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quinta-feira, 25 de abril de 2013

Roberto Carlos, Xuxa, censura e besteirol.



          Em mais um de seus faniquitos ditatoriais, Roberto Carlos despreza uma coroa de méritos dignamente conquistados para se desfigurar como rei da censura que não faz sentido. Os ultra-zelosos advogados do cantor lavraram uma notificação extrajudicial que pede a interrupção da venda e o recolhimento do livro Jovem Guarda: Moda, Música e Juventude, de Maíra Zimmermann.

       A notificação diz que o livro tem situações que envolvem Roberto Carlos e traz "detalhes sobre a trajetória de sua vida e intimidade". Inclusive a caricatura da capa violaria os direitos do artista. Chocada, surpresa e decepcionada, Maíra Zimmermann demonstra com muita clareza que o livro é uma pesquisa séria, resultado de seu mestrado. Uma obra honesta, ética em todos os sentidos, e que  narra aspectos relevantes do movimento cultural juvenil nos anos 60.

       Eterno menino mimado, Roberto Carlos, que já chegou a entrar na rua Augusta a 120 por hora, e usufruiu de todas as situações de irreverência que lhe podiam convir quando buscava o sucesso, devia se entregar ao papel de ancião e crescer um pouco. Ao proibir a biografia não autorizada, que contava sua vida com leveza e paixão, o garotão do Iê, iê, iê provou que renega o passado como se a história fosse deixar de existir apenas porque bons advogados são capazes de esconder verdades e sujeiras embaixo de um tapete protegido pelas brechas da justiça.

    Seus arroubos de bedel da censura demonstram uma cultura mediana, tacanha na essência, que joga lama e diminui sua importância no contexto da boa música brasileira. Ora, o que imagina o soberano Roberto. Que ninguém tem o direito de analisar, investigar e escrever sobre os bons tempos do mexerico da Candinha, do brotinho sem juízo, do tempo que ele “ parou na contra mão”, mandou tudo para o inferno, do lobo mau e outras delícias da juventude?

       Assim como Xuxa, outra estrela que usa a justiça como borracha para apagar o passado e com seus justificáveis êxtases hormonais, Roberto Carlos se ilude pensando que só vamos enxergar nele a espiritualidade de quem louva, como poucos, Jesus Cristo e Ave Maria em arranjos admiráveis.

        Sai dessa paranoia ó meu Rei. Os seres humanos, o que inclui até tu um filho de Deus que nasceu bruto e foi se burilando, se erguem e se agigantam com erros e acertos. Se tornam pequenos apenas quando procuram fingir, por artimanhas, engodos e pressões, que são apenas pedaços de um todo. O mito Roberto Carlos, que todos admiramos, não merece ser confundido com essa mesquinharia de censurar historiadores.

Rosenwal Ferreira: Jornalista e Publicitário
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quinta-feira, 18 de abril de 2013

O professor que criticou Cachoeira devia ser preso




       O professor Dijaci David de Oliveira, que escreveu o artigo afirmando que Carlinhos Cachoeira é um contraventor, atrelado ao submundo dos caça níqueis, e que continua mantendo ações criminosas que tendem a se reorganizar, deve ser analisado como um sujeito com um parafuso a menos na cachola. Imagine só, o tal mestre deduziu tudo isso somente porque Cachoeira foi preso numa operação da Polícia Federal, motivo pelo qual amargou quase um ano de cadeia, foi pivô de uma Comissão Parlamentar de Inquérito e está sendo processado por uma meia dúzia de delitos.

      Bobagem professor. Cachoeira fez muito bem em lhe dar uma boa resposta, espinafrando sua forma de raciocinar e, de quebra, tecendo dúvidas sobre o seu caráter e suas intenções. Afinal de contas quem a Polícia Federal, o Ministério Público, Juízes Federais e Deputados pensam que são? Gentinha ordinária, ora essa. Eles não tinham nada que fuçar a vida do Carlinhos e sua turma de samaritanos juramentados.

       Ainda mais com um besteirol que não faz o menor sentido. Acusá-lo de ser responsável por Caça Níqueis? Convenhamos, essas maquinetas diabólicas brotam espontaneamente no cerrado. Surgem do nada. Alguns cientistas juram que são ETs que combinam as peças em surdina da madrugada. Outros acreditam que sejam fruto de uma combinação de chuva ácida com lodo da raiz do pequi. Um fenômeno inexplicável que até derrete o asfalto da capital.

