadão goianiense é pífia, inexpressiva, tardia e na maioria das vezes equivocada. Uma cidade do porte da nossa já merecia bem mais do que um amontoado de agentes arrecadadores de infrações de trânsito, que em sua imensa maioria são indevidas e inapropriadas. A Prefeitura de Goiânia deveria olhar com mais seriedade para a situação e criar políticas novas de conscientização, educação e respeito no trânsito de nossa Capital. Multas em excesso não trata nenhum benefício a não ser o de engordar o já obeso cofre municipal. Parabéns, Rosenwal, pela coragem, seriedade e sensatez em sua matéria. (José Maia, via e-mail)"

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Opinião em Debate - O trânsito em Goiânia tem solução?

Aos insensíveis agentes da AMT

Depois que denunciei tópicos abusivos na atuação dos agentes da AMT, o bafo de belzebu soprou em meu cotidiano. Fui xingado por eles em via pública, meu veículo foi “escoltado”, recebi telefonemas ameaçadores e sequer posso colocar o braço fora da janela do carro que sou multado. Tenho razões pessoais de sobra para que eles me esqueçam. Contudo, considerando o volume de reclamações que chegam diariamente via internet, telefonemas, fax e visitas pessoais, vejo-me na obrigação de não recuar. Uma decisão que faz jus aos que agem corretamente e um serviço aos pais de família prejudicados na babel de insensatez.

É bom lembrar que vivemos décadas sob a ditadura dos uniformes, momento em que a ausência de democracia corroía a força da nação e dos indivíduos. Insensibilidade, seja nas cores verde oliva, preta ou amarela, é algo a ser combatido e enfrentado. Digno de registro é o medo, receio e pavor de retaliações entre os que os denunciam. A maioria só teve coragem de manifestar-se na convicção de que respeitarei o anonimato. Não é para menos. O excelente escritor e jornalista Luiz de Aquino ousou denunciar um agente da AMT que estacionou indevidamente e logo foi questionado em sua lisura e qualificação profissional.

Entre as mais importantes queixas vou começar com o caso relatado por ele. Jairo Souza que procurou desmerecer sua análise está errado. O artigo que permite ao veículo da AMT parar em qualquer local, não avaliza barbaridades. A lei é genérica pela natureza, mas fica implícito o bom senso. O guardinha não pode, e não deve, estacionar obstruindo a entrada de um pronto-socorro, em frente a um hidrante do corpo de bombeiros, na vaga destinada a deficiente físico e não tem o direito de aboletar-se numa garagem particular. Até pelo senso comum, a vida das pessoas está acima de uma multa de estacionamento proibido. Os brucutus teimam em difundir a ideia de que são superiores à constituição que separa o direito público do privado.

Emergencialmente, em caso de risco de vida, qualquer cidadão pode estacionar em local impróprio. Alguns arrogantes acham que o ato de multar um veículo é uma situação grave que dá o direito de enfiar o turbinado onde lhes der na telha. Não é esse o propósito da legislação. É uma distorção que interessa apenas aos prepotentes.

No momento da autuação, o agente é quem decide o rombo no orçamento do pai de família. A maioria afirma que não tem prazer ou ganha nada com o ato. Sendo assim, porque não lhes pesa a consciência quanto multam alunos ao redor de uma faculdade que não oferece condições de estacionamento por erros do Poder Público? O caso da Faculdade Universo é clássico.

O que os leva a impor sansões ao redor de um shopping center, no horário noturno com pouco tráfego, sabendo que as placas foram colocadas com o intuito de servir aos interesses dos empresários que faturam com estacionamento pago? Por que escolhem punir, fingindo ser uma operação importante, motoristas que procuram encontrar vagas em shows autorizados pela municipalidade, sabendo que o local não comporta a multidão?

Qual o sentido de se esconderem à surdina, amoitados como se fossem caçadores, à procura de infrações? Que frieza lhes toca o coração quando uma mãe, aflita e suada, chega implorando para não a multarem, pois estava com a filha no médico e, mesmo assim, realizam a autuação? Façam uma pesquisa. Não somos nós, a imprensa, a causa da aversão ao seu trabalho.

