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quarta-feira, 31 de março de 2010

Desastre nas faculdades

Aumentou bastante o número de vagas no ensino superior. Uma constatação que deveria servir de alívio principalmente num País com vertiginoso progresso econômico. Mas como estamos no Brasil, sempre existem pedras e armadilhas no meio do caminho. O pipocar de faculdades, algumas oferecendo vagas como se fosse lanche esquentado no forno de micro-ondas, está jorrando no mercado inúteis diplomados.

O pior é que o fenômeno da cretinice acadêmica não é um privilégio das entidades estilo caça níquel. Núcleos com bons históricos em nível superior, incluindo a respeitada Universidade Católica (atual PUC), a Federal e outras, estão apenas despejando canudos de papel.

Posso citar alguns exemplos com os quais convivo diariamente. Impressionante o número de jornalistas, que esquentaram os fundilhos na sala de aula durante anos, incapazes de escrever uma lauda que faça sentido. Na pobreza de ideias e conteúdo, uma boa parte recebe instruções detalhadas para confrontar o sistema ao invés de colaborar. Ilusões são vendidas como realidade, frustrando empregadores num desacerto que prejudica carreiras.

No segmento da publicidade, a falta de conhecimento, o feijão com arroz, é um espanto. Alunos dedicados, que levam o curso a sério, sequer são orientados a realizar uma simples autorização de mídia. Chegam nas agências confusos e sem a menor instrução prática.

Os professores, incomodados com o que não interessa, deixam de explicar a diferença entre um “jingle”, “spot” ou um “teaser”. Jovens talentosos, com energia gratificante, não entendem a diferença entre fornecedor e cliente. Isso para citar áreas em que atuo diretamente.

Profissionais de engenharia, medicina, odontologia, direito e outros segmentos, reportam o mesmo assombro. Um engenheiro me relatou que muitos recém formados acabam descobrindo o básico dialogando com mestres de obra. Na área médica, o que é de assustar, existem doutores incapazes de distinguir uma gripe da seriedade de uma meningite.

Não fosse o exame da ordem, no ramo de direito o desastre seria tsunâmico. Bacharéis terminam o curso e não conseguem redigir uma petição. Um percentual expressivo é incapaz de ler e entender um texto jurídico.

Quem fiscaliza essa lambança? Ninguém. O Ministério da Educação e Cultura (MEC) é um mero despachante que se lixa para a qualidade. Estamos vivendo uma esdrúxula realidade. Milhares de brasileiros estão recebendo diplomas que não valem coisa alguma. Um prejuízo tremendo e um engodo que não interessa. Pensando melhor, tira vantagem quem vende caro o que não entrega.

quinta-feira, 18 de março de 2010

quarta-feira, 17 de março de 2010

Samba do crioulo doido versão PMDB

Segundo informações publicadas na imprensa, o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) entrou com representação para retirar do ar um programa do Partido dos Trabalhadores (PT), vítima do presidente Lula fazer apologia da candidata Dilma Rousseff. Fiquei confuso. Acompanhando o jogo de truco que transformou a política brasileira, entendi que os dois partidos eram parceiros na jiga-joga.

Se as coligações fossem algo no campo da lógica, era de supor um estrondoso rompimento entre as agremiações em questão. No entanto, pelo menos no que se pode enxergar, a dobradinha Dilma Jorge Temer está valendo. Sendo assim, que diabos mordeu a ala que apertou o gatilho contra um parceiro tão importante? Será um blefe no estilo truco?! Vale seis ladrãoo!! Ou foi uma ação legal na base do samba do crioulo doido?

Ao que tudo indica nem uma coisa nem outra. O PMDB está rosnando, mostrando os dentes no fato menor, para dar um recado muito claro: Lula não vai enfiar Henrique Meirelles goela abaixo na vice-presidência. O desejo do imperador dos trópicos esbarra nos caciques do partido. Mas “pera” aí? Meirelles não é do PMDB? É vero. Entretanto, ele não foi crismado nem batizado pelos sacerdotes no comando.