      Sem nada o que fazer. E com receio de contar a verdade à população, foram procurar um bode expiatório em Anápolis. E por que Carlinhos Cachoeira? Por ser uma alma generosa, dessas capazes de ajudar Deus e todo o mundo, e que nunca fez discriminação a nenhum partido político, por pior que fosse e se tornou uma vítima perfeita.

       Ele fez bem em dizer umas verdades ao professor Dijaci. Principalmente quando se  firmou dizendo que não vai se deixar intimidar. Quem precisa ter receio é a arraia miúda que se juntou aos maus elementos que o caluniaram e continuam com a sórdida campanha contra ele.   

       E quem está por trás do professor? Só pode ser o capeta. Jesus, um salvador, só poderá estar ao lado de outro salvador: Carlinhos Cachoeira. Ou será que alguém, em sã consciência, acredita que um sujeito capaz de ter uma mulher tão bonita pode ser culpado de alguma coisa ilegal? Nunca!

      Cachoeira tem que fazer tremer os enviados de Belzebu e cuspir fogo pelas ventas contra quem escrever uma linha contra ele. De quebra, deve processar o Estado Brasileiro e mover uma ação contra Barack Obama, aquele crioulo imprestável, que nada fez para defender Cachoeira. Devia ter feito? Claro! Assim como o papa, a tal de CristinaKirchner e o Bruce Willis que sempre foi duro de matar mas afinou quando prenderam Cachoeira injustamente.

        Se você é um leitor que não entendeu nada e ficou meio confuso com este artigo, é porque deve ser médico, engenheiro, jornalista, advogado, professor... ou outra profissão que leva o cidadão a não ter clareza do que faz ou pensa. Provavelmente deve ter vergonha de ser honesto. Se não tiver é porque é um sem vergonha sem remédio e sem futuro. 

Rosenwal Ferreira: Jornalista e Publicitário
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quinta-feira, 11 de abril de 2013

Bandidos preparados, policiais desorientados e os goianos no sufoco.



       Até os mais otimistas se azedam com a deterioração da qualidade de vida nas cidades goianas, sendo que o tópico segurança pública é o que mais pesa na degradação cotidiana. Os ladrões de veículos fazem de nossa capital, e cidades de médio porte, uma espécie de rentável parque de diversões. O quadrilátero batizado como “robauto”, desafia as autoridades e segue ampliando como se fosse uma irrefreável multinacional do crime.

        Tanto nos bairros nobres, quanto na periferia, impera uma audaciosa onda de assaltos e está cada vez mais difícil encontrar um pai de família que não foi vítima de alguma violência contra seu patrimônio. A rotina das drogas, incluindo a presença de narcotraficantes da pesada, tornou-se uma lúgubre rotina.

    Enquanto isso, apesar dos esforços de gente séria que enxergam a gravidade da situação, membros da polícia se enrascam em ações que demonstram futilidade e ausência de preparo. Exemplo clássico foi o recente imbróglio envolvendo o delegado Waldir Soares e o Tenente Edson Lins de Siqueira Filho com direito a arroubos juvenis dos colegas de farda do policial militar.

      Faltou lógica e bom senso a todos os envolvidos. O delegado, numa desnecessária crise de autoridade, fez questão de prender um oficial da lei – um companheiro no combate ao crime – para cumprir um rito a ferro e fogo. A detenção do PM não serviu a coisa alguma e não foi realizada para evitar uma tragédia qualquer. Deu-se por razões de uma picuinha pontual que podia ter sido resolvida com um diálogo conciliador. O desgaste, e a energia, para levar o Tenente à delegacia, podia ter sido utilizado para algo mais produtivo.

     Na sequência do mau juízo, entram em cena os indignados colegas do policial que passam a utilizar viaturas, que não lhes pertencem, destaca-se, numa passeata de protesto que serviu apenas para mostrar falta de preparo e comando. São dois erros crassos dignos de adolescentes rebeldes. Um festival de besteirol que apenas o banditismo achou graça.