É unânime a reclamação de que os agentes raramente aparecem quando os sinaleiros deixam de funcionar ou quando suas presenças fazem a diferença no trânsito. A atitude cômoda é suprir os cofres da AMT em blitz que nada contribuem com a fluidez do tráfego. As pessoas não os respeitam pela importância de seu trabalho. São temidos pelo estrago que podem causar.

Essa realidade não vai deixar de existir porque eu, Luiz de Aquino ou qualquer outro jornalista, desiste de escrever. Ao contrário do que assinalou Rodriana Estrela em recente artigo publicado no DM, a ojeriza em torno de suas atividades não surgiu vítima de meus lamentos. A população se revolta porque o foco está errado e alguns agentes foram longe demais. A tentativa de me intimidar, e desmerecer os que denunciam, tem como objetivo impedir investigações mais profundas. Não vai funcionar. A agressividade nas reações demonstra a necessidade de continuar apurando. Felizmente conto com apoio de gente muito séria: delegados, vereadores, deputados, jornalistas, Ministério Público, Prefeito Paulo Garcia e a própria cúpula da Agência Municipal de Trânsito, interessados em corrigir distorções.

Somos um país intoxicado por grupelhos que não aceitam ser questionados. O nosso maior desafio continua sendo a corrupção, a desonestidade e a violência, que se alastram todas as vezes que a sociedade recua em seus direitos. Salários de agentes de trânsito são pagos com dinheiro do povo. Há algo muito errado se não podemos criticá-los sem que o mundo caia sobre nossas cabeças.

Rosenwal Ferreira é Jornalista e Publicitário

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Vale a pena reler.


Não preciso dizer mais nada. Dois grandes jornalistas e uma escritora corroboram tudo o que já escrevi.


"Ignorância do agente

Escrevo em resposta a opinião do agente de trânsito Jairo Souza, publicado no útimo sábado, 12, sobre sua visão de “ignorância” do jornalista e escritor Luiz de Aquino. É claro que de ignorância o senhor agente entende muito, afinal, saberia que o escritor Luiz de Aquino é um dos maiores nomes do jornalismo opinativo em Goiás, sendo respeitado por todos onde quer que vá.

Se Jairo Souza tirasse um tempo para se manter informado, saberia disso, porém, sua “ignorância” não lhe permite. A imagem dos agentes de trânsito para nós (população) não foi mascarada pelo texto do escritor, mas sim, por atitudes praticadas pela grande maioria deles. Sempre ignorantes e “donos da razão”, agem como se fossem verdadeiros militares, quase dando voz de prisão por questões simples.

Como repórte na editoria de cidades, em 2010, fiz a cobertura de um fato desagradável ocorrido na estreia dos jogos da Copa do Mundo com dois agentes. Nesse dia, tive a certeza de que são realmente arrogantes no exercício de suas funções. O saldo da arrogância foram dois agentes surrados, o irmão de um deles com um dente quebrado por familiares dos agredidos na porta do 1º DP de Goiânia. Conclusão: Os agentes de trânsito querem agir como policiais militares do Batalhão de Trânsito, e sequer estão preparados para abordagens perigosas.

Os citados acima, por exemplo, fizeram dessa forma. Apanharam muito para saberem que algumas ações, fora a de “multar”, devem receber reforço policial. O exemplo disso ocorreu com meu irmão. Numa ocasião, foi abordado por militares do Batalhão de Trânsito. Educadamente, o policial o avisou de erro cometido no trânsito e lhe pediu os documentos da motocicleta e habilitação. Ele foi verbalmente advertido e dispensando.

Em outra ocasião, dessa vez com dois agentes da AMT, foi diferente. Os agentes gritaram e o humilharam com palavras pejorativas, como quem precisa mostrar que está no comando. Imaginem se fazem isso com um bandido? Levam tiro, afinal, os agentes andam desarmados e mesmo assim querem fazer além do seu papel de multar. Na ocasião (com meu irmão), foi necessário que a PM interviesse liberando-o da mal sucedida abordagem dos agentes da AMT e avisando que o mesmo não cometia infração alguma na situação.

A sociedade goiana conhece e sabe: agentes de trânsito andam pelas ruas como verdadeiros donos da razão, impondo mais medo até que a própria Polócia Militar. Sim, porque se me aplicarem uma multa por motivo pessoal, será a palavra dele (que tem fé pública) contra a minha, mera cidadã.

