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sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Lulinha e os abestalhados


     O Empresário Alexandre Paes dos Santos, foi condenado a pagar uma indenização de cinco mil reais ao filho de Lula, conhecido como Lulinha, por chama-lo de "primário" e "idiota", numa entrevista que não chegou a ser publicada. Eu achei pouco. Afinal de contas, Lulinha já teve até passaporte oficial, o que nos faz deduzir que ele é uma dessas autoridades a ser respeitada. Onde já se viu questionar a genialidade com origens em um dos mais raros núcleos de DNA produzidos no cone Sul e quiçá nas Américas.

   De tudo o que eu já li sobre Lulinha, o rapaz é um Einstein que teve o azar de nascer à sombra do pai que, na presidência, acabou tolhendo suas amplas e profundas capacidades de pesquisa. Em apenas um de seus tímidos solavancos mentais, o moço produziu um software tão impressionante que logo foi adquirido por uma multinacionalávida por sugar a inteligência de quem paira acima da mediocridade humana. As más línguas logo se apressaram em esconjurar intenções nebulosas. Pura inveja, claro.

    Chamar Lulinha de primário é algo abominável. Logo ele que certamente utilizou o seu passaporte estilo diplomático
para defender cruciais interesses brasileiros em nações além dos montes conhecidos pela ralé ignorante. Alguns vão dizer que não se tem notícias desses feitos heroicos. Masé claro que os druidas de importâncias que transcendem galáxias, não vão permitir divulgações comezinhas. É no anonimato que trilham a saga dos que são capazes de salvar nações indefesas. Por essas e outrasé que fiquei puto ao confiscarem, recentemente, seu passaporte especial.

     Quanto a extrema heresia de ajuizar o papel de "idiota" a Lulinha, nem precisa dizer que um sujeito com tal ousadia devia amargar umas boas décadas na cadeia. Teve muita sorte ao encontrar um juiz bonzinho que lascou apenas uma multa. Por essas e outras é que a gente acaba tendo vontade de voltar aos bons tempos feudais. Época que uma anta capaz de ofender os brios de quem tinha sangue azul era mandado sem dó para as masmorras.

   Mas já que estamos numa democracia, sónos resta o lamento de tolerar essa plebe desenganada. Gente abestalhada que sequer respeita o filho de um Deus da caatinga. Estou pasmo e inconformado. Ainda bem que a entrevista não foi publicada. Nem quero imaginar se tivesse sido.

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quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Ofensa e ultraje que Jaime Câmara não merece


  Localizado no sovaco do Parque Mutirama, e ligando a Av. Araguaia ao caracol do nada com o trânsito que flui para lugar nenhum, o mais novo túnel da cidade de Goiânia foi batizado com o nome de Jaime Câmara. A iniciativa foi realizada no capricho dos bajuladores profissionais. 
   
Agradar o mais importante, influente e de certa forma perigoso, complexo de comunicação do Estado de Goiás, tem sua cota de relevância na estratégia de quem pretende subir na política. Éfato, que não se contesta é bom deixar claro, que o agraciado com a honraria merece reverência na comunidade. Tive o prazer de conhecê-lo e admirar sua humildade e bom senso.

Pode até ser que a ideia fosse jogar uma luz especial em torno de uma figura ímpar do bom jornalismo goiano. De qualquer forma o tiro saiu pelo avesso dilacerando a face de quem apertou o gatilho. A tal obra de engenharia é um vexame que ultrapassou as fronteiras do Estado. Na terça-feira eu estava numa charmosa tratoria italiana em São Paulo e, mais uma vez apenas algumas semanas depois de ter sido inaugurado, lá estava o túnel Jaime Câmara, com a boca aberta vazando água e dando vexame por todos poros.

Jaime Câmara não merece. A tal obra tornou-se uma ícone da incompetência e da ausência de profissionalismo. Deve ser duro de roer para Jr., que arrasta nome e sobrenome do pai, ter que jorrar manchetes negativas com o nome do ilustre falecido. É uma sinuca para ninguém botar defeito. Nessa altura das complicações negativas seria compreensível que alguém da família pedisse para tirar o nome de Jaime Câmara dessa lambança. Que o agrado fosse para a mãe do engenheiro responsável. O sujeito deve ser um filhinho da mamãe para ninguém botar defeito.