Para o leitor acompanhar o raciocínio, o presidente do Banco Central é uma espécie de forasteiro recém chegado. Ele não conhece, ou não participa, das ardilosas concessões nas inúmeras rifas realizadas entre amigos. Os veteranos, como Sarney e Cia Ltda, temem que a inteligência de Meirelles não seja suficiente para entender assuntos complexos. Alguns delicadíssimos. Bem que ele tenta. Dizem que até já prometeu estudar bastante as nuances que mantém o partido nos arreios do poder.

Até o momento, coitadinho, os esforços não estão sendo convincentes. Sobrou para Dilma. A preferida de Lula vai perder um trunfo na TV. Mas tudo bem. Foi só um aviso. Um puxão de orelhas. Amanhã, com direito a docinho de leite, o noivado volta a pleno vapor.

É claro que ainda existe a possibilidade do PMDB ter agido para não ser injusto com José Serra. Trata-se de uma sigla coerente. Está do lado de quem governa. Vai que o PSDB ganha a fatura. No arremate, posso estar errado em tudo. O samba da politiquice nacional não existe para ser entendido. Foi criado para o eleitor sambar.



Rosenwal Ferreira é Jornalista e Publicitário.

Jornal da Sucesso: O melhor da política em 2009

O programa da Rádio Sucesso comandado por Rosenwal Ferreira, Jornal da Sucesso, ganhou o prêmio “Os melhores da política 2009” da revista Fala Prefeito como melhor programa de entrevistas do ano de 2009.

A cerimônia foi realizada no dia 03 de março no espaço de eventos Atlanta Music Hall. A solenidade contou com presenças de personalidades políticas como o Prefeito Iris, o Governador Alcides, a Senadora Lucia Vânia, prefeitos de praticamente todas as cidades do Estado e diversas outras autoridades.

Durante a premiação, os convidados foram entretidos com a animação de uma dupla sertaneja enquanto degustavam o requintado Buffet oferecido pela revista. Parabéns ao Jornalista Rosenwal Ferreira e toda a equipe da Rádio Sucesso.

Jornalista Cláudia Bello recebendo o troféu em nome de Rosenwal pelas mãos de Divino Rosa, proprietário da Atlanta Music Hall.

quarta-feira, 10 de março de 2010

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O pior órgão do governo Iris Rezende

O departamento que cuida do trânsito de veículos em Goiânia continua sendo um atoleiro de má sina. Sequer o experiente prefeito Iris Rezende, que se notabiliza com uma administração eficiente, consegue mudar as engrenagens viciadas da atual AMT - Agência Municipal de Trânsito - que até mudou de nome em vã tentativa de exorcizar práticas de ineficiência crônica.

É claro que o departamento já esteve em situação muito pior. Já foi administrado por um lunático que tinha como estratégia perseguir jornalistas que o criticavam. Pelo menos nesse sentido, o atual dirigente mantém qualificada relação com a mídia. Infelizmente sua polidez e educação não resolvem os sérios problemas da cidade.

Alguns dos obstáculos, com soluções práticas imediatas, não são resolvidos por mera questão de ótica. Vamos a exemplos práticos. Todo final de tarde o trânsito empanzina nas imediações da Praça do Cruzeiro e no entroncamento do CEPAL, Setor Sul, engasgando o tráfego em muitas direções. Existem promessas de um viaduto e de semáforos. Por enquanto, tudo na base do papo furado.

O que pode ser feito? Muito simples. Basta colocar alguns guardas de trânsito – quatro deles já serviria – controlando o tráfego nos momentos do rush. Mas isso seria lutar contra uma azeda filosofia: agentes de trânsito em Goiânia só existem para arrecadar dinheiro. Já presenciei inúmeras vezes, funcionários da AMT escondidos, lavrando multas por uso do celular, enquanto o movimento de veículo ardia no inferno. Ora essa, nada contra multar quem merece. Mas será que não dá para ser útil ordenando o caos?

Em 15 anos com escritório no tal quadrilátero, jamais presenciei agentes reforçando o fluxo de veículos. Até mesmo quando a zorra trava geral, com os sinaleiros em pane, ninguém aparece. Tal fato ocorreu três vezes nos últimos quatro meses e nenhuma alma da AMT surgiu no local. Na última bagunçada um motorista irritado – que achou um apito não sei onde – resolveu controlar a confusão. Ficou ali uns 30 minutos e foi aplaudido.