Portanto, caro agente Jairo, assim como ostenta respeito pelas ruas e o exige, respeite os jornalistas, em especial o senhor Luiz de Aquino. Ele sim tem o repeito da sociedade goiana, sem precisar impor. Aprenda com ele a ter seu espaço e respeito perante os goianos, ou mude de profissão. (Eliane Barros, jornalista)"

Vale a pena reler.


Não preciso dizer mais nada. Dois grandes jornalistas e uma escritora corroboram tudo o que já escrevi.

"Justificativa inconsistente

Tacanha e oportunista, já não fosse inconsistente, a justificativa do agente de trânsito Jairo de Sousa. O jornalista Luiz de Aquino, sempre atento e combativo, haja vista sua constante preocupação com os problemas vários do dia a dia, em especial, goianiense, em nenhum momento abordou o uso da vaga no Mercado Central pelo carro da AMT e sim, o mau uso, o uso indisciplinado, dissociado de noçõe de respeito social e de valores de urbanidade. Ignorância é desconhecer o básico: um carro ocupar duas vagas, levando-se em conta o trânsito caótico e desordenado como o da Capital, e pior ainda, por um veículo que tem a função de fiscalizar, de duas uma: ou é testemunho de má direção, ou de negligência para com os postulados de estacionamento. Independente de uma ou de outra, sugiro, a quem de dever, seja o agente Jairo de Sousa reavaliado como motorista, pois, ao que parece, a carapuça serviu-lhe sem sombras. Nenhuma urgência, em casos de fiscalização, pode ensejar desrespeito ou deboche para com o que é comunitário e, mais ainda, pago pelo usuário comum, como o referido estacionamento. E a desculpa do agente corrobora tudo isso. (Lêda Selma, escritora)

Direito defendido

Mas que “briga”, Luiz? Quando alguém estabelece seus direitos, quem deveria concordar acaba reclamando. Você, querido amigo, atuou em defesa do direito de estacionar. (Madalena Barranco, via e-mail)"

Vale a pena reler


Não preciso dizer mais nada. Dois grandes jornalistas e uma escritora corroboram tudo o que já escrevi.

"(Resposta à carta “ignorância do escritor”, publicado no sábado, 12)

Agora, a tréplica

O agente Jairo fez questão de ignorar o que eu disse: seu colega (ou terá sido ele próprio? Ele não esclareceu se tem procuração ou missão de defesa dos agentes AMT, por isso suponho que sua carta seja um esforço de autodefesa) estacionou como um péssimo motorista, simplesmente; como função de agente de trânsito pressupõe não apenas conhecimento das leis, mas também perícia na condução de veículos, concluo que ele estacionou mal por livre intenção, escorado nas prerrogativas citadas pelo agente Jairo, de parar ou dirigir como bem entende. Isso, a rigor, é abuso de autoridade.

Engana-se ele sobre a omissão quanto ao fato de veículos dos órgãos de Segurança Pública estacionarem como bem entendem ou, o que é trivial (inclua-se aí também os funcionários da AMT), ignorarem completamente o cinto de segurança. Noutras Unidades Federativas, o assunto já foi tema de reportagens várias e as autoridades sem pre responderam que tomariam providências; em Goiás, isso jamais acontece. Eu não disse no meu texto que o agente foi comprar chuchu ou rapadura para si mesmo ou o chefe – Jairo é quem insinua algo parecido.

Ele deixa de comentar, junto com o valor (que todos somnhamos ver nos agentes de trânsito de Goiânia) o arbítro de alguns colegas seus, emitentes de multas inexistentes, sustentados pelo argumento da “fé pública”. Nos últimos anos, multas por uso de celulares ou falta de uso do cinto de segurança têm sido expedidas sem que os supostos infratores sejam notificados.

Com isso, a defesa cai por terra – é a mais nítida evidência do abuso de autoridade. A má educação dos agentes para com as pessoas, seja na condição de condutores ou de pedestres, é notória, como se vê na argumentação de Eliane Barros, repórter. Eu disse, já no início da minha carta, que o contingente de guardas é muito inferior ao que preceitua o Código de Trânsito Brasileiro; isso é uma evidência de que as autoridades municipais da Capital descumprem o citado código.

