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quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

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Lições no Asharam da Amma


Líder espiritual de milhões de pessoas ao redor do globo, a indiana Amma mantém templos, locais sagrados, orfanatos, casas que oferecem sopa, hospitais de medicina complementar e outras atividades filantrópicas que salvam almas e vidas humanas. O seu Asharam no sul da Índia se presta a uma excelente lição de humildade e cooperação. Ali, todos os serviços, com raras exceções, são realizados pelos próprios hóspedes. Ao chegar ao local, os visitantes são recebidos com sorrisos amigáveis, gestos de louvor, um colchonete rudimentar, um balde, uma caneca, dois travesseiros ordinários, vassoura e rodo. Esse conjunto de peças é o necessário para sobreviver num quarto limpo e desprovido de móveis.

Os mais exigentes podem conseguir um lençol de chitão alugado por três reais. Toalhas são desnecessárias porque o corpo seca segundos depois que se despeja a caneca de água no corpo. Água quente e chuveiro no estilo ocidental é uma regalia dispensável. Por incrível que pareça, esse ambiente monástico, onde ecoam o tempo todo cânticos e mantras, oferece uma sensação de agradável conforto. O aparente exagero na simplicidade é a primeira lição recebida.

Com todo o complexo controlado por computador, os administradores sabem exatamente quanto tempo os estrangeiros vão ficar alojados. No primeiro dia, eu e minha esposa Kétina fomos poupados das atividades voluntárias. Apenas cumprimos o puxado horário de acordar as 4h30 da madrugada, indo rezar em templos separados repetindo mil frases no complicado palavreado de louvor aos deuses.

No dia seguinte, um bilhete deixado na porta do quarto demandava nossa presença no escritório que orienta a “ceva’’. Fomos atendidos por um amável jovem suíço. Ao seu lado um quadro, escrito em inglês, com os seguintes dizeres: “Você deseja realizar serviços que são necessários ou apenas para atender seus interesses?”. Evidente que o recado surtia efeito. Ambos concordamos em realizar o que fosse necessário.

Fomos indicados a três funções distintas: primeiro, recebemos a tarefa de limpar dois quartos que acomodam quatro pessoas no anexo D destinado às famílias indianas. As instruções, passo a passo, davam ênfase na limpeza dos banheiros. No primeiro dos aposentos foi até fácil. Torcemos um pouco o nariz para as péssimas condições do vaso sanitário, mas tudo ficou em ordem em cerca de uma hora. No segundo local, certamente ocupado por gente mais porca do que o costume, foi um duro exercício de tapar nariz e segurar o escovão ao mesmo tempo. Na base da esperteza, deixei o banheiro por conta da minha mulher. Duas horas depois, tarefa cumprida.

No segundo dia nos foi indicado auxiliar na imensa cozinha na realização de massas de pizza. Não fossem o calor desértico, o odor do indiano e os cheiros fortes aos quais não estamos acostumados teria sido moleza. Tiramos de letra. A última tarefa, com certeza de propósito, foi para jogar na lona qualquer resquício de arrogância ou senso de classe social. Generosamente, fomos selecionados para a organização do lixão matinal.

Na essência, e junto com 12 voluntários de vários países, o serviço era dos mais simples: separar e ensacar todo o entulho colhido na tarde anterior. São toneladas de lixo jogados num cômodo, com direito a toda a fedentina, o caos, as baratas, fuligem e tranqueira. Só de olhar – e saber que o trabalho era deixar tudo limpo e acomodado para ser colhido – dava náuseas e vertigem. Um musculoso garotão holandês, chocado e assustado, começou a sentir tonteira. Foi orientado a respirar fundo. Respirar fundo!? Estais brincando...

Munidos de luvas em farrapos, aventais rústicos e espírito de equipe, fomos à luta. Por incrível que pareça, cerca de três horas depois, a montanha de detritos estava separada entre plásticos, vidros, papel, lixo orgânico e tranqueira sem definição. Imundos, suados, com o corpo dolorido e coçando, os participantes se abraçaram usando apenas sorriso e olhar orgulhosos. Sobrevivemos a uma experiência capaz de mudar concepções e provocar reflexões transcendentais. Para minha surpresa, muitos se dedicam ao nauseabundo trabalho por vários meses.

Ao lado das meditações, ensinamentos de boa conduta moral, da propagação da ampla ética humana, a ceva é a maior lição no Asharam da Amma. Na limpeza das latrinas, no sufoco das cozinhas, nos infames odores típicos de qualquer lixão, os seres humanos são todos iguais. A sensação de superioridade – tão nefasta ao progresso espiritual – é apenas uma ilusão que deve ser reavaliada. Evidente que ninguém vai sair do local e mudar de profissão. Entretanto, certamente que será tocado a valorizar e agradecer os prazeres de uma boa vida, deixando as agruras do cotidiano para outros irmãos realizarem. Contudo, tendo uma boa amostra de como certas ocupações são difíceis.

Rosenwal Ferreira é Jornalista e Publicitário

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

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Baba que Sai Baba

Depois de uma bem sucedida peregrinação nos ares suaves que embalam as matas virgens, o Ganges e o sopro do Himalaia, eu e minha doce esposa Kétina decidimos trocar as batas multicoloridas pelo branco que domina os Ashrams do sul da Índia. Por indicação de amigos – os quais passei a questionar a sanidade mental –, fomos direto do abafado aeroporto de Tiruvananthapuram para a cidade de Puttaparthi, local do templo sagrado e das acomodações do líder Sai Baba. O gigantesco espaço é um misto de manicômio, centro de concentração e aeroporto em tempo de guerra. Pessoas vagam como zumbis em meio à poeira. Em todos os recantos permeia a paranóia de um atentado (com direito a revistas rigorosas, aparelhos de raio-x e perguntas ríspidas).

Quem possui estômago, ou deseja purgar os pecados em processo de autoflagelação, entra nesse calabouço dos mantras para esquecer que existe o lado de fora dos portões. É ali que se aglutina mixórdia mercantilista, sujeira, exploração e fanatismo. Sequer nas latrinas improvisadas é possível fugir da figura de Sai Baba. Sua foto está grudada em todos os táxis, apartamentos dos hotéis, canetas, mamadeiras dos nenês, espelhos, copos e até nos baldes que se coleta água imunda. Num misto de frustração e desespero, literalmente fugimos do local.

Por um erro de tradução, fizemos o mais bizarro de todos os percursos. Fomos de táxi para Kanchipuram, próximo a Chennai, imaginando que chegaríamos ao aconchego da Amma, que fica a mais de mil quilômetros de distância. Foi de uma excelência bíblica. As cidades que vimos parecem sair do umbral descrito pelos espíritas ou do inferno de Dante. Nas ruas fétidas e apinhadas de gente, impera o caos. Tudo é uma indescritível desordem. Ratazanas, baratas, imundice crônica, esgoto e mosquitos se acomodam ao lado de uma limpa Pizza Hut, plantada pelo capitalismo do Tio Sam como se fosse um oásis no epicentro do inferno.

Em meio a esse cenário de balburdia, inferneira de buzinas e visível tormento, recebemos uma edificante lição de humildade e fé indiana. Os rapazes que nos atenderam na escola da Amma, (que não tem nada a ver com o paradisíaco Ashrama que encontramos depois) quase à meia noite, se recusaram a aceitar gorjetas. Com suas roupas simples – trapos para os padrões ocidentais –, seus dentes estragados e a pele envelhecida precocemente pelo sofrimento cotidiano, eram voluntários a atender de graça turistas perdidos. Por míseros onze reais, fomos acalentados num quarto limpo com banho quente. Uma regalia que milhões de indianos morrem sem usufruir.

