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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Suruba de Madonna, Fidel e Hugo Chávez

Na essência, existem poucos tópicos em comum entre o neoditador Hugo Chávez, o histórico tirano Fidel Castro e a voluptuosa estrela da música Madonna. Na ginástica da vida, essas figuras são muito parecidas e consideram normal jorrar lambança abusando de quem respira o calor dos trópicos. Os três personagens vivem numa espécie de corte moderna, rodeados de vassalos, escravos, mordomias, num festim licencioso de causar espanto.

Nem precisa refrescar a cuca do leitor lembrando que adversários do regime cubano apodrecem nas masmorras de Cuba e que, apesar do sofrimento do povo, Fidel não larga o osso. A “ilha prisão” padece de racionamento de energia, de papel higiênico e até mesmo de açúcar e tabaco, itens de exportação de um país que se arrasta no atraso. Mesmo assim, o parceiro Chávez anuncia que especialistas cubanos estão a caminho da Venezuela para resolver a gravíssima crise de energia que afeta a nação.

Na obtusa lógica de Chávez, os engenheiros da maior ilha do mar das Antilhas só resolvem problemas externos. São os tais gênios apenas para exportação. Os radicais da esquerda brasileira, sobretudo neochiques que se lambuzam em cargos à custa do povão, rezam na mesma cartilha. Incentivam tudo o que não deu certo em termos de administração pública.

E onde entra a diva Madonna na lambança abusiva? A tal senhora, que mantém dotes artísticos incontestáveis, percebeu que somos um povo miúdo. Adoramos ser tratados como República das bananas. Tanto que a encarquilhada estrela, convidada com honras ao Palácio do Governo de São Paulo, enviou sua guarda de segurança para fiscalizar cada aposento a ser visitado.

Sua Excelência, o governador do maior Estado da Federação, José Serra, considerou normal a falta de confiança em sua capacidade de protegê-la. Imagina, deve ter pensado Madonna com seus valiosos botões, “essa gentinha sendo capaz de me preservar. Vai que esse tal de José dá na telha de morder meu pescoço? Jesus me livre dessa!!”.

O pior é que não teve uma alma inteligente capaz de perceber a ofensa. Se Madonna não confia no administrador de São Paulo, ao ponto de xeretar a sede do governo, que vá se catar, ora essa. Por mais pop que seja, o epíteto de cantora não é autoridade alguma. Imaginem o nosso Roberto Carlos enviando agentes próprios para fuçar aposentos do governador da Califórnia?

O nosso problema é a famosa síndrome do cachorro vira-lata. A falta de brio da América Latina abre caminho para toda sorte de imbecis. Por isso proliferam aberrações que crescem em ventre próprio e estamos de braços abertos a toda sorte de entulho que não encontra respaldo em outras nações.

Rosenwal Ferreira é Jornalista e Publicitário.

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