Os agentes mal-intencionados também abusam da autoridade que lhes é conferida, escorados na falta de seus superiores. Os que assim agem são, realmente, mal-intencionados, não eu que, como jornalista e cidadão, denuncio essas mazelas. A lei, sr. Jairo, dá-lhe essa tal “fé pública”, a mesma em que seues colegas (e talvez o sr. Também ) se escudam para ligar sirenes quando não é necessário ou estacionar obliquamente, invadindo a vaga ao lado, como se isso fosse a medida exata para solucionar um grave impasse ou salvar uma vida.

O sr. Sabe, não é este o caso. Esclareça, sr. Jairo, que a jurisdição de seu trabalho é o município de Goiânia; ou a AMT, agora, é uma agência metropolitana? E sobre fé pública, quero dizer-lhe que eu, jornalista e escritor, tenho-a também no que se refere a aceitação, pelo público, das coisas que há mais de quarenta anos escrevo em jornais, revistas e livros. Para isso, não precisei de fardas nem de leis. Por fim, dedicado agente, se milhares de pessoas na população goianiense têm ódio dos agentes AMT, a causa jamais seria a minha carta, e sim a ação deletéria de seus colegas no trato com o público.

Disso todos sabem, não seria necessário uma pequenina matéria da minha lavra a levantar multidões, como os eventos que resultaram na queda do ditador egípcio. Mas quem tem telhado de vidro que se cuide. O goianiense, sr. Jairo, não é bobo. (Luís de Aquino, jornalista e escritor)"

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Interesses contrariados é fogo

Em Goiás, a arte de fazer jornalismo corajoso – com denúncias sérias que afetam interesses contrariados – vai muito além do exercício investigativo, do trabalho árduo e da checagem de dados. É um duro exercício de paciência e de capacidade para tolerar retaliações de toda sorte. O auxílio para quem se atreve a revelar bandalheiras é tão escasso que muitos desistem vendo o exemplo dos que sofrem. Se o suporte fosse mais efetivo, via OAB, Sindicatos dos Jornalistas, Associação Goiana de Imprensa, Secretaria de Segurança Pública e outros, haveria mais incentivo ao jornalismo investigativo independente.

Não que as entidades citadas deixem de colaborar ou não sejam importantes quando acionadas. Na prática, não foram criados mecanismos eficientes com foco nesse específico item. Por uma compreensível questão cultural, que urge ser modificada, o jornalista que aponta irregularidades é visto como um criador de casos. Um intrometido que está sempre à procura de encrencas.

Aqueles que são objeto de matérias que apontam erros logo se apressam em condenar o autor do artigo. Uma tese marota ao extremo é afirmar que o denunciante “devia tomar mais cuidado por ser um formador de opinião”. A artimanha mais efetiva é desmoralizar o articulista sem tocar no conteúdo do que foi publicado.

Por essas e outras, pipocam ilegalidades que se perpetuam. O que se divulga, para que providências sejam tomadas, é apenas a ponta de um colossal iceberg. Recentemente, entre algumas maracutaias que ousei tornar públicas, sofri o diabo chiando contra maus agentes da Agência Municipal de Trânsito - AMT. Entre represálias miúdas, ameaças rudimentares e agressividade dos que sentiram ameaçados, tive duas gratificantes surpresas.

A primeira delas foi perceber que o Presidente Miguel Tiago aceita críticas e age quando elas fazem senso. Ao adotar identificação nos uniformes, ele mostra respeito pelo cidadão e prestigia os éticos. A segunda boa surpresa foi o artigo da agente Rodriana Estrela Peixoto de Aguiar, que se utilizou de argumentos válidos, censurou o que a incomodou e deu crédito a pontos que eu estava certo. Isso se chama democracia.

As duas posições de integridade moral me aliviaram. Durmo com a sensação de que é possível realizar a prática do bom jornalismo e até esqueço os que me ofenderam prometendo vingança e perseguições eternas. Sei que as ações moralizadoras vão impedir sua arrogância e coibir ações fraudulentas. Esquemas que pareciam perfeitos vão ser desmascarados. Gostei.