No dia seguinte, com uma experiência de moldar a alma, ouvimos em reflexivo silêncio as orações às seis horas da manhã. No aeroporto de Chennai, ainda em transe com a lição de sofrimento de um povo que preserva a esperança e enxerga a penúria como uma dádiva dos deuses, adquirimos passagens que nos levaram aos encantos de Amritapuri, local em que fomos embalados nos braços da Amma, que, avisada que éramos brasileiros, sussurrou melodicamente em nossos ouvidos: “Meu amiguinho, meu amiguinho...”

Ao contrário de Sai Baba, com seu mercantilismo explícito, o recanto de Amma é apaixonante. As acomodações simples, mas de pleno conforto, se erguem entre as ondas do mar e o rio adornado por uma floresta de coqueiros. A noite, os cânticos nos templos se misturam com trinados de pássaros exóticos e sons de elefantes que ecoam na planície. Tudo é amor e plenitude. Impera uma paz que conforta e qualifica os sentimentos. A própria Amma lidera as meditações ao entardecer, realizadas ao som das ondas do oceano, momento em que presenciei um dos mais belos pôr do sol de minha existência. Ato que se revela como um revigorante elixir. Definitivamente, tudo vale a pena e é uma lição neste exótico, excêntrico e fluídico país.


Rosenwal Ferreira é Jornalista e Publicitário

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

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O maravilhoso professor de yoga

Na Índia, o confortável aeroporto da cidade de Dehra Dun se transforma num portal para incríveis aventuras. Por uma ninharia, qualquer taxista está disposto a percorrer as belíssimas e sinuosas estradas que beijam o início do Himalaia, permitindo que os turistas possam descansar na bucólica Mussorie, um vilarejo que repousa, como se estivesse perdido no tempo, a mais de dois mil pés de altitude.

Em meio aos vendedores de peixes frescos, flores, mercados de verduras, artigos de lã e operários que cobram cerca de um real para transportar de bicicleta um casal por mais de um quilômetro montanha acima, é possível vislumbrar uma paisagem de tirar o fôlego. Para se ter uma ideia, a neblina que cobre o vale realiza uma dança com o sol que produz múltiplos arco-íris. Quando a cidade acorda, no frenesi da madrugada, é possível ouvir os soldados da mais antiga academia policial do país rindo às gargalhadas. Faz parte do treinamento rir solto no início dos exercícios. Os simpáticos habitantes aproveitam para curtir e dar risadas em conjunto.

Foi nesse local, mais especificamente no final da Camel’s Back Road, que eu e minha bela esposa Kétina ouvimos falar de um maravilhoso professor de yoga, conhecido como mestre Swami Yoganand. Ele ministra aulas no prestigioso Parmarth Niketan, joia da cultura Indiana em Rishikesh. Apaixonada pela atividade, ela não pestanejou em mudar o roteiro e tentar uma vaga com o especialista.

Administrado pelo guru Pujya Swami Chidanand Saraswatiji, o Asharam do mestre é algo inacreditável. Um local mágico localizado na margem direita do Ganges, acessível por uma ponte suspensa, por onde transitam em caótica harmonia macacos, vacas, cabritos, mulas, lambretas, bicicletas, peregrinos de todas as partes do planeta, no amalgama de ricos indianos e mendigos que dormem ao relento.

Sem exceção, todos procuram a energia que corre nas veias do Ganges. O centro de cultura possui mil apartamentos com água quente e nível razoável de conforto. Incluindo café da manhã, almoço, lanche e jantar, a diária não chega a cinquenta reais. Tivemos sorte de pegar um quarto de frente para o rio sagrado. Confesso que jamais senti uma emoção semelhante. Durante a noite, com o silêncio que se rompe apenas com o badalar dos sinos que acordam os Rishie Kumar às quatro horas da madrugada, o rio sussura uma melodia que embala os sonhos. Uma sensação indescritível.

Apenas o Parmarth Niketan se presta a escrever um livro. Explicar as centenas de estátuas que se erguem como joias entre as flores, justifica centenas de páginas. A cerimônia que acontece ao entardecer é tão expressiva que vou guardar para outro artigo.

Mas vamos ao professor que justificou uma mudança de rumos na especialização de yoga de minha Kétina. Acordamos às cinco horas da madrugada, como manda as regras dos alunos. No amplo salão vermelho já estava o mestre em posição de lótus. Nas primeiras instruções, deu para notar a rigidez do famoso professor com seus discípulos, também mestres, Sandeep e Surya. Aos gritos, não aceitava o menor deslize nas instruções.

Como amador nivelado por baixo, seus auxiliares sofreram para corrigir minhas posturas. Mesmo assim, sequer cheguei perto do ideal. Em todo caso, como leigo curioso e dedicado, não achei a aula nada excepcional. O tal magnífico, embora lépido e ágil, não me pareceu justificar sua fama na arte da saúde holística.

Como sou jornalista, e não expert em yoga, me atrevi e perguntei: afinal de contas o que esse mestre tem de especial além do seu nítido mau humor com os mínimos detalhes? O amável indiano, certamente rindo de minha ignorância, respondeu com um largo sorriso: “Nada demais a não ser o fato de que ele tem cem anos de idade”. Quase tive um treco. O centenário velhinho merece o título de Wonderfull Yoga. Aliás, essa é a especialidade que ele ensina.


Rosenwal Ferreira é Jornalista e Publicitário

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

NÃO PERCA!!

Adrenalina nos ares do Brasil

Conhecido por vários nomes, tais como campo de aviação auxiliar, galinheiro enjeitado, armadilha a céu aberto e outros não publicáveis, o Aeroporto Internacional Santa Genoveva é como se fosse um portal para o inferno. No último domingo, os veículos se enfileiraram no arremedo de desembarque num prenúncio da sauna que ardia nas vísceras do entreposto improvisado. Na única antessala existente, os passageiros da agonia se amontoavam no estilo ônibus urbano lotado. A maioria de pé dando graças a Deus pelos aviões que partiam no horário combinado.

Mas como estamos no Brasil, nação do atraso estrutural crônico, levantar vôo pode se transformar num pesadelo pior do que amargar espera na ratoeira do cerrado. No percurso realizado pela empresa aérea Gol para São Paulo, horário das 20h20, após uma hora da decolagem, o comandante avisou sem rodeios: “A torre de Brasília informou que existe excesso de aeronaves para aterrissar no Aeroporto de Guarulhos – muitas até já se dirigiram a outros locais – não sabemos como o problema será resolvido.” Dá para acreditar?

Para meu espanto, a maioria dos viajantes não deu a menor pelota. A turma do Timão, que ocupava boa parte das cadeiras - sabe se lá por que - passou a cantar Salve o Corinthians. Somente a besta desse jornalista é que ficou imaginando que iria encontrar São Pedro antes de Fidel Castro, numa morte pra lá de humilhante.

Após mais 50 minutos de agonia, o sádico do piloto informou que “havia uma autorização para pousar, mas tinha sido cancelada vítima de três aviões que estavam prestes a ficar sem combustível.” Eu pensei na hora: e daí seu puto? Tá me dizendo que corro o risco de não viver para aplaudir o Vila Nova dando uma surra no Goiás? Logo agora que o periquito entrou na jaula da série B?