No bojo dessas considerações, se isso já não foi realizado, é de se exigir que o Ministério Público investigue o tal buraco. O erro deve ser mais embaixo do que pode imaginar nossa vãfilosofia. Não por mera sacanagem que obra (e que obra) foi batizada como o mais caro Lava Jato do planeta. Paulo Garcia deve urrar de raiva. Imagine um fiasco desses justamente com o nome de Jaime Câmara? Um pesadelo.

O prefeito, em minha ótica, tambéé vítima. Devia processar todos os envolvidos. Estou convicto que ele contratou a empresa para realizar um túnel e não um bueiro gigante que parece sugar água a cada chuvisco. Até agora, sabe se lá porque razões, ele é que se molha na babel que jorra incompetência. Devia soltar os cachorros e mostrar os irresponsáveis que construíram o diabo da ratoeira.

Que eles paguem pelo colossal erro. Inclusive indenizando os herdeiros de Jaime câmara pela ofensa e danos morais. Não que eles precisem, estão todos ricos de se invejar, mas podem doar os valores a uma creche. Que seria devidamente batizada de Jaime Câmara. Mas, pelo amor de Deus, que o telhado sequer tenha uma mera goteira. 

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segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

José Dirceu tenta ( e parece conseguir) a proeza de descer para cima


      Com perceptível azedume, a advogada paulista Rosane me confirmou, em rápida entrevista via celular, que José Dirceu, o sempre poderoso primeiro Ministro afrolusotupiniquim, é o mais novo contratado de um complexo hoteleiro que ela representa.  Trata-se do Hotel Saint Peter,  que fica a poucos metros do Esplanada dos Ministérios e a um pulo do Palácio da Alvorada. Ao que consta,  ele vai exercer o pomposo cargo de  gerente administrativo. O salário, enfatizou ela, tem o valor protegido pelo sigilo entre empregador e empregado. Ato inócuo visto que logo depois apareceu a cifra de vinte mil reais, muito acima dos míseros mil e oitocentos pagos ao gerente que – suprema ironia – não está cumprindo pena no sistema carcerário.

        Não foi por mero acaso que Dirceu escolheu o local para abrigar suas tarefas profissionais, entre as sete da manhã e as 19 horas , como permite a legislação em se tratando de presos do regime semi aberto. Ali, no centro nevrálgico da capital do país, José poderá reinar como uma espécie Ministro sem pasta e ninguém poderá censurar suas ações. 

    O cargo em questão permite que ele receba qualquer pessoa no momento que bem entender. É uma função de trato geral com o público, no mais amplo espectro de clientes, com direito a sessões privadas de interlocução em gabinete fechado. Faz parte das funções do gerente ouvir propostas de clientes, saber de problemas, anotar reclamações e etc. Enfim, campo aberto para continuar tricotando a todo vapor.

    Detalhe importante é que Dirceu se erguerá imponente, quase como se tivesse um Ministério, mesmo na condição de um condenado por corrupção. No majestoso Saint Peter terá à sua disposição confortável escritório, comandará uma equipe de seguranças, supervisionará veículos e motoristas de prontidão, poderá degustar as delícias de um soberbo café da manhã, frequentar o restaurante do hotel, com direito a pedidos especiais ao chefe de plantão, querendo descansar, e na qualidade de gerente, pode utilizar a chefe mestre e se confortar numa das suítes disponíveis. São regalias de qualquer gerente de Hotel.  

      Mesmo ríspida, e deixando claro que não estava a fim de fornecer nenhuma explicação adicional, a advogada da empresa, cujo escritório mantém sede em São Paulo, informou que Dirceu não tem experiência no ramo mas se qualificou em todos os aspectos para exercer a delicada e complexa função.

