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quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Lourenço de Castro Tomazette e sua esposa Vanessa

Salvo uma casta que se protege ora fazendo o jogo do poder, ora mostrando sua capacidade em retaliar, o grosso do funcionalismo público brasileiro historicamente sofre como um náufrago açoitado pela tormenta sempre nadando contra a maré. Vítima de ambiciosos, aproveitadores e populistas, tornou-se joguete nos destinos de quem utiliza a coisa pública como se fosse a rede de sua própria varanda.

Além da mixórdia da politiquice, com o salseiro dos protegidos de primeira e última hora, os que recebem do contribuinte se atormentam com uma política salarial que nem sempre faz jus aos que levam o trabalho a sério. Os alardeados planos de carreira e compensações acabam sendo apenas promessas estilo boca de urna.

Todo esse contexto negativo, aliado a uma verdadeira gangue especialista em conseguir cargos e benesses sem fazer coisa alguma, deixa uma espécie de DNA de maus fluidos entre a população e os que prestam serviços públicos. Mesmo assim, ou apesar de tudo isso, existem milhões de brasileiros que honram as funções exercidas em prol da comunidade.

É dignificante encontrar pessoas que se esforçam, desdobrando-se em tarefas bem executadas não importa o que esteja acontecendo. São heroicas figuras que mantêm o mesmo sorriso, a constante preocupação cotidiana, não importa que o salário esteja atrasado ou que os apadrinhados sem mérito continuem abocanhando a maior fatia do bolo. Mostram-se firmes, atenciosos, atuando como executivos de uma multinacional.

Felizmente são muitos os que agem com essa luz mesmo na escuridão e no festival de mediocridades. Eles são fáceis de serem identificados. Seja uma enfermeira que se desdobra em meio ao caos de um posto de saúde lotado, um atendente que verifica documentos com reverência e educação ignorando a gritaria geral, uma professora que envida o maior esforço, um policial que não se corrompe etc.

Por uma dessas gratas satisfações do destino, conheci incríveis funcionários públicos que se enquadram nessa categoria especial. Registrar todos os nomes seria um ato de justiça. Na impossibilidade de realizar esse desejo, concentro minhas homenagens no especialista Lourenço Tomazette.

No título, de forma premeditada, o denominei como “um certo Lourenço Tomazette”, na verdade, ele merece a qualificação de “Lourenço Tomazette, o certo”. Comunicador de lavra fecunda, conhecedor dedicado de rádio e televisão, é uma espécie de guru na complexa estrutura no operativo da Secretaria de Comunicação Estadual.

Funcionário de carreira, não almeja posições, não busca sinecuras de cargos especiais, não puxa o tapete dos colegas e não se mete em tricas e futricas típicas do poder. Homem de sólidos laços familiares mantém prazer colaborando na qualificação dos órgãos de comunicação do governo. Seu estilo de atuação, seu incansável esforço, lembra a garra dos que agem ganhando os tubos na iniciativa privada.

Recentemente, num jantar agradável desfrutando da companhia dele e da esposa, fiquei surpreso ao saber que está se dedicando a uma pós-graduação, capaz de aprimorar seus conhecimentos em computação gráfica televisiva e inovações tecnológicas do segmento. O lado mais feliz e contagiante dessa informação é que Lourenço está próximo da aposentadoria. Mas isso não diminuiu seus esforços, sua busca na perfeição e seus altos parâmetros no serviço ao contribuinte. Gente como Tomazette nos faz acreditar no mundo melhor, mais justo e consequente. Orgulho-me ao registrar a excelência de seu trabalho homenageando, com seu nome em destaque, todos os funcionários públicos que agem nessa irretocável linha de conduta.



Rosenwal Ferreira é jornalista e publicitário

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