Esse é apenas um exemplo entre muitos que existem. Quer outro? No final da Goiás Norte, na rótula que fica próximo ao Posto Belga, acontece - por baixo - vinte batidas por mês. Não existe semáforo e jamais se cogitou em colocar um profissional nos momentos de fluxo mais intenso. Nas imediações até motociclista já foi multado por não usar... cinto de segurança. Pode uma coisa dessas?

A Agência Municipal de Trânsito (AMT) não age. Quando muito, e depois que a chiadeira se transforma em alarido, reage tardiamente. É o calcanhar de Aquiles do Governo Iris Rezende. Nem ele - que vale repetir - dá um show de competência, nem o povo merece tamanho descaso. A desculpa de que existe excesso de veículos é válida. Mas a má gestão é algo notório.



Rosenwal Ferreira é Jornalista e Publicitário.

quinta-feira, 4 de março de 2010

quarta-feira, 3 de março de 2010

Honrosa atuação do vereador Djalma Araújo

Com o apoio de valorosos companheiros, e com a imprescindível colaboração do Secretário de Planejamento e Urbanismo da Prefeitura de Goiânia Luiz Alberto Gomes de Oliveira, Djalma Araújo está prestes a concluir um projeto de lei capaz de salvar um dos últimos redutos de biodiversidade do cerrado. A região a ser protegida contra a ganância da especulação imobiliária é reconhecida entre os cientistas como útero da água que abastece a Capital. O território, que realiza um abraço na reserva próxima ao Campus II da UFG, preserva com fragilidade centenas de nascentes de água.

A iniciativa do vereador, que felizmente encontra eco na maioria dos representantes da casa, é um ato corajoso e responsável. Demonstra firmeza porque o normal é ceder à influência constrangedora dos tubarões do lucro fácil. Haja vista que boa parte da região foi leiloada no destempero do improviso e com graves consequências para o futuro.

A ideia é impedir a proliferação de milhares de residências, com lotes pequenos, que certamente provocaria um desastre ecológico irreversível. Pesquisas recentes demonstram que um terço das áreas que circundam parques e reservas, já foi desmatado em mais de 70%. A expansão imobiliária, envolvendo milhares de famílias numa área tão debilitada, seria o fim do pouco que ainda resta.

Para não provocar a ira dos poderosos de plantão, a iniciativa permitirá – numa região pequena e perfeitamente delimitada - lotes de três mil metros quadrados. Esse ordenamento, ainda permitirá que muitos possam enriquecer fatiando glebas que antes eram rurais. Os egoístas inescrupulosos que se lixam para o abastecimento de água da cidade, desejavam triplicar rendimentos efetivando lotes de duzentos metros quadrados.

Durante décadas, o jornalista Washington Novaes alerta para a necessidade em socorrer o quadrilátero. Pregou no deserto e jamais foi atendido. É possível que alguns cretinos coloquem empecilhos ao que urge ser realizado. Vão alegar que apenas alguns eco-chatos, que possuem chácaras na região, é que lutam por uma causa perdida.

Enganam-se. Os proprietários que resistem, muitos deles humildes residentes que ali se estabeleceram há décadas, lutam por algo de interesse coletivo. Seria mais rentável, alguns receberam ofertas generosas, espedaçar propriedades, encher os bolsos e se refugiar em outro local. Nada adiantaria. A ambição desmedida não respeita fronteiras. A luta tem o apoio da liga dos defensores da bacia do Meia Ponte e dos que não vendem sua consciência.

No arremate, é interessante registrar que somos inclinados a apoiar quem protege as baleias, a floresta amazônica e outros tópicos de interesse internacional, mas, paradoxalmente, olhamos com desdém a destruição ecológica que está à nossa porta. O empenho de Djalma Araújo se registra diferente. Oxalá seja um bom exemplo a ser imitado.


Rosenwal Ferreira é Jornalista e Publicitário.

terça-feira, 2 de março de 2010