      Evidente que se ele não fosse um ícone ligado às vísceras do Governo Federal, jamais conseguiria tal proeza. Cinco proprietários de hotéis com os quais em conversei, garantem que nenhum prisioneiro do semi aberto conseguiria cargo semelhante. Uma das mais profundas preocupações dos hotéis é a qualificação ética e honestidade à toda prova de todos os funcionários , sem exceção. Um sujeito cumprindo pena poder ser uma presa fácil à pressão das quadrilhas e larápios de todos os matizes. Seria descartado no ato.

    Afinal de contas, o gerente tem acesso a dados confidenciais dos clientes e ao perfil dos acomodados. Querendo pode saber o número de malas, a natureza do consumo, a data de saída e chegada, o tipo de veículo utilizado e até se os ternos e roupas são de grife de luxo. Evidente que os administradores acreditam na lisura de José Dirceu. Tanto que carteira já foi assinada. Pontos para Dirceu que desafia até a lei da gravidade: o homem cai para cima.

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quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Joga bosta no Joaquim Barbosa, o negro é feito para apanhar, ele é bom é de cuspir.


          O núcleo corrupto do PT, que se lambuza nas frases de Chico Buarque de Holanda para se defender das bandalheiras comprovadas em prosas e versos, bem que pode utilizar o refrão da música “Geni e o Zepillin”, para acomodar mais um rol de impropérios contra  o Presidente do Supremo, Ministro Joaquim Barbosa. Na ótica obtusa, e visivelmente racista, dos condenados no histórico processo, Joaquim Barbosa é uma espécie de urubu expiatório capaz de esconder a realidade que não se pretende encarar. Alvo visível, muitas vezes isolado na coragem que o cargo lhe exige, um rol de hipócritas bate duro, joga bosta e cospe no Ministro.

      Até agora, ele, apenas ele, sofre a ira do petismo raivoso e desonesto. Ninguém culpa o procurador-geral Rodrigo Janot, que antecipou o pedido de prisão dos membros da quadrilha, todos se lixam aos que concordaram com a culpabilidade dos réus e a necessidade de enjaular a corriola. Por que? Porque são brancos? Deve ser. Estão querendo retaliar Barbosa e culpa-lo pelas fadigas coronárias de José Genuíno. Os compadres que defendem a patifaria ignoram que ele se mostrou forte e rígido, com ampla documentação em fotos e video, saudando a prisão de punho cerrado. Não me pareceu combalido e prestes a falecer. O próprio Ministério da Justiça, do governo petista, confirma que a debilidade estilo “pé-na cova”, foi um teatro.

      Condena-se a data em que se firmaram as detenções – 15 de novembro – como se isso representasse uma heresia. Imagine tirar os mensaleiros das praias em pleno feriado? Segundo os que são pagos para ofender nas redes sociais,  “só podia ser coisa daquele negro ordinário e suas macaquices jurídicas.” Para o lulupetismo, negro só tem valor quando está a favor dos mandatários de plantão. Bobagem. A birra contra Joaquim é um caso típico de quem está disposto a matar o carteiro por odiar o conteúdo da carta.

    O distinto Ministro Joaquim Barbosa, ídolo de um geração que está farta de ser roubada, honra o país e dignifica a raça negra. Deu um banho de competência e está certíssimo em utilizar a emblemática data para enfatizar que as coisas devem mudar. Começou com o PT. E dai? Méritos para o partido que está no poder a 11 anos.

      Essa balela de classificar o episódio como julgamento de exceção, de vender os corruptos como presos políticos e afirmar que estamos num país ditatorial, é uma parvoíce digna da esquerda raivosa. Um besteirol sem nenhum suporte, que cai no colo de Lula e Dilma. Afinal de contas, são eles que controlam e mandam  no país.  Não dá para culpar os militares ou a oposição. Outra tese marota é dizer que foram vítimas de um complô da direita burguesa. A não ser que estejam se referindo aos íntimos de Lula como Paulo Maluf, José Sarney, Renan Calheiros, Jader Barbalho e outros. Maluf, espertíssimo, e de sacanagem, não ensinou todos os truques. Incluindo o de ficar livre, leve e solto.
   