Rosenwal Ferreira é Jornalista e Publicitário

Aviso aos homens de bem

Tenho informações confiáveis que um grupelho de agentes, inconformados com minhas denúncias e obrigadosa usar uniformes com identificação, se reuniram para enviar comentários, a maioria deles anonimos, em todos os segmentos que eu atuo como jornalista. São covardes que se escondem no anonimato ou enviam nomes ficticios. Sei que esse grupelho faz parte de uma turma de corruptos, desonestos e sem ética e representam a minoria que prefere ser identificada. Tentam alimentar uma mentira em relaçao a meu atrito com os agentes da AMT. Os envolvidos temem a repercusão e inventam fatos inexistentes e agregam testemunhas que nao existem. Esquecem que sou JORNALISTA nao sou amador. Tenho provas documentadas e testemunhas de todos os abusos cometidos e das ofensas enviadas como intimidação. As palavras, chulas, os xingamentos, apenas provam que tenho razão. . Faço parte de um grupo de cidadãos que se encheram com as injustiças; Sei que os agentes são importantes. Mas estão agindo com o foco errado. Se consideram acima da lei, do bem e do mal. Tenho provas suficientes, enviadas pelos próprios agentes, de que a turma do mal pretende controlar o orgão e mandar na AMT pressionando o próprio Superintendente para que nao exerça fiscalização no uso do uniforme bordado. Pouco me lixo com gente ordinária que nao se identifica. Estou ao lado da população. E, repito, tenho o apoio das pessoas sérias de nossa sociedade. Todos os que escreveram, note bem o leitor do Blog, possuem o mesmo estilo literario e mesma linha de pensamento. Ou seja: trata-se de resposta orquestrada. Anonimato é covardia na forma e no conteúdo.
No mais; continuo minha luta. Agentes de transito são pagos com o dinheiro do contribuinte. Exijo respeito. No arremate, nao recuarei exigindo que todos eles, SEM EXCECÇÃO, sejam identificados. Essa é a grande birra...
Rosenwal Ferreira

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Agentes da AMT, concursados, arrogantes, poderosos e incompetentes

Como se não bastasse boa parte do segmento político e outros vestais do mesmo naipe, que se acham acima do povão que lhes paga o salário, agora surge uma extirpe com potencial de azedume ainda pior. Estamos nos referindo à novíssima turma de concursados como agentes de trânsito, que estão azucrinando a vida dos motoristas goianienses, sem contribuir para melhorar o caos cotidiano. Como se fosse uma seleção de futebol às avessas, os amarelinhos da Agência Municipal de Trânsito (AMT) entram em campo para jogar contra seus irmãos brasileiros do cerrado.

Ao contrário do que era de se esperar, esses profissionais saem às ruas não para contribuir com a fluidez do tráfego, orientar pais de família, solucionar problemas ou coordenar o fluxo de veículos nas vias públicas. O foco de seu propósito é apenas multar o cidadão e mostrar um poder acima da média. Como possuem fé pública, seus julgamentos representam uma avenida de mão única e lhes dá um extraordinário domínio.

Não existe nenhuma categoria de autoridade com tamanha autonomia para julgar, condenar, e executar a sentença de uma pessoa quanto um agente de trânsito. O delegado necessita, no mínimo, de depoimentos e investigações antes de agir. Um Juiz só pode decidir uma sentença depois de um infindável rosário de precauções e preceitos jurídicos.

Munido de uma prancheta, óculos escuros e talão de multas, o guardinha afirma que você cometeu um erro. Sua caneta decide o que você deverá pagar e estamos conversados. A palavra dele é a que vale. Não precisa de provas e não carece do contraditório. Existe defesa? Na teoria, sim. Contudo, quantos são os casos em que o condutor do veículo consegue reverter o veredicto? Um percentual ínfimo.

Quer um exemplo clássico? Ofereço vários. Se um arbitrário qualquer juramentar por escrito que você estava sem o cinto de segurança ou falando ao celular – mesmo sem nenhuma prova ou evidência disso –, a multa será lavrada. Conheço médicos que foram multados em horário que realizavam cirurgias, anciões que jamais saem da garagem sem o cinto de segurança e de nada lhes adiantou recorrer do julgamento unilateral.