No final, sacolejando como a saudosa jardineira que fazia o percurso de Rio Verde à fazenda do meu pai na década de 60, chegamos são e salvos a maior cidade do País, símbolo de progresso. Bobagem, em se tratando de caos aéreo, a democracia brasileira é para valer. Em Guarulhos homens de negócios e turistas amargam a mesma sina dos goianos. Domingo a noite, mesmo com os saguões lotados, maioria dos bares e restaurantes estava fechado e os que ainda atendiam sequer tinham gelo para a Coca-Cola. Apenas o McDonald’s se oferecia firme e qualificado na proposta de engordar quem podia se dar o luxo. Em todo caso, estou criticando de barriga cheia. Devia relaxar e gozar, agradecendo a adrenalina que o governo oferece. Muito obrigado.


Rosenwal Ferreira é Jornalista e Publicitário

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

NÃO PERCA!!

As sementes de Brizola e do banditismo em Goiás

Quem possui um mínimo de registro histórico sabe que Leonel Brizola avalizou a ocupação dos morros pelo narcotráfico. Com seu jeitão populista, egoísta e inconsequente, ele plantou um câncer social impedindo a polícia de subir os morros cariocas. O resultado é essa balbúrdia cuja solução é apenas um fósforo riscado no túnel escuro que se transformou o Complexo do Alemão. É um belo começo, mas tênue início numa guerra que, se não houver recuo, vai durar décadas.

Alguns hipócritas da política goiana ocuparam a mesma trilha de Brizola. Iris Rezende Machado atolou famílias na periferia criando guetos que facilitam o banditismo e dificultam a ação da polícia. O curral de votos se mostrou tão eficiente que ele exigiu, segundo consta sob a ameaça de desapropriar a área, 500 lotes no parcelamento da atriz global Glória Pires e Orlando Morais, negando a criação de um condomínio fechado e organizado. Para os especialistas da VerdiVale, entidade sem fins lucrativos que tenta proteger a água da Capital, a aprovação do projeto é uma aberração com sérias consequências ambientais.

Rezando na cartilha do atraso Isaura Lemos e Euler Ivo, donos do PDT em terras do cerrado, tentaram asquerosamente estabelecer princípios brizolistas em Goiás. No episódio do Parque Oeste Industrial ficaram do lado dos invasores, afrontaram policiais e torceram fatos para que o princípio da legalidade fosse rompido. Felizmente o governador Marconi Perillo, com apoio firme da lei, não se deixou intimidar.

O incidente foi uma tentativa de testar a capacidade de reação do Estado. Se tivesse cedido, ações ilegais pipocariam em todos os rincões. Falsos de plantão até hoje procuram denegrir heróicos policiais que participaram da operação.

O exemplo do Rio de Janeiro serve como alerta. Durante muito tempo intelectuais da ala podre, falsos defensores dos direitos humanos e aliados da esquerda raivosa, protegeram a ação de quadrilhas, difamando os policiais. Existem os que se dedicam sistematicamente a esse propósito. Profissionais da dissimulação, estão sempre ao lado da baderna.

Alguns, como o Deputado Mauro Rubem, são notórios - sem entrar no mérito - no apoio a greves e no julgamento negativo das forças policiais. Que a lição do Rio de Janeiro possa arder em suas consciências. É necessário cair na real. A polícia é a última barreira entre a ordem e a barbárie. Para vencer o crime é necessário força e coragem. Chega de politiquice. Cadeia neles, e se for preciso, bala...

Rosenwal Ferreira é Jornalista e Publicitário

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

NÃO PERCA!!

Ao Dr. Alcides com respeito

É muito fácil e cômodo desafogar indignação a um governo que respira os últimos suspiros do poder. Embora não tenha me furtado em realizar críticas pontuais ao Dr. Alcides, fui cauteloso ao censurar sua administração. Nas poucas ocasiões em que manifestei publicamente minhas reprovações, o tom foi ao ponto máximo do equilíbrio. Tenho razões que justificam essa atitude.

Na qualidade de vice de Marconi Perillo, ele cativou meu respeito em manifestações de apoio em momentos delicados de minha cruzada jornalística. Publicamente se mostrou favorável ao meu projeto de recuperação da Polícia Militar, comparecendo pessoalmente à entrega dos troféus de “Herói do Mês”, numa ocasião em que colegas de profissão condenavam a iniciativa.

Ao assumir o cargo, logo nas primeiras semanas, me convidou para uma conversa íntima no Palácio assegurando que nenhuma censura seria exercida no meu programa na TBC Cultura. Cumpriu sua promessa do começo ao fim. Sendo um programa temático, muitas vezes o governo foi duramente criticado. Evidente que tive o bom senso no equilíbrio dos assuntos. Nunca fui tão ousado que pudesse ser encarado como provocador nem medroso ao ponto de ser classificado como puxa-saco.

No rádio, e nos comentários da TV Serra Dourada, considerando que nesses veículos eu não tenho vínculos com o Estado, abri as comportas da irritação canalizando os maus humores da população. Pelo menos em duas ocasiões, auxiliares próximos chegaram a pedir minha cabeça na emissora do Governo. Ele sequer cogitou dar prosseguimento no assunto. Como sei disso? Interlocutores presentes na reunião, pessoas que eu confio, me contaram os detalhes.

Pois bem. Com todos os erros e acertos de seu governo, no particular com esse jornalista ele foi íntegro na promessa cumprida. Como não sobrevivo de verbas do governo, confesso que é muito importante a manutenção dos espaços que conquistei com muito esforço.

Com essa longa e necessária introdução, passo ao assunto que interessa. Com todo o respeito Dr. Alcides, o senhor está cometendo um erro brutal ao deixar de colaborar com a equipe de transição. Essa birra é tola, improdutiva e se ergue como uma borra no desfecho de sua gestão.

Não faz o menor sentido prejudicar milhões de seus conterrâneos numa vendeta particular. A ausência de cooperação é um ato de vandalismo que não se coordena com um homem de formação médica. Sequer os seus aliados conseguem justificar, ou encontrar senso, num juízo tão errado. As más línguas falam que se trata de uma estratégia para encobrir desajustes. Bobagem. A documentação não desaparece no pipocar do ano novo.

Espero que nas próximas horas o senhor possa beber o chá do bom juízo. Acordar célere indicando interlocutores de boa fé. Que se entregue informações úteis ao seu povo. Justificando, dignamente, a homens como eu um apreço pós-governo. O ranço atual, nesse quiproquó que nega apoio a quem vai assumir, derrete o lado positivo de sua imagem. Ao meu ver, sem nenhum proveito para ninguém.