No arremate, quanto a julgar e botar na jaula corruptos do PSDB e outros partidos, aguardo com a mesma ansiedade. Cadeia neles. Se puder na mesma cela para dobrar o castigo...  

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quarta-feira, 13 de novembro de 2013

A arte de pagar caro para ser roubado



     Se alguém lhe afirmar que a escancarada safadice do segmento politico é o mesmo lamaçal em todos os países, não acredite. É mentira. Já vivenciei experiências em várias nações, e sempre acompanho desdobramentos em dezenas de países, e garanto que o Brasil é um dos mais profícuos celeiros de corrupção do mundo. Sequer nações do cone sul, nessa eterna babel de problemas latinos americanos, conseguem nivelar uma sordidez tão constante e imutável.

    Em nosso imenso quadrilátero, pagamos caro pelo direito de ser roubados. Destaca-se que os representantes do povo, nas esferas: Municipal, Estadual e Federal, recebem salários acima do que  em países generosamente ricos. Nem precisa dizer que o contra cheque dos parlamentares não estabelece parâmetros com a média dos trabalhadores. Trata-se de um esquema tão absurdo que os empregados é que decidem quanto vão receber dos empregadores.

    Não bastasse essa ingrata correlação, os deuses desse sistema viciado e umbilical, podem acrescentar benesses dignas de uma realeza mimada e insaciável. Somos obrigados a quitar o luxo mensal de um aluguel mesmo que eles tenham residência a poucas quadras do local de trabalho. No melado das sinecuras a de se incluir passagens áreas, pagamento de pródigas diárias, ressarcimento nas excursões gastronômicas, garantia de tanque cheio e uma enxurrada de generosidades que se acrescenta de acordo com os humores de ocasião.

    Tudo isso para que? Pela garantia de um trabalho irretocável? Pelo zelo da ética e da produtividade com retorno ao cidadão? Que nada. O que se colhe são as ações mesquinhas, o toma lá da cá, a roubalheira em mil facetas e as artimanhas inconfessáveis. Somos umas bestas de carga. De um modo geral, eles se lixam aos que lhes garante essa inacreditável farra.

  A fatal armadilha é que não podemos, e nem devemos, prescindir dos políticos na essência de democracia. Mas ao contrário do que se imagina, ora por acomodação ora por desanimo, não é necessário perpetuar o modelo destrutivo que se ergueu em solo brasileiro. Urge uma revolta social para exigir mudanças. Caso contrário, na insaturável orgia já estabelecida, nada valerá à pena. A violência com que os políticos nos assaltam se desdobra na coação assassina que se esparrama em todas as direções. Controla o País, uma casta de ordinários com interesses em manter a impunidade que destrói a nação.

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quarta-feira, 6 de novembro de 2013

A Corrupção na prefeitura de Goiânia vai bem?


            No cruzamento de dados, e com base em inúmeras fontes que jorram informações todos os dias, eu estou convicto que o prefeito de Goiânia,  o médico Paulo Garcia, é um homem digno, ético e que certamente vai sair do cargo sem participar de falcatruas para enriquecer. Essa é uma realidade compartilhada até pelos adversários mais renitentes. Isso significa que não existem bolsões de corrupção na prefeitura? Infelizmente não. No submundo do banditismo com timbre oficial as quadrilhas continuam agindo.

    A exemplo do que foi identificado em São Paulo, alguns funcionários encastelados em funções de limbo delicado, e com efetivo poder de decisão, devem ser investigados pela natureza dos bens acumulados e estilo de vida incompatível com os medianos salários. As áreas de atuação são muito parecidas com o esquema paulistano, com tentáculos que se espalham nas autorizações para construções de edifícios e múltiplos projetos.

    Consta nos bastidores que pelos menos dois deles já estão na mira de criterioso escrutínio. Minhas fontes garantem que faltam molhos para colocar algumas barbas justamente num grupo de compadres, com oito sócios,  de uma relação extremamente rentável. O grupelho tem Know How e experiência na bandalheira. Vai ser um Deus nos acuda.