Experimente indagar a um agente de trânsito qual é seu nome ou dele exigir identificação. Arrogantes, eles estão às ruas sem identidade nos uniformes. Segundo consta, pois arrancam a tarja a seu bel prazer e ameaçam quem lhes exige identificação. Por que ouso afirmar que são incompetentes? Já presenciei, inúmeras vezes, sua inaptidão e escassos conhecimentos da função. Outro dia mesmo, uma dupla de poderosos parou o veículo da AMT numa vaga particular, se recusou a tirar o automóvel, alegando que podia estacionar em qualquer local. Desconhecem que esse direito se refere apenas às vias públicas.

E mais: como são concursados, se lixam para a hierarquia, desrespeitam supervisores e afrontam até o superintendente do órgão. O diligente Miguel Tiago, um homem de fino trato e raro sendo de justiça, sofre horrores procurando direcionar a turma para um convívio mais respeitoso. Quando pode, abre sindicâncias, procura ajustar condutas, mas tem as mãos amarradas pelo sistema.

Enquanto persistirem as distorções, nenhum administrador vai obter sucesso. É necessário criar mecanismos para frear abusos. São poucos os que se atrevem a registrar denúncias. Todos, e com muita razão, temem retaliações. Eu mesmo fui ameaçado de sofrer represálias – algo que já aconteceu no passado – com vinganças em forma de multas. Afinal de contas, eles possuem acesso à placa do meu veículo e dos meus familiares. Mesmo assim, fruto de minha personalidade e convicções pessoais, decidi ir até o fim exigindo que a soberba tenha algum castigo.

É claro que muitos que atuam no órgão agem de forma correta, abominam falta de ética e seguem a cartilha da lei. Esses não fazem mais do que sua obrigação. São pagos para agir assim. Entretanto, principalmente fruto de mais duzentas de reclamações recebidas em meus programas de rádio e TV, apenas nas últimas três semanas, só posso chegar à conclusão que está muito difícil separar o joio do trigo. Não sei como é possível corrigir o problema. Porem, ele precisa ser enfrentado.

Arrepio de pensar que o caldo dos prepotentes será engrossado com o auxílio de guardas municipais armados com artefatos que dão choque. Além de pagar multas, podemos ser torturados com choques elétricos. Afinal de contas, como enfatizou o agente Divanir que procurou me atemorizar: “o senhor que não se atreva a desacatar uma autoridade”. Sabe qual foi minha falta de respeito? Eu insisti em obter o nome dele. Já pensaram um brucutu desses com respaldo de uma arma que provoca ataques epilépticos e faz o sujeito cair babando? Não quero nem imaginar.

Rosenwal Ferreira é Jornalista e Publicitário

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Quem tem medo da verdade no imbróglio da Praça do Cruzeiro?

Uma enxurrada de boatos alimenta discussões em torno das mudanças de trânsito na Praça do Cruzeiro. A turma que se delicia com teorias da conspiração fala de inconfessáveis manobras envolvendo especulações imobiliárias. Sempre à boca miúda, juram que o projeto tem como foco expulsar os moradores das residências para erguer prédios de apartamentos. Uma loucura que seria facilmente desmascarada com os primeiros alvarás da Prefeitura. Pode não ser plausível, mas já aconteceu em muitos alambiques, provocando intermináveis ressacas urbanas.

Depois de algumas pesquisas, entrevistas e paciente trabalho de jornalismo investigativo, estou inclinado a descartar algumas hipóteses e acreditar em fatos que me parecem mais consistentes. O primeiro deles é que mantenho minha posição de que o projeto em pauta não é viável. Mas, hoje, dou crédito à única tentativa que restou ao prefeito e aos técnicos da Agência Municipal de Trânsito (AMT).

Não se trata de mudança de opinião sem o devido critério. Por justiça, acredito na palavra do prefeito Paulo Garcia, corroborada por testemunhas, informando que o Ministério Público, representado pela digna Promotora Gerusa Fávero Girardelli, não aceitou ceder nenhum espaço do inútil local, numa adequação para resolver o nó do trânsito. Segundo consta, a profissional sequer aceitou discutir os planos de reengenharia proposto pelo Paço Municipal.

Ela só considera razoável um túnel ou viaduto que, mesmo sendo o ideal, esbarra em milhões de reais que os cofres públicos não possuem. Ainda verde no conhecimento das vísceras da cidade, ela acha que está protegendo um patrimônio inestimável. Ninguém questiona suas boas intenções ou seus nobres propósitos. Mas poucos duvidam que ela erra ao impedir o inevitável. Se confirmada, sua teimosia vai apenas retardar a única solução plausível.