     Enquanto os “meninos” da lei se engalfinham em pirraças improdutivas, os larápios continuam com a festa. Sequer na ressaca do dia seguinte, momento em que chefias de bom senso deviam dar um basta no quiproquó, o dramalhão tomou juízo. Tanto o delegado Waldir quanto o representante da PM Anésio Barbosa, deram na telha de bater boca na televisão para o deleite dos programas estilo mundo cão. Assim é demais.

     No arremate, fontes de confiança garantem que os dois profissionais envolvidos, Tenente Edson e Delegado Waldir, são homens dignos no exercício da profissão. O mesmo se afirma sobre os policiais que realizaram a improvisada fanfarra em torno do 8º Distrito. Que bicho será que picou toda essa gente na fatídica noite de segunda feira? Feitiço do crime? Não acredito. Em minha análise a turma está desorientada. Urge orientação. 

Rosenwal Ferreira: Jornalista e Publicitário
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quarta-feira, 3 de abril de 2013

Lula abandonou os Corintianos



         Em recente artigo publicado no Diário da Manhã, José Dirceu, o homem que comandou uma das mais bem articuladas quadrilhas a lesar o contribuinte brasileiro, defendeu as ações do ex-presidente Lula na condição de lobista de ricas empreiteiras em outros Países. Afirma Dirceu que Lula recebeu benesses no pagamento de viagens de primeira classe e mimos de se invejar, para defender o Brasil.

          O argumento pode colar para quem sofre de amnésia no registro da história recente. As múltiplas facetas de Lula permitem que faça uma defesa seletiva dos interesses nacionais. Em tópicos visíveis, sua atuação se projeta em benefícios umbilicais numa parceria que rende os tubos em forma de palestras. Na rebarba garante pródigas verbas que azeitam as campanhas dos aliados políticos. Se as façanhas terminam rendendo divisas para o País, ai sim entra no troco positivo mencionado por José Dirceu. A receita não chega a ser tão interessante ao povão porque as empreiteiras amigas de Lula são mestres tanto em sonegar quanto investir em paraísos fiscais. Fato notório é que se enriquecem na união com Mr. Silva e suas influências internacionais.

      Quando se trata de resguardar vantagens de interesse para o Brasil no trato com a esquerda raivosa, Lula é de uma condescendência ímpar. Sua generosidade com o defunto Hugo Chavez atolou o Brasil em um lamaçal de prejuízos principalmente nos acordos envolvendo a Petrobras.
   Foi triste ver Lula fechar os olhos para os danos envolvendo acordos na geração de energia e atropelos nos pactos com estatais brasileiras. Em diversas ocasiões Luiz Inácio e sua orquestra terminaram defendendo os interesses de outras nações em detrimento do Brasil.

     Episódio que choca, e que ninguém se atreve a cobrar de Lula, é o abandono dos corintianos confinados nas masmorras da Bolívia. E Lula, que tanto se gaba e tira proveito político de ser parte da “nação corintiana”, sequer moveu o que lhe resta dos dedos para sair em socorro dos amigos mantidos na prisão.

    É fácil deduzir porque Lula não entra nesta bola dividida. O colega Evo Morales, um índio brucutu alimentado no poder por gente como Luiz Inácio e Cia Ltda, segue à sombra de regras dos ditadores. É um osso que não dá para roer. Assim como o presidente do Irã, os irmãos déspotas de Cuba, o fissurado pseudo-democrata do Equador e outros filhotes da tirania em curso, Evo não reza na cartilha que norteia os democratas. Lula sabe que ali não existe margem para o diálogo sendo que o governo Boliviano sequer respeita diretrizes da Embaixada brasileira se lixando na liberação de um salvo conduto para um exilado político.  

      Fosse diferente, Lula certamente entraria em cena para tirar proveito e negociar. Mas a turma que ele tanto admira, e defende, amarra um estilo de governo que enfia atrás das grades, por tempo que bem entender quem lhes interessa. Que se danem preceitos de civilidade e justiça. Pois é, Dirceu. E agora José? Interesses do Brasil são apenas gestos que rendem lucros? Que tal sugerir a Lula que amplie seu espectro de influência para atos em socorro de brasileiros sem cacife para bancar parrudas despesas? 

Rosenwal Ferreira: Jornalista e Publicitário
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