  Foi ótimo que Fernando Haddad tenha colocado o olho na fechadura e se mostrou disposto a investir, com verba até do próprio bolso, para desmascarar os ordinários do dinheiro fácil. Que outros chefes possam sentir-se confortáveis investigando os subalternos. Separar o joio do trigo é uma obrigação que defende a maioria do funcionalismo que age nos contornos da honestidade.

     Quem conhece os bastidores sabe, com detalhes que chocam, que muitos dos envolvidos em podridões inconfessáveis estão nesta contra dança desde os tempos de Nion Albernaz. São influentes, poderosos, sabem retaliar quem ameaça suas manobras e sobreviveram ao crivo de muitos administradores que não conseguiram romper esquemas bem arquitetados. Chegou a hora da onça beber água? Espero que sim!

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quinta-feira, 31 de outubro de 2013

A punição Kafkiana do juiz Ari Queiroz



           Trabalhador incansável, o Juiz Ari Queiroz Ferreira mantém uma produtividade acima da média. Fato que pode ser comprovado facilmente pelas estatísticas disponíveis na estrutura do sistema judiciário.  Corajoso no exercício da função, jamais procrastinou decisões polêmicas mesmo que isso tivesse o efeito de aglutinar inimigos poderosos. Durante décadas, Ari Queiroz dignificou o Judiciário atendendo a imprensa com explicações claras e objetivas. Não foi por mero acaso que ganhou o apelido do “Juiz que fala e o povo entende”.

         É claro que esse perfil, num país em que é melhor ficar na moita, sem agir, do que se expor em trabalho árduo, gerou uma gosma de inimigos e invejosos. Faz parte, ele sempre soube disso. O que não podia imaginar é que seria punido, de forma bizarra e inacreditável, pelo órgão que deveria zelar por juízes com seu naipe de atuação. Ele foi afastado pelo CNJ, Conselho Nacional de Justiça, num processo que o coloca numa espécie de “jaula Kafkiana.”    

       Exposto na mídia de forma brutal, como se fosse um corrupto a ser extirpado da função, está sendo criticado, pasmem, por agir com celeridade demais ( numa ação que se arrasta a mais de vinte anos, envolvendo o poderoso banco Itaú), por se expor em demasia e por sentenças com as quais alguém não concorda. E dai? Então significa que os juízes, não só ele, podem ser afastados por suas decisões?

        Se for assim estamos perdidos. Os juízes vão ter que ordenar suas convicções de olho nos autos e nas reações do CNJ ou de quem reclamar ao órgão? Até um beócio, como eu, na área de direito sabe que tal posição seria a ruína da justiça em terras brasileiras. Estaria implantado um esquema à la Hugo Chavez travestido de democracia.

       Ao que me consta, fato que até o momento ninguém provou o contrário, Ari não tirou nenhum proveito de sentenças em que lavrou o seu nome. Tanto que o CNJ não cita essa possibilidade. É preciso ser bem claro nesse item. Erros de avaliação podem existir e justamente por isso é que existem inúmeras formas de recorrer. Afastar magistrados que contrariam interesses é deduzir que milhares estão em risco.


Qualquer pendenga vai deixar um vitorioso e um derrotado. Ou será que devemos instituir o empate para quem não deseja entrar em rota de colisão?

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quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Vilmar Rocha é o politico do ano sem a chave do cofre


       Normalmente alimento um azedume crônico frente ao resultado que aponta “O político do Ano”. Minha urticária se manifesta porque, regra geral, o escolhido acaba sendo uma figura que detém a chave do cofre podendo liberar verbas publicitárias e contribuir com favores nem sempre republicanos. Para minha grata satisfação, e surpresa, o resultado da última votação fez justiça sem o puxa-saquismo com interesses de gaveta. O secretário do gabinete civil, deputado federal licenciado e presidente do PSD em Goiás, Vilmar Rocha, eleito pelo Clube dos Repórteres Políticos, o “Político do Ano” (Versão 2012), merece a honraria.