Rosenwal Ferreira é Jornalista e Publicitário

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Anúncio publicado pela Unilever no Jornal O Popular (12/11/2010) pág. 05

Unilever mente e continua destruindo o meio ambiente


Na quarta-feira passada, 10 de novembro, escrevi um artigo, corajosamente publicado pelo Diário da Manhã, denunciando as agressões da indústria Unilever em terras do cerrado. Numa incrível demonstração de cinismo, e descaso pelas autoridades, a fábrica tomou duas providências: publicou no jornal O Popular, sexta-feira, 12 de novembro, página 05, um imenso anúncio afirmando o “extravio da caderneta de inspeção sanitária da unidade Iza Costa” e enviou uma nota ao DM, sem assinatura de responsáveis, dizendo que minha denúncia não era verdadeira.
Os irresponsáveis que continuam jorrando imundice nas imediações da Unilever imaginam que toda a sociedade é cretina e frouxa como a lei que não os atinge. Nem toneladas de óleo de peroba podem lustrar a cara de pau dos que orientaram a falcatrua. Perder a caderneta de inspeção dois dias após minha denúncia? Uma conveniência que não engana ninguém.
Certamente por instrução dos advogados, e dando continuidade na chacota ao Ministério Público, o soberbo anúncio foi ajustado apenas no jornal concorrente. Se realizado no DM a farsa iria do intragável ao vomitante.
A tal comissão de comunicação externa, que assinou o inerte arremedo de resposta às minhas denúncias, ignora que tenha provas. Mantenho uma lista com mais de 40 pessoas dispostas a testemunhar. Todas elas me procuraram pessoalmente oferecendo endereço e identidade numa rara demonstração de solidariedade coletiva. Levo muito a sério minha profissão, não invento fatos. Estou disposto e sou capaz de provar que a Unilever mente.
Os inescrupulosos não sabem que existem fotos e testemunhas oculares das atividades criminosas que relatei. Toda a Diretoria da VerdiVale, sem exceção, está coesa confirmando minhas sérias denúncias: os caminhões da Unilever estão destruindo o asfalto da região e despejando líquido nauseabundo nas chácaras e terrenos do setor Mansões do Campus.
Ao invés de tentar desqualificar minha reputação jornalística, e pagar os tubos para engendrar “perda” de documentos importantes, porque não agem corretamente? A Unilever continua com as ações predatórias. Só mudou os horários acordando moradores no bafo da madrugada.
Concordo que a Unilever possui 80 anos de tradição e industrializa produtos importantes. O fato em questão desmoraliza a empresa. Sua continuidade é um acinte.
Ao contrário do que imaginam, o grupo comunitário que represento não está disposto a negociatas capazes de camuflar os danos ao meio ambiente. As centenas de famílias envolvidas não estão à venda. Seu nutrido corpo de advogados não vai nos intimidar. Quem está cometendo um erro brutal é a Unilever e não os moradores prejudicados. Se pretendem conversar com seriedade, e corrigir rumos, estamos de braços abertos. Vamos dialogar.
No arremate, não se iludam, eu não estou sozinho. Sou apenas o canal capaz de desaguar a enxurrada de reclamações. Chega. A Unilever já abusou demais da região que escolheu para ser o lixo do seu quintal de impropriedades. E, por favor, não escolham outro local. Respeitem os goianos.


Rosenwal Ferreira é Jornalista e Publicitário

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

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Unilever destrói o meio ambiente e faz chacota do Ministério Público

Na contramão das empresas modernas, admiradas porque respeitam a comunidade, a indústria Unilever de Goiás engrossa o caldo de irresponsabilidades que destrói a qualidade de vida da população. Os caminhões da empresa, com toneladas extras, provocam destruição e erosões no asfalto em torno do antigo Clube Itanhangá, realizando um trajeto que não está preparado para o tráfego de cargas pesadas.

Em episódio recente, a Unilever foi apontada como responsável por uma vomitante fedentina coletiva. Um nauseabundo composto de infames odores que fez mais do que ofender narinas: causou cólicas, inapetência, enxaquecas e alergias respiratórias. Escaldada por escândalos de todos os matizes, a população logo esqueceu a lambança.

Ao que consta a Unilever safou-se com relativa tranqüilidade. Aprendeu a lição? Que nada. Tudo indica que se tornou mais arrogante do que nunca. Advertida, e até mesmo punida, por contaminar os arredores com o esgoto de sua produção, esperou alguns meses e voltou à velha prática.

Presenciei inúmeras vezes e na presença de várias testemunhas, os caminhões da Unilever despejar resíduos - imundice tóxica que contamina o lençol freático – no quarteirão de minha residência no setor Mansões do Campus. São toneladas de uma aguaceira imunda, mal cheirosa, que atrai moscas e provoca uma carnificina matando o solo.

Numa dessas ocasiões, estando ao lado do crime sendo cometido, liguei para o diligente promotor Nardini que exclamou irritado: “Não acredito! Essa gente não toma jeito!” Infelizmente, como era véspera de um feriado prolongado e ele estava fora da capital, não foi possível documentar o flagrante.

A vizinhança já está acostumada com os truques da Unilever. Os veículos que poluem mudam rotas, utilizam horários na madrugada e foram instruídos a acelerar frente à aproximação de pessoas. Tudo para continuar com falcatrua assassina. A troco de que? De economizar dinheiro e matar o planeta?

Não tenho elementos para afirmar se a cúpula da empresa avaliza esse banditismo ecológico. Mas será que tudo acontece à revelia dos responsáveis? Algo possível mas difícil de acreditar. Entendo que esse artigo significa uma denúncia pública. A VerdiVale, instituição sem fins lucrativos que luta pela preservação da região, está ao meu lado e mais do que disposta a reagir.

No arremate, muitos afirmam que a Unilever, através de seu nutrido corpo de advogados, está fazendo chacota do Ministério Publico. Sob a condição de permanecer no anonimato, um graduado funcionário da empresa nos garantiu que eles nunca tiveram a intenção de cumprir nenhum acordo.

A intenção, afirmou ele, sempre foi a de tirar o maior lucro possível, fechar as portas e sair de Goiás. Deixar para trás uma terra arrasada seria apenas conseqüência desse projeto. Mesmo com essas informações, e com os fatos que parecem confirmá-las, ainda tenho a esperança de que não seja verdade. Conheço excelentes profissionais que atuam na Unilever. Rogo que eles sejam capazes de corrigir essas distorções. O nome Unilever não merece o que está ocorrendo. Os produtos são bons e a indústria gera importantes canais de emprego.

Rosenwal Ferreira é Jornalista e Publicitário

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

A esquerda raivosa derrotou Iris Rezende

Iris Rezende Machado é uma das mais expressivas figuras da história de Goiás. Carismático e trabalhador, alcançou conquistas e vitórias políticas que dificilmente poderão ser igualadas. Foi um governador de obras fundamentais na estrutura do cerrado, Ministro da Justiça em tempos difíceis, ocupou o Ministério da Agricultura e, mesmo no atoleiro da inflação galopante, foi responsável por uma das mais expressivas safras colhidas em solo nacional. Na prefeitura de Goiânia deu um show de competência que deixa saudades.

Com todo esse teatro de importância, e apoiado pelos Governos Federal, Estadual e Municipal, perdeu a eleição por absoluta falta de confiança na própria capacidade. Sendo maior do que o PT, e na específica história de Goiás do que o endeusado Lula, o capi di tutti capi do PMDB se aliou à insossa ala xiita da esquerda, que possui votos no sentido inverso de sua ruidosa participação popular. Ou seja: muito barulho mas importância pífia nas urnas.

Preguiçosos na essência, parasitas do serviço público, inimigos dos ruralistas, apoiadores de invasões de terras, contrários à liberdade de imprensa e dispostos a introduzir o comunismo em terras brasileiras, foram acolhidos por Iris que nunca rezou em suas ultrapassadas cartilhas.

