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sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Que saudades do honesto Orlando Silva

O cantor Orlando Silva, batizado pelo locutor Oduvaldo Cozzi como o “cantor das multidões”, foi num Brasil bucólico repleto de vozes admiráveis, um dos mais importantes talentos da metade do século XX. Vozeirão de timbre perfeito que fazia chorar cantando sucessos como “Adeus” (Cinco letras que choram), “Capricho do Destino “e “Renúncia”, foi um exemplo de dignidade, conservando até o fim da vida seu jeito simples e sua origem humilde. Mesmo no auge de fama, lembrava com carinho os tempos de office boy, sapateiro e trocador de ônibus. Que saudade dos bons tempos desse Orlando Silva.

A versão século XXI é de amargar. O nosso Orlando Silva, o ministro que explica bandalheiras como se estivesse acelerando no rally da lama. Até agora só deixou dúvidas. Não é de hoje que nos corredores de Brasília se fala nas estripulias do Partido Comunista e nas ONGs fantasmas. Ele não inventou nada, justiça seja feita, ao que consta apenas continuou alimentando o trenzinho da corrupção.

As ONGs da ladroagem explícita representam um bezerro insaciável. Somente em 2010 mamaram cerca de 10,3 milhões dos contribuintes brasileiros. Confirmando apenas uma gota no oceano de malandragens, a Controladoria Geral da União demanda que os apadrinhados da bandalheira devolvam 10 milhões aos cofres públicos. Mas como o crime compensa, duvido que vá cumprir essa decisão.

Disposto a não largar o osso, o ministro Orlando Silva se recusa a dizer “adeus”. Ele apenas chora desculpas, acusa um complô da mídia e se esquece que foi um militante do PCdoB, ainda por cima fardado, é quem fala de peito aberto que tem provas do esquema de fraudes. Até o momento o policial João Dias Ferreira não recuou em absolutamente nada. É claro que existe a presunção de inocência. Mas a cada dia a sujeira se acumula num mau cheiro de causar nojo.

Pode até ser que o “capricho do destino” seja um fogo que teima em queimar o PCdoB. Mas intriga que os neo-poderososdo partido se lambuzem tanto em problemas. Nos ares do cerrado, ainda está por explicar o imbróglio do “mutretama”, episódio nebuloso em que se envolveu o Secretário de Esportes e Turismo da prefeitura Luiz Carlos Orro. Que coincidência o gosto que o PCdoB tem por essa pasta. Eu hein!!

Segundo minhas fontes, tem gente se borrando com receio das fiscalizações chegarem à turma que age em Goiás. As ramificações são de uma sordidez ímpar. A cada dia se comprova que as alianças de Lula se forjaram num esgoto de causar espanto. Não vejo diferença nenhuma em casamentos insólitos, realizados por encomenda e jogo de interesses, nos conchavos políticos de Goiás. O que faria o honesto e saudoso Orlando Silva? Certamente cantaria “Renúncia.” Prefiro Roberto Carlos na versão “e que tudo mais vá para o inferno.”

Rosenwal Ferreira é Jornalista e Publicitário.

E-mail: rosenwal@terra.com.br

Twitter: @rosenwalf

Um comentário:

  1. O vereador Fábio Tokarski esta muito insatisfeito com a determinação do comite central do PcdoB em dar espaço em Goiás para o grupo da Isaura Lemos, pois ele era tido como Um verdadeiro "trator" no comando do partido, só tinha espaço quem era da familia de Tokarski, e agora o grupo da Isaura é o centro das atenções (reforçado por um desafeto de Fábio, no passado - Denise Carvalho), o que tem deixado Fábio Tokarski muito insatisfeito e com muito ciúmes. Será que começou a luta interna no PCdoB de Goiás? Exemplos do passado????

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