        Homem de fino trato social, com uma cultura rara no mediano celeiro dos que atuam no segmento, Vilmar se destaca por qualidades pessoais raras num pomar em que sobram frutas podres. Cativou respeito dos profissionais de imprensa sem a necessidade de sair distribuindo favores e nunca utilizou o cargo como balcão de negócios. Justo e parcimonioso nas ações cotidianas, revigorou suas funções mantendo a ética.

        Enfrentou duras tempestades, e um vulcão de problemas, sem perder a compostura ou comprometer sua histórica trajetória. Se de um lado cumpriu a função na defesa do Governo, de outro soube absorver as criticas com a dose necessária de dignidade. Não aprovou e não aprova retaliações, perseguições ou vinganças comezinhas. É um diplomata por concepção de vida.

        A não ser por minguados desafetos que tiveram interesses contrariados, Vilmar Rocha não planta inimigos, acredita na colheita de amigos que cultiva com facilidade. Admirado na imprensa nacional pelos conhecimentos e pela defesa de uma lei de imprensa justa e moderna, tem ampla aceitação dos que entendem a legislação que trata desse tema.

  Parabenizo o Clube dos Repórteres Políticos pela lúcida e gratificante indicação. Vilmar Rocha dignifica a premiação. Sua escolha demonstra que é possível ser reconhecido sem ocupar cargos que possam oferecer um generoso troco. Oferece aos poucos que ainda procuram realizar política em tom maior, um ânimo especial, um folego novo. Na minha concepção esse é um bom serviço  do Clube dos Repórteres Políticos: votar, e destacar, quem possui méritos próprios, sem abrir a famosa torneirinha que jorra recursos do contribuinte. Valeu.

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quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Inábil e oportunista, Marina não tem moral para criticar Ronaldo Caiado


         É fato que gente com parcas habilidades, e estruturas precárias, consegue juntar os cacos em diversos estados da Federação e ajuizar um partido político para agregar à sopa de letrinhas na bizarrice das agremiações políticas brasileiras. Apenas Marina Silva, justo ela que mantém um cacife  de vinte e dois milhões de votos, foi inábil ao ponto de inviabilizar o tal Rede de Sustentabilidade. Poucos ousam admitir claramente, porque, hoje, ela é o docinho de coco do segmento “deslocado” da Nação, mas o que se viu foi uma demonstração de incompetência.
     Se não consegue estruturar um partido, na lambança e na babel dos 32 que pipocam como se tivessem sido aquecidos em forno de micro-ondas, como Marina pretende governar o país? Acha que será fácil? Pois bem, essa senhora, com todas as qualificações éticas que jura possuir, deu com os burros n´agua e foi pedir arrego no PSB de Eduardo Campos. Foi um golpe de oportunismo interessante. Balançou a hegemonia ditatorial do PT e pode até azedar as intenções do lulopetismo em se perpetuar no poder. Eis algo positivo.
     Só que Marina não é inepta apenas na empreitada de formar uma organização política. Algumas de suas teses básicas são de um atraso paquiderme e alguns de seus representantes em Goiás se atolam no subdesenvolvimento da esquerda raivosa e improdutiva.
     Vítima dessa obtusa visão do mundo, Marina foi logo escoiceando o Deputado Ronaldo Caiado, ícone que defende um dos poucos segmentos que salvam o minguado PIB brasileiro. O agronegócio, num trocadilho que faz senso, é a salvação da lavoura. Logo depois, imaginando que os ruralistas são beócios capazes de serem levados na base da conversa fiada, afirmou que a censura ao deputado não tinha nada a ver com senões ao segmento que ele tão bem representa.
   Bobagem Marina. Caiado é a essência, o rótulo coerente e confiável que dignifica a luta dos que atuam nesta difícil área. Dispensar Ronaldo Caiado, no ralo intempestivo de suas ações comezinhas, mostra seu despreparo. Dilma tem razão: vai estudar. O buraco do Brasil é mais embaixo.
   Não morro de amores pela democradura lulopetista. Mas se a lógica de Marina Silva for essa do oportunismo irresponsável, é melhor colocar as barbas de molho. Ao contrário do que se apregoa, pior que tá, fica! Basta alçar ao poder grupelhos que radicalizam justamente com o que está dando certo.Vade-retro.

