Se alguém lhe afirmar que a escancarada
safadice do segmento politico é o mesmo lamaçal em todos os países, não
acredite. É mentira. Já vivenciei experiências em várias nações, e sempre
acompanho desdobramentos em dezenas de países, e garanto que o Brasil é um dos
mais profícuos celeiros de corrupção do mundo. Sequer nações do cone sul, nessa
eterna babel de problemas latinos americanos, conseguem nivelar uma sordidez
tão constante e imutável.
Em nosso imenso quadrilátero, pagamos caro pelo
direito de ser roubados. Destaca-se que os representantes do povo, nas esferas:
Municipal, Estadual e Federal, recebem salários acima do que em países
generosamente ricos. Nem precisa dizer que o contra cheque dos parlamentares
não estabelece parâmetros com a média dos trabalhadores. Trata-se de um esquema
tão absurdo que os empregados é que decidem quanto vão receber dos
empregadores.
Não bastasse essa ingrata correlação, os deuses
desse sistema viciado e umbilical, podem acrescentar benesses dignas de uma realeza
mimada e insaciável. Somos obrigados a quitar o luxo mensal de um aluguel mesmo
que eles tenham residência a poucas quadras do local de trabalho. No melado das
sinecuras a de se incluir passagens áreas, pagamento de pródigas diárias,
ressarcimento nas excursões gastronômicas, garantia de tanque cheio e uma
enxurrada de generosidades que se acrescenta de acordo com os humores de
ocasião.
Tudo isso para que? Pela garantia de um trabalho
irretocável? Pelo zelo da ética e da produtividade com retorno ao cidadão? Que
nada. O que se colhe são as ações mesquinhas, o toma lá da cá, a roubalheira em
mil facetas e as artimanhas inconfessáveis. Somos umas bestas de carga. De um
modo geral, eles se lixam aos que lhes garante essa inacreditável farra.
A fatal armadilha é que não podemos, e nem devemos,
prescindir dos políticos na essência de democracia. Mas ao contrário do que se
imagina, ora por acomodação ora por desanimo, não é necessário perpetuar o
modelo destrutivo que se ergueu em solo brasileiro. Urge uma revolta social
para exigir mudanças. Caso contrário, na insaturável orgia já estabelecida,
nada valerá à pena. A violência com que os políticos nos assaltam se desdobra
na coação assassina que se esparrama em todas as direções. Controla o País, uma
casta de ordinários com interesses em manter a impunidade que destrói a nação.
Rosenwal Ferreira: Jornalista e Publicitário
Twitter: @rosenwalF
facebook/jornalistarosenwal
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