Em detrimento de parceiros tradicionais, toda sorte de oportunistas passou a manter status de honra junto a Iris Rezende. A troco de que? De fazer bonito para uma ala podre que só tem importância nos conchavos de Brasília. Em Goiás não significam nada e sensibilizam apenas alguns gatos pingados encastelados no segmento universitário.

Apenas para citar um exemplo, que de tão emblemático diz quase tudo, o folclórico Luiz Carlos Orro se encastelou na pasta do esporte sem ter votos ou curriculum para tal empreitada. Enganado com os radicais de fala macia, Iris sequer percebeu que turma de Orro, a babel comunista de sempre, levou uma taca quando procurou tomar a OAB de Goiás de assalto.

Ao realizar jogadas ensaiadas com o PC do B, e outros raivosos que jamais lograram êxito nas urnas, Iris chocou famílias goianas, principalmente nas cidades tradicionais do interior, que não entenderam a necessidade de alianças tão incongruentes.

Ora convenhamos, até ontem essa gente urrava impropérios contra Iris e seus aliados. Uma coisa é se curvar frente à avassaladora aprovação de Lula, outra é unir-se aos beijos com quem nunca realizou nada pelos goianos.

Por que será que ninguém de bom senso mostrou a Iris que os radicais além de não ter votos – no máximo as vezes espirra um isolado representante – sugam votos? Se tivesse apostado no próprio cacife, e nos companheiros leais qualificados para agradar a massa de eleitores, Iris seria imbatível. Faltou lhe coerência com o próprio curriculum.

Ao circular de braços dados com Fábio Tokarski e Cia Ltda., Iris constrangeu parceiros como o Deputado Luiz Bittencourt, Barbosa Neto e lideranças rurais que gaguejaram explicações nada convincentes. Deu no que já se esperava.

Eu tenho pena é do prefeito de Goiânia Paulo Garcia, um petista moderado e progressista, que terá que digerir a pressão para ajeitar cargos aos parasitas esquerdoidos. Eles já estão babando a espera de uma boquinha na Prefeitura. A melhor sugestão é que sejam empurrados aos esgotos improdutivos do Governo Federal. Ao contrário da Prefeitura, as tetas controladas por Dilma possuem leite extra que pode ser derramado.

De resto, que as novas lideranças do PMDB, com destaque para o excelente Waguinho da Comurg, Paulo Rassi, Dona Iris e outros, enxerguem a lição. Aliados que se erguem como faróis, mas não possuem luz, não só podem como devem ser dispensados.

No arremate, que o Governo Federal tenha a dignidade de convocar Iris para algum Ministério. Ele tem qualificações, experiência e merece. Seria um ato de justiça. Com bons dividendos para o Estado de Goiás e certamente com proveito para o próprio Marconi Perillo.

Rosenwal Ferreira é Jornalista e Publicitário.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

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Morte aos jornalistas


Enganam-se os críticos quando afirmam que foi o PT, no elo com a esquerda raivosa, quem plantou as sementes autoritárias para cercear a liberdade de imprensa, calar os críticos e destruir o jornalismo investigativo. O viés autoritário tem respaldo em boa parte da sociedade brasileira. São muitos os ditadores encastelados em associações de classe, conselhos de categorias profissionais, clubes e outras entidades.

Ameaçadores e repulsivos agem com ferocidade ao ver seus interesses contrariados. Quando são desmascarados agem com fúria e tornam o ato de informar um desafio. Por força da profissão, e muito a contra-gosto, recentemente ousei publicar alguns artigos mostrando a improdutiva lambança reinante no Conselho Regional de Administração Goiás, CRA/GO, dirigindo minhas críticas ao homem que se tornou símbolo da autarquia, concentrando um impressionante número de cargos e exercendo o poder de fato.

Foi um Deus nos acuda, com espaço para retrucar, o administrador José Carlos dos Santos, “Presidente da Comissão de Licitações, Presidente da Comissão de Eventos, Presidente da Comissão de Obras, Diretor de Fiscalização, Membro da Comissão de Tomadas de Contas” e candidato a presidente, se defendeu atacando a mim e sem responder às graves acusações contidas no relatório da Administradora Maria Cátia de Oliveira.

O minucioso levantamento de contas fala em malversação de recursos, contratos irregulares, improbidade nas contratações, no pagamento de diárias, na construção da Delegacia de Mineiros, rombo de 320 mil reais na realização do Congresso Brasileiro de Administração e outras incoerências. O documento me foi entregue por conselheiros do próprio órgão, confirmado pela relatora, dezenas de testemunhas da área e, ainda, ouvi testemunhas lesadas que estão movendo ações com base no que está documentado.

Pois bem, eu não inventei o tal relatório. Mesmo querendo, eu não conseguiria acesso aos dados. Eles envolvem as vísceras do órgão. Antes de divulgar as denúncias, procurei uma resposta entre os envolvidos que sequer retornaram meus telefonemas. Depois que revelei o que estava acontecendo é que fui acossado de todos os lados.

O senhor José Carlos dos Santos, mesmo coalhando a cidade de outdoors, não conseguiu se eleger. Seu ódio se voltou contra mim. Não só me transformei no bode expiatório de sua derrota, como objeto de fixação de sua vingança. Afirma que sou abominável, que o persegui e até já marcou, via imprensa, um encontro na Justiça no mês de abril de 2011.

Num choroso artigo, me censura por conhecer mais de 60 Países, por hospedar em hotéis cinco estrelas e gostar de vinhos de safra nobre. E daí José Carlos? Isso quer dizer o que? Depois de 40 anos de atividades profissionais eu devia ser um fracassado? Tudo o que fiz, e faço, sempre foi às minhas custas e, até hoje, mantenho o bom hábito de atuar em até oito atividades, trabalhando de 14 a 15 horas por dia.

Nunca fui político, jamais usei qualquer entidade de classe para progredir e tenho uma reputação que atrai muitos clientes. Como especialista em comércio exterior, o senhor também deve viajar. Vai descobrir que a imprensa livre é muito importante. O senhor não perdeu as eleições para Rosenwal Ferreira. Eu não tenho voto. Perdeu para os fatos.

Se eu fosse desqualificado, como afirma em seu artigo, os administradores não me dariam crédito algum. O que pensa que eles são? Crianças? Eu divulguei o que já corria em todos os botecos. Analisaram e decidiram.

O Diário da Manhã, democraticamente, publicou todos os seus artigos. A maioria deles se exaltando aos confetes. Administrador José Carlos dos Santos, o senhor acha mesmo que se tivesse realizado um excelente trabalho aos seus pares alguém daria bola ao que relatei? Nunca. Agradecidos pela sua generosidade, num acumulo de cargos que beira o ridículo, seria o Presidente mais votado da história.

Não caiu a ficha que ninguém saiu em sua defesa? Nunca lhe ocorreu o fato de que nenhum leitor, agradecido pelas benesses do profissional perfeito (pai de família, conselheiro e professor) escreveu uma linha discordando do que escrevi?

Tenho uma lista de mais de 30 profissionais que me visitaram pessoalmente. A maioria sempre teve receios de lhe confrontar. Sabem de sua índole vingativa. Sei que vai cumprir suas ameaças de atazanar minha vida. Faz parte. Morte aos jornalistas. Gente como eu tem a péssima mania de revirar os podres.