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quinta-feira, 10 de outubro de 2013

A democradura e a maldição do verão



          Estamos vivendo uma síndrome ditatorial de causar arrepios. Os que  lutaram  seriamente contra o regime que gerou o famigerado AI5, ( fique claro que não inclui os oportunistas que tiraram proveito recebendo pensões à custa do contribuinte) estão percebendo o amargo de diversas atitudes semelhantes no cerceamento das liberdades e desrespeito a cidadania. Hoje, o Governo Federal atua nos limites de uma democradura. Somos uma nação melancia, na casca o verde de uma democracia representativa, na essência, no miolo das decisões, o ranço típico das tiranias comunistas que destroem valores fundamentais fingindo defender o povo.

          Do programa mais médicos, que retira dos CRMS a responsabilidade de emitir os registros para os doutores importados às artimanhas para controlar as ações do judiciário, colocar a UNE no cabresto, domar os sindicatos, aparelhar o Estado de forma abusada, impedir a criação de partidos que possam ameaçar a perpetuação no poder  e ignorar o clamor das ruas, são muitas as façanhas indignas de uma democracia. 

            A história de que o país existe em função do povo é uma farsa que se corroí nos detalhes cotidianos.  Tirando as sórdidas jogadas de marketing, os deuses do planalto se lixam para a saúde da população. Prova cabal disso é a fixação, ordenada e enfiada goela abaixo, do absurdo horário de verão que será instalado nas próximas semanas. Sequer o regime militar, que tanto se condena, teve a coragem de manter essa aberração.

           Médicos cientistas de todos os matizes comprovam que a mudança provoca malefícios físicos em cascata, prejudicando principalmente idosos e crianças. Os trabalhadores produtivos diminuem seu ritmo, com visíveis danos a indústria e ao comercio, e no balanço entre prejuízos e economia o processo não faz o menor sentido. Mesmo assim, e apesar dos apelos das famílias e dos governadores atingidos, o Governo Federal mantém o decreto.

            Enquanto candidato, e em referencia especifica ao horário de verão, Lula afirmou, na extinta rádio K, com o meu testemunho e outros jornalistas, que “se eleito, vou acabar com essa bobagem.” Mentiu. Como mentiu que iria acabar com as oligarquias nordestinas e com a farra do dinheiro público no leilão dos ministérios. Não tenho ilusões de que ele, Dilma que age em se nome, ou qualquer um dos energúmenos que controlam os feudos políticos do país, possam mudar o onda de banditismo oficial que nos assalta. Mas que pelo menos nos deixem em paz para trabalhar duro e pagar a mais alta carga tributária do planeta. Continuem com a ladroagem de sempre, mas não roubem uma hora de sono das famílias. Abandonem  essa canalhice suprema.   


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quinta-feira, 3 de outubro de 2013

