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quarta-feira, 13 de novembro de 2013

A arte de pagar caro para ser roubado



     Se alguém lhe afirmar que a escancarada safadice do segmento politico é o mesmo lamaçal em todos os países, não acredite. É mentira. Já vivenciei experiências em várias nações, e sempre acompanho desdobramentos em dezenas de países, e garanto que o Brasil é um dos mais profícuos celeiros de corrupção do mundo. Sequer nações do cone sul, nessa eterna babel de problemas latinos americanos, conseguem nivelar uma sordidez tão constante e imutável.

    Em nosso imenso quadrilátero, pagamos caro pelo direito de ser roubados. Destaca-se que os representantes do povo, nas esferas: Municipal, Estadual e Federal, recebem salários acima do que  em países generosamente ricos. Nem precisa dizer que o contra cheque dos parlamentares não estabelece parâmetros com a média dos trabalhadores. Trata-se de um esquema tão absurdo que os empregados é que decidem quanto vão receber dos empregadores.

    Não bastasse essa ingrata correlação, os deuses desse sistema viciado e umbilical, podem acrescentar benesses dignas de uma realeza mimada e insaciável. Somos obrigados a quitar o luxo mensal de um aluguel mesmo que eles tenham residência a poucas quadras do local de trabalho. No melado das sinecuras a de se incluir passagens áreas, pagamento de pródigas diárias, ressarcimento nas excursões gastronômicas, garantia de tanque cheio e uma enxurrada de generosidades que se acrescenta de acordo com os humores de ocasião.

    Tudo isso para que? Pela garantia de um trabalho irretocável? Pelo zelo da ética e da produtividade com retorno ao cidadão? Que nada. O que se colhe são as ações mesquinhas, o toma lá da cá, a roubalheira em mil facetas e as artimanhas inconfessáveis. Somos umas bestas de carga. De um modo geral, eles se lixam aos que lhes garante essa inacreditável farra.

  A fatal armadilha é que não podemos, e nem devemos, prescindir dos políticos na essência de democracia. Mas ao contrário do que se imagina, ora por acomodação ora por desanimo, não é necessário perpetuar o modelo destrutivo que se ergueu em solo brasileiro. Urge uma revolta social para exigir mudanças. Caso contrário, na insaturável orgia já estabelecida, nada valerá à pena. A violência com que os políticos nos assaltam se desdobra na coação assassina que se esparrama em todas as direções. Controla o País, uma casta de ordinários com interesses em manter a impunidade que destrói a nação.

Rosenwal Ferreira: Jornalista e Publicitário
Twitter: @rosenwalF

facebook/jornalistarosenwal

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