Apenas um alerta. Suas ameaças de retaliação podem sofrer o processo bumerangue. Ao me processar sem motivos, considerando que sempre teve o mesmo espaço para se defender, a lei pode lhe alcançar. Sabia? Acho que não. Assim como não sabe que uma de minhas sócias é uma administradora. Ou seja: eu não preciso de nada no órgão que o senhor tentou, e não conseguiu, se estabelecer como ditador. Esqueça-me, ô cara. Escolha outro para continuar na mídia e fazer campanha.

Rosenwal Ferreira é Jornalista e Publicitário

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

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Chapa de José Carlos subestima inteligência dos administradores


Numa campanha de bolsos generosos, e com intenção nitidamente enganosa, a Chapa 1 espalhou dispendiosos outdoors em todos os quadrantes da capital. Bem elaboradas sob o ponto de vista de marketing, as peças publicitárias falam de RENOVAÇÃO. A informação é capciosa com proposital intenção de esconder a verdade. O principal mentor da ideia, administrador José Carlos, não só é da situação como acumula cargos a granel.

O seu charme é tão irresistível que ele conseguiu ser eleito às seguintes funções: “Presidente da Comissão de Licitações, Presidente da Comissão de Eventos, Presidente da Comissão de Obras, Diretor de Fiscalização, Membro da Comissão de Tomada de Contas”. Fosse uma partida de futebol, ele seria, ao mesmo tempo, juiz, zagueiro, atacante, goleiro, técnico, dono da bola e tesoureiro do time. Segundo suas próprias declarações, a fenomenal ocupação de cargos é “porque ninguém mais se oferece para trabalhar.” Coisa de louco.

Mesmo sabendo que o Conselho Regional de Administração (CRA/GO) é um antro de preguiçosos crônicos, que joga todo o peso dos serviços em suas costas, o seu grupo gasta os tubos para se reeleger e continuar sofrendo.

Em minha análise, considerando que a eleição extrapolou os limites da autarquia e se transformou numa fanfarra pública, a Chapa funciona como uma cerveja Brahma às avessas. Ignora a inteligência dos administradores com se eles fossem bêbados que não raciocinam.

Está na cara que José Carlos tomou gosto pelas diversas presidências ocupadas e almeja controlar todos os destinos do CRA de Goiás. Como esbanja sedução em sorrisos fáceis, gestos ensaiados, retórica atraente, ternos dignos de um lorde, tem a confiança de eleição garantida.

Resta saber se esse incrível estro pessoal vai encobrir realidades indigestas. Será que, na hora do voto, os administradores vão esquecer as dívidas e as mazelas do CRA/GO? Ignorar contas pendentes? Vão desconhecer licitações que não obedeceram a lei? A simpatia de José Carlos será capaz de sanar litígios pendentes e denúncias realizadas no Ministério Público Federal? Nas urnas a resposta.

Para o CRA/GO, e os minguados administradores que ainda teimam em participar do órgão, essa não é uma eleição comum. É um marco capaz de tirar o CRA/GO de um lodaçal que não merece, ou continuar na mesmice capaz de destruir algo socialmente importante. Ao contrário do que pensam, e alardeiam, algumas mentes miúdas, a Associação não deve satisfações apenas aos umbigos que dela participam. Suas ações atingem toda a comunidade. Haja vista que muitos empresários humildes amargam prejuízos vítima de erros cometidos pela atual gestão.

Rosenwal Ferreira é Jornalista e Publicitário.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

ACOMPANHE

DILMENTIRA

O título acima é uma feliz idéia do professor Marcos das Neves, mais conhecido como Tucano, diretor do prestigiado Colégio Integrado Jaó. A candidata do presidente Lula é um fantoche com recheios mentirosos para mais de metro e meio. Escolhida no sufoco do improviso, e sem nenhum curriculum que justifica a bizarra preferência, Rousseff é um inesgotável poço de contradições.

Ela nega, mas os fatos demonstram com uma clareza constrangedora: Erenice Guerra, a funcionária das mil e uma falcatruas, é uma das obras primas à la Dilma Rousseff. A preferida de Lula mantém uma falta de escrúpulos digna dos que fazem qualquer coisa para chegar ao topo do poder. Sua falsidade em torno do aborto é apenas uma ilusão entre muitas que se incorporam a sua biografia.

Não fosse a imprensa livre que Dilma tanto odeia, e que certamente fará tudo para destruir ao sentar no trono do poder, se perpetuaria o engodo de que ela possui um curso de mestrado e doutorado em economia pela Unicamp. Durante décadas, mesmo sabendo que se tratava de uma habilidosa mentira, Dilma arrastou os títulos que nunca existiram.

Apostando na ignorância coletiva, que raramente realiza leituras em programas de governo, Dilma entregou a Justiça Eleitoral uma proposta para controlar a imprensa brasileira. Logo depois, alegou hipocritamente que assinou tudo sem ler. Falsidade de quem está acostumada a enganar para atingir seus objetivos. Ela não só tinha conhecimento do teor do que assinou, como foi idealizadora do conteúdo.

Por ausência de conhecimentos, e de know how no assunto, criticou duramente a política do Banco Central e, logo depois, não se furtou em dizer que a análise era uma brincadeirinha. Ao fingir ser católica de carteirinha, se dando ao luxo de fazer um sinal da cruz repleto de rococós, Dilma faz escárnio da religião. Quem a conhece dos primórdios da guerrilha sabe que a religião, e os preceitos cristãos, nunca fizeram parte de sua bagagem de armas.

As reais convicções de Dilma Rousseff continuam protegidas numa caixa preta. Sua face real é um dos mais bem guardados segredos da era Lula. É um risco eleger uma figura desconhecida que se perpetua em imposturas que ferem a ética e assaltam o bom senso.

Dissimulada nas ações e nos gestos, Dilma apóia ditadores do cone sul e mantém profunda admiração por déspotas que odeiam a democracia. Culpa a imprensa por fatos desonestos realizados embaixo da mesa em que toma o café da manhã. Felizmente a nação está acordando. Oxalá ela não seja eleita como prova de que vale a pena mentir e enganar as massas ignorantes. Tudo indica que a nação esta acordando, e percebendo com justiça, que Dilma não é Luiz Inácio. A mulher é apenas uma criação de um presidente popular. Nem todos os reconhecidos méritos de Lula podem esconder o embuste Dilma.

Rosenwal Ferreira é Jornalista e Publicitário.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Dilma é uma caixa preta


A vitória moral do primeiro turno na eleição presidencial foi de Marina Silva. Com seu jeitão brejeiro, mas sem menosprezar a cultura, a moça deu uma lição moral ao lulo-petismo que a tratou como um farrapo desprezível. Foi ela, com recursos mínimos e carisma admirável, que derrotou a arrogância do presidente. A derrota política de Luis Inácio foi límpida e cristalina. A maioria da população não lhe deu alforria ditatorial. Na soberba de uma aprovação acima de 80%, ele confundiu popularidade com legitimidade.

No segundo turno Lula vai cometer mais um erro violento. Já ordenou cancelar suas viagens internacionais para se tornar peão de obra da campanha de Dilma. Sendo essa a tática, a empertigada Rousseff vai continuar sendo uma caixa preta inviolável. Até agora, após anos de campanha, ninguém sabe ao certo que apito ela toca.

O país conhece Lula e tem noções do que ele é ou não capaz de realizar. Dilma é uma esfinge a ser desvenda. Mantém segredos intocáveis. Apenas para citar um deles, talvez o mais emblemático, a ninguém é dado acesso aos autos do processo que levou Dilma Rousseff à prisão. Os documentos estão lacrados em um cofre da presidência do STM (Superior Tribunal Militar).