João Pedro Stédile não tem moral para criticar


        Eternizado como uma espécie de Czar do Movimento dos Sem Terra ( MST), o argucioso João Pedro Stédile se atreve a pipocar nos veículos de comunicação criticando segmentos da administração no país. Em qualquer análise cuidadosa, o homem não tem moral para censurar ninguém. A sua marcha de insensatez é um dos tópicos mais nefastos da sociedade brasileira.
      Os parasitas do MST, apesar da injeção de bilhões de reais dos cofres da viúva, sequer conseguem produzir para o consumo de suas próprias saladas domésticas, prejudicando de forma abismável um dos poucos setores que salvam o pífio desempenho da macro economia da tia Dilma e seu staff de incompetentes. O agronegócio, inimigo declarado de Stédile, é responsável por 5% do Produto Interno Bruto e foi o único segmento a apresentar 10% de crescimento impedindo uma queda maior na previsão do já minguado  PIB nacional.  
   Tudo isso, destaca-se, apesar da falta de estrutura para escoamento da safra, dos impostos abusivos, da ausência de segurança no campo e das investidas do MST, atropelando o direito de propriedade e ordem. Ninguém deve se esquecer dos brucutus do movimento destruindo plantações de laranja, pelo sádico prazer de mostrar que estão acima da lei.
    Em recente entrevista ao DM, João procurou jogar a responsabilidade do mensalão no colo de Fernando Henrique Cardoso, afirmando que o ex-presidente inventou o processo comprando a reeleição. E dai? Sendo verdade, isso justifica a lambança do lulopetismo? Então tá! Na ótica matreira de Stédile se alguém criou um sistema corrupto nada mais justo do que dar continuidade aprimorando a bandalheira. É isso? Não seria mais ético eliminar os processos de falcatrua?  A tese de Pedro não convence ninguém de QI positivo.
   Outro detalhe que nunca foi esmiuçado, mas que merece escrutínio, é saber como sobrevive o bacana do João Pedro. Trabalha em que? Quem paga suas viagens de jatinho pelos rincões do País, hospedado em hotéis confortáveis e saboreando picanha de primeira?  Enquanto isso,  um rol de miseráveis, patética figuras ignorantes, caminham ao sol mastigando mandioca fria mal cozida, prontos a servir de bucha de canhão nas ocupações de prédios públicos e invasões criminosas.   
   No arremate, que alguém me diga qual foi o beneficio que o MST trouxe ao país? Trata-se de uma verdadeira quadrilha a extorquir governantes e vomitar incertezas na zona rural. Nada, além disso.

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quinta-feira, 19 de setembro de 2013

O direito dos onze, massacrando milhões



     Sob a ótica do direito, existem boas almas capazes de defender o argumento do Ministro do Supremo Tribunal Federal, Roberto Barroso, que votou pelo triunfo da impunidade, permitindo que o processo do mensalão se transforme em pizza de segunda categoria, sem a devida punição dos chefões da quadrilha. Com o ar de quem só presta contas ao pó que lhe cobre o nariz, Barroso registrou: “ Ninguém deseja o prolongamento dessa ação. Mas é para isso que existe a constituição: para que o direito de onze não seja atropelado pelo interesse de milhões.”
     Se a premissa não fosse sórdida até dava para engolir. Mas é uma tese com bases falsas, atolada no lodo da hipocrisia. Torna-se mais do que evidente que existem interesses, umbilicais e inconfessáveis, na exaustão do julgamento até que os réus sejam absolvidos na água benta da morosidade da justiça. É fácil perceber quem são os Ministros que se tornaram mais eficientes do que os milionários advogados de defesa.
   O que dói até os ossos é constatar que a lógica do Ministro Roberto, o novato, destrói a qualidade de vida do povo brasileiro. Em nome de uma meia dúzia de poderosos e em detrimento de milhões, que se perpetuam as graves distorções brasileiras.
    Para defender o direito de  uma ultraminoria, é que se permite a absurda concentração de riquezas nas mãos dos conglomerados bancários que exploram e sugam o trabalhador.
       Em nome de uma patotinha restrita, gente gananciosa e insaciável, é que amargamos uma tragédia nos transportes de massa, controlados por senhores de um feudo urbano de negociatas realizadas entre amigos.
       Para manter a confraria dos que mamam nas tetas dos contribuintes -- marajás do serviço público -- existe uma babel de juristas capazes de mostrar que eles valem mais, muito mais, do que os milhões de trabalhadores que arcam com os prazeres de suas vidas nababescas.
      É para manter o regalo da corte de Brasília, com viagens internacionais dignas dos reinados mais perdulários, é que se defende o sagrado direito de uma minguada casta.
      Por essas e outras é que o Brasil, agora em nome da constituição, se firma como uma nação injusta e corrupta, país em que a carga tributária se agiganta como um confisco, sem a devida contrapartida. Pois é Ministro Roberto Barroso, o que interessa a milhões de seus conterrâneos não lhe interessa. O senhor pode se erguer acima dos mortais comuns. Se dar ao luxo, impunemente, de defender menos do que uma dúzia de corruptos e se lixar aos milhões que cobram justiça.

Rosenwal Ferreira: Jornalista e Publicitário
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