Em meio à quizila que se aglutinou é necessário impedir que agigantem personagens dispostas a tirar proveito político. Assim como muitos que ocuparam o árduo cargo, o superintendente Miguel Tiago tem boas intenções e está fazendo de tudo para domar um furacão. Agradar milhões de motoristas, numa cidade que se entupiu de veículos, não é uma tarefa fácil.

A posição mais cômoda é a de jogar pedras e criticar. Oferecer soluções é uma outra história. Se o plano esbarra em problemas, e pisa no calo de interesses contrariados, é necessário cobrar de quem pode contribuir com resoluções práticas, razoáveis e factíveis. Na conjuntura atual seria má fé não enxergar como único recurso dividir o quadrilátero. Se douta promotora está impedindo tal procedimento, que aponte outros caminhos. Pelo que sei, a chiadeira já está em sua antessala. Boa sorte e bom juízo. A história não perdoa os que erram.

Rosenwal Ferreira é Jornalista e Publicitário

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Dilma e os “esquerdoidos” goianos

Ao contrário do que esperava a ala raivosa da extrema esquerda brasileira, a presidente Dilma Rousseff não está agindo com errático viés ideológico no exercício do poder. Como ela conhece a banda podre dos que pretendiam implantar o comunismo em terras brasileiras, já enviou claros indícios de que não está disposta a avalizar aventuras de um regime que nunca deu certo. Ao agir com o bom senso de quem já viveu e aprendeu lições, a chefe do poder demonstra notável equilíbrio. Em termos de diplomacia internacional, começou com elogiável senso ético.
Em relação à cruel ditadura dos irmãos Castro na ilha prisão, declarou sem rodeios: “Devemos protestar contra todas as falhas que haja a respeito dos direitos humanos em Cuba”. Uma notável diferença de Lula que sempre tratou o sofrido povo cubano como lixo. Para o metalúrgico que se fez presidente, Fidel mantém o direito de escravizar os cidadãos em nome do sistema retrógrado. Na análise obtusa de Mr. Silva, opor-se ao Tio Sam justifica toda sorte de barbaridades. Com essa mensagem moderna, justa e objetiva, Dilma oferece boas lições a um segmento goiano que eu batizei de “esquerdoidos”. Normalmente encastelados nos bolsões universitários, eles se dedicam a exortar falsas qualidades nos governos de Cuba, Venezuela e outros rincões antidemocráticos. Falsos até os ossos, odeiam a liberdade de imprensa e abominam eleições pelo voto popular livre.
Eles possuem um ódio visceral por jornalistas que denunciam a hipocrisia de suas ações e são capazes de toda sorte de artimanhas para desmoralizar quem os desmascara. Em Goiás, eu sou considerado o maior inimigo de seus projetos. E o que pretendem eles ao lutar por uma forma de governo com o império do comunismo? Muito simples, pretendem mamar com mais sustância nas generosas tetas do contribuinte.
Esse grupelho é facilmente identificado porque nunca muda de habito. Não possuem habilidade profissional, vivem à custa de empregos públicos, jamais conseguem resistir na iniciativa privada e, mesmo sendo uma minoria sem expressão ou votos, fazem um tremendo barulho dado a impressão de que tem importância no contexto social produtivo. São tão sujos que sequer realizam o papel de oposição e estão sempre dispostos a usufruir do poder. Com o fracasso dos países que adotam seus objetivos arcaicos, estão ficando cada vez mais acuados e já não possuem mais bandeiras.
Como os escrúpulos de Lula são mais flexíveis do que elástico, eles tiveram oito anos de fôlego, mamatas, ONGs, empregos fantasmas, tramoias enrustidas, cargos e benesses inconfessáveis. Com Dilma mostrando que vai governar com os tamancos da realidade, eles devem estar assombrados. Será que vão ser obrigados a trabalhar? Um Deus nos acuda. Já pensaram uma ex-guerrilheira colocando a camarilha para bater ponto e suar oito horas de jornada? Pode ser. Existe esperança. Estou começando a gostar dela.

Rosenwal Ferreira é Jornalista e Publicitário