O sigilo é tão grande que nenhum dos grandes jornais do país, mesmo os que tentaram obter informações via jurídica, conseguiram autorização para isso. Já pensaram a existência de um documento sigiloso envolvendo o passado de José Serra? Seria liberado aos milhares e com direito a transmissão ao vivo.

Como se trata de uma mulher poderosa, que ao seu bem entender cheira as barbas do presidente Lula, é possível manter o assunto em segredo inviolável. Por essas e outras é que a nação está acordando. Não estamos reelegendo Lula. Os votos são para uma espécie de poste sua estimação. Mas temos o direito de saber se o tal poste ilumina, se vai dar choque ou se tem a base podre.

Mesmo que a frase não tenha existido, ou foi tirada de um contexto, pegou mal à Dilma imaginar que nem Jesus Cristo seria capaz de lhe tirar a eleição. A voz do povão é o bafo de Deus. Vale lembrar uma frase, repetida por Lula no escândalo de Erenice Guerra: “é possível enganar muitos por um longo tempo. Mas jamais enganar a todos infinitamente”. Ou Dilma revela o que existe na caixa preta ou vai perder numa virada histórica.


Rosenwal Ferreira é Jornalista e Publicitário.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

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Os goianos não merecem

Para o azar dos goianos de boa índole, o bonde da história realizou uma indigesta parada em nosso estado. Pela primeira vez desde 1988 o STF, Supremo Tribunal Federal, ordena prender um deputado e o belzebu tinha que ser registrado em terras do cerrado. José Tatico (PTB) foi condenado a sete anos de prisão, em regime semiaberto, por sonegação e apropriação indébita. Ele merece. O nosso povo não.

Pelo rol de destemperados que se transformou em notícia ruim nacionalmente, com domicílio em Goiás, a impressão é que somos a escória política da nação. Figuras como Delúbio Soares, epicentro do mensalão, Euler Ivo e Isaura Lemos e suas maracutaias mostradas à cores em reportagens do fantástico, os diatribes de José Nelton e, mais recentemente, os arroubos indignos do prefeito Ricardo Fortunato que faz “sucesso” no youtube, sopram ares de que somos um Zé povinho ordinário. Não é bem assim.

Regra geral, poucos rincões do país oferecem um exemplo tão família, que preza a dignidade em seu mais amplo espectro, quanto o nosso Goiás. A safra de aéticos, com síndrome do banditismo, brota justamente porque somos contra prática desonestas. Ao perceber a podridão que se tornou expressiva parte da classe política, os bons se afastaram.

A prática se tornou uma atividade de risco. Poucos são os honestos capazes de enfrentar as raposas que fingem cuidar do galinheiro. Nesse vácuo surgem os oportunistas e os larápios de ocasião. Se de um lado a condenação de Tatico, cuja atividade lodaçal ultrapassou todos os limites, nos envergonha para sempre na biblioteca da história, de outro pode ser um marco na real possibilidade de extirpar todos os que sujam o moral de nossa terra.

Se a participação na política voltar aos bons tempos de um Mauro Borges, Venerando de Freitas, Paulo Campos e outros ícones da moralidade, a ala do bem pode se animar. Do jeitão que foi se arrastando, com um cardápio que nivela receitas por baixo, era de se prever o afastamento de quem se preza. Cadeia nos corruptos é um santo remédio. Em todos eles seria o nirvana.

Rosenwal Ferreira é Jornalista e Publicitário.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

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Lula e o fim da democracia

O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva está perto de atingir o nível de concordância tão criticado por Nelson Rodrigues. Segundo consta, o famoso dramaturgo brasileiro afirmou que toda unanimidade é burra. Segundo os institutos de pesquisa, o soberano do planalto tem a aprovação de 80% dos eleitores do país. Esse índice tem se transformado num perigo para a democracia conquistada a passos lentos.

Os 20% que se atrevem a discordar do chefe da nação estão acuados. Criticar suas ações, por mais esdrúxulas que sejam, se transformou numa espécie de heresia tupiniquim. O endeusamento chegou aos ossos da bajulação inconsequente. Percebendo que sentou no trono que paira acima do bem e do mal, sua excelência aproveita para destruir qualquer estilo de oposição. Ele se agita num duelo com graves consequências à liberdade no cone sul.

Ao generalizar críticas ao papel da imprensa, por exemplo, diminui a importância da liberdade de informação e joga uma espécie de antivírus à graves denúncias que brotam nas vísceras do poder. Retira da sociedade, à priori, o necessário vigor para combater a corrupção no uso do dinheiro público.

A estratégia eleitoral que utiliza é um câncer a corroer o espírito republicano. Lula se alia a torto e a direito aplicando abertamente o estilo de fins que justificam os meios. Os parceiros que podem consolidar a vitória de sua candidata, Dilma Rousseff, são aceitos sem nenhum prurido moral. A base do futuro governo se alicerça com o que existe de pior no país.

Essa ausência de escrúpulos, embalando em berço de ouro oligarquias como a de José Sarney no Maranhão, vai aglutinar uma democracia capenga. Uma nação justa e equilibrada não se firma apenas em aspectos econômicos.

Não é possível que o modelo pão e circo seja capaz de atender todos os anseios. Se o povão, com sua reconhecida falta de informação e preparo, se lixa com a ética, a minoria esclarecida tem a obrigação de exigir respeito.

Os hipócritas de plantão, na babel de oportunistas que se grudam ao lulismo delirante, fingem que não enxergam os perigos do populismo exagerado. Muito cedo esses bajuladores de ocasião vão perceber o quanto estão errados. Ao se despedirem de sua identidade pessoal, angariando votos no cabresto do chefe, provam ausência de personalidade.

Quanta burrice ignorar o fracasso histórico dos redentores capazes de manipular e embriagar as massas populares. O peronismo, hitlerismo, stalinismo e outros “ismos” mundiais destruíram raízes democráticas. Se ilude quem acha que o lulismo é diferente.

Rosenwal Ferreira é Jornalista e Publicitário.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

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Duro é tolerar as viúvas de Fidel Castro

Nauseabundo na estrutura e na essência, a ditadura dos irmãos Fidel e Raúl Castro, há muito tempo é um defunto político mantido fora da cova pela teimosia da esquerda raivosa. A Ilha é uma prisão a céu aberto e só tem graça aos mandatários hipócritas. Indiferentes ao cruel destino da população cubana, Lula, Chávez e Cia Ltda., realizam visitas rápidas, tiram fotos que garantem espaço na mídia internacional e retornam para o deleite do capitalismo que fingem desprezar.

Recentemente, num arroubo de rara lucidez e honestidade, Fidel declarou que o comunismo implantado goela abaixo está ultrapassado. A tardia conclusão arrepiou déspotas encastelados em Países do Cone Sul. O irmão Hugo Chávez foi um dos primeiros a reclamar dos perigos contidos no desabafo. Até o último suspiro, Castro há de referendar a sanguinária destruição dos que rezam em sua cartilha autoritária. O ídolo se apressou em desmentir o que está claramente gravado.

Sequer a perpetuação da mentira pode remediar a ruína e o atraso comunista. Os fatos provam tudo. Mais de um milhão de cubanos, que se atolam no surrado modelo em que o Estado finge que paga e o operário finge que trabalha, serão demitidos e incentivados a atuar no setor privado. É o capitalismo que, inevitavelmente, se implantará em doses homeopáticas. Não existem dúvidas.

O difícil é tolerar as viúvas de Fidel, que se agarram com furor ao decadente neoditador Chávez, e ainda deliram implantar os fracassos comunistas em terras brasileiras. Eles são mestres em viver à custa do contribuinte. Incapazes de produzir um simples palito de fósforos fazem alarde como se pudessem colocar fogo no mundo.

Com a decisão de Cuba incentivando a iniciativa privada, vão fugir da Ilha jurando que o Tio Sam endiabrado incorporou-se na liderança local. Imagine se conseguem viver sem mamar nas generosas tetas do povão. Odeiam o trabalho. Essa atividade é reservada para as massas ignorantes. Farsantes de todos os matizes, líderes messiânicos, caciques políticos e embusteiros da retórica fácil, devem se perpetuar no poder para que eles continuem sobrevivendo no ócio. Haja saco.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

O bom exemplo do Senador Demóstenes Torres e o mito Lula


O goiano Demóstenes Torres foi eleito, por um seleto e plural corpo de jurados, como o segundo melhor senador da República. As vozes discordantes ficam apenas com os que não concordam com a posição indicada. Boa parte dos brasileiros entende que ele merecia o primeiro lugar no ranking. O destaque do parlamentar merece redobradas atenções por motivos distintos. O primeiro deles é que ele nunca se deixou subjugar pelo endeusamento do Presidente Lula.

Em todos os anos que subiu à tribuna, agiu firme como fiscal da oposição, foi justo nas avaliações e não se deixou intimidar com o poder avassalador dos que controlam a chave do cofre. Soube, como poucos, manter-se coerente apostando na inteligência do eleitor. Jamais fez jogo de cena para agradar a platéia ignorante e não se atirou nas águas do populismo do voto fácil.

Sem bajulações ou verbas generosas, conseguiu o respeito dos jornalistas pelo irretocável senso ético. Nos momentos de incertezas, informações truncadas e trambiques mal disfarçados, foi um porto seguro na informação confiável. O seu método foi simples e devia ser copiado. Demóstenes cercou-se de profissionais confiáveis dos quais exigiu honestidade. Ele mesmo foi um exemplo do que esperava.

Nenhum parlamentar no senado note bem, nenhum, foi tão crítico aos arroubos ditatoriais do semi-Deus petista, mostrando claramente os desatinos de um governo com tendências ao caudilhismo político. Agiu sabendo que Lula surfa na onda de uma incontestável aprovação popular e, mesmo assim, as pesquisas comprovam que será eleito com honras.

Inteligente e humilde na dose certa, Torres sabe que Lula se tornou ícone porque Fernando Henrique Cardoso lhe deu a base necessária. Ele não tem receios na hora da falar a verdade e não trata o eleitor como se fosse uma criança sem rumo. Não faz campanha querendo ser pai do povão ou na base dos discursos hipócritas. Usa uma linguagem objetiva fazendo-se entender. Nada mais.

Provou, e milhões de votos vão confirmar isso, que o caminho para o sucesso é a fidelidade aos bons propósitos. É a consciência de um dever cumprido. O Senador Demóstenes Torres (DEM) não tem complexos por estar fora do círculo do poder. Não mantém inveja dos que nadam em benesses que enriquecem. Ele se fez importante cumprindo a função para a qual foi eleito. Um exemplo para a nação e um orgulho para todos os goianos.

Rosenwal Ferreira é Jornalista e Publicitário.

Email: rosenwal@terra.com.br

Twitter: @rosenwalf

terça-feira, 31 de agosto de 2010

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

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Mário Naves desmoraliza o Conselho Regional de Administração

Duvido que a diretoria de órgãos representativos sérios, como Ordem dos Advogados do Brasil, Conselho Regional de Medicina, Conselho Regional de Odontologia, Associação dos Magistrados e outros, sejam capazes de autorizar um aluno não graduado, que ostenta o título de prático no segmento, a ministrar palestras para alunos do curso superior em nome da entidade. Inocente, e pensando estar se defendendo, o aprendiz Mário Naves documentou em artigo uma distorção que desmoraliza o CRA/GO e os administradores graduados.

Ele confessa que ministrou palestras, em diferentes ocasiões, autorizado pela Diretoria do CRA/GO, que tinha conhecimento que ele não era formado. Usou sua experiência pessoal “porque não conseguiram encontrar um conselheiro com horário vago”. Vai além: afirma que seu conhecimento do sistema CFA/CRA`s “pode ser até maior do que alguns conselheiros”. Imaginem quanta desmoralização afiançar que um estudante entende mais do assunto do que gente formada que tem a obrigação de fiscalizar a exercício da profissão?

Concordo que Mário Naves atua com honestidade. Não tenho dados para afirmar o contrário. Erra quem contratou os serviços dele. A quantia torna-se um fator irrelevante. Quer dizer que se o valor pago for baixo vale enviar um aluno para representar os administradores?

A revelação de Mário Naves coloca o CRA/GO numa bruta enrascada. Que moral o órgão tem para exigir que empresas contratem gente formada, se aceitam patrocinar conclaves coordenados por um prático no assunto? A contestação dele é risível. Será que ele mostrou o artigo para seus atuais patrões do CRA?

Por mais que seja experiente, Mário Naves jamais devia se atrever a uma empreitada como mestre no ensino superior. Ele precisa aprender muito. Haja vista que no seu texto comete erros crassos que nenhum administrador sério cometeria. Diz, por exemplo, que meu artigo “poderá constituir-se em denunciação caluniosa”. Nunca, meu dileto aluno Mário Naves, verifique. Quando muito, meus parágrafos poderiam gerar uma denúncia por calúnia. “Denunciação caluniosa” é outra figura jurídica.

Pessoas que entraram na justiça contra o grupo que o senhor defende, podem ser vítimas de uma denunciação caluniosa ser for comprovado que não tinham razão para utilizar a lei. Entendeu? Inclusive foi protocolado um pedido de investigação na Procuradoria Federal – número 17258/2010 – tendo como base o mesmo rol de irregularidades citadas no meu artigo. Eu não os inventei. Quem aponta suspeita de fraude é a administradora Maria Catia Alves de Oliveira, Presidente da Comissão de Tomada de Contas do CRA.

Quanto ao fato de que estou à serviço de políticos com ficha suja, faço um desafio: prove. Informo que vou exigir isso do senhor na justiça. E mais: não resolve me pedir para cuidar apenas de assuntos que dizem respeito à minha vida. Jornalistas qualificados não agem assim. A sua sugestão me permitiria escrever apenas sobre o Sindicato dos Jornalistas ou dos publicitários. Como profissional de imprensa, com todos os dissabores que isso provoca, sinto-me no dever de informar pessoas de diversos matizes.

No arremate, não tenho o menor interesse nas eleições do CRA/GO. Membros do próprio órgão é que estão mostrando lama em público. O senhor bem que podia usar toda sua inteligência para ajudar a responder as 16 constatações de irregularidades apontadas pela comissão de prestação de contas. Com um conselho: não vá escrever algo que seja uma confissão que corrobora as graves denúncias. Definitivamente o ponto alto de seu artigo foi a frase “não sou nenhum professor.”


Rosenwal Ferreira é Jornalista e Publicitário.