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quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Unilever destrói o meio ambiente e faz chacota do Ministério Público

Na contramão das empresas modernas, admiradas porque respeitam a comunidade, a indústria Unilever de Goiás engrossa o caldo de irresponsabilidades que destrói a qualidade de vida da população. Os caminhões da empresa, com toneladas extras, provocam destruição e erosões no asfalto em torno do antigo Clube Itanhangá, realizando um trajeto que não está preparado para o tráfego de cargas pesadas.

Em episódio recente, a Unilever foi apontada como responsável por uma vomitante fedentina coletiva. Um nauseabundo composto de infames odores que fez mais do que ofender narinas: causou cólicas, inapetência, enxaquecas e alergias respiratórias. Escaldada por escândalos de todos os matizes, a população logo esqueceu a lambança.

Ao que consta a Unilever safou-se com relativa tranqüilidade. Aprendeu a lição? Que nada. Tudo indica que se tornou mais arrogante do que nunca. Advertida, e até mesmo punida, por contaminar os arredores com o esgoto de sua produção, esperou alguns meses e voltou à velha prática.

Presenciei inúmeras vezes e na presença de várias testemunhas, os caminhões da Unilever despejar resíduos - imundice tóxica que contamina o lençol freático – no quarteirão de minha residência no setor Mansões do Campus. São toneladas de uma aguaceira imunda, mal cheirosa, que atrai moscas e provoca uma carnificina matando o solo.

Numa dessas ocasiões, estando ao lado do crime sendo cometido, liguei para o diligente promotor Nardini que exclamou irritado: “Não acredito! Essa gente não toma jeito!” Infelizmente, como era véspera de um feriado prolongado e ele estava fora da capital, não foi possível documentar o flagrante.

A vizinhança já está acostumada com os truques da Unilever. Os veículos que poluem mudam rotas, utilizam horários na madrugada e foram instruídos a acelerar frente à aproximação de pessoas. Tudo para continuar com falcatrua assassina. A troco de que? De economizar dinheiro e matar o planeta?

Não tenho elementos para afirmar se a cúpula da empresa avaliza esse banditismo ecológico. Mas será que tudo acontece à revelia dos responsáveis? Algo possível mas difícil de acreditar. Entendo que esse artigo significa uma denúncia pública. A VerdiVale, instituição sem fins lucrativos que luta pela preservação da região, está ao meu lado e mais do que disposta a reagir.

No arremate, muitos afirmam que a Unilever, através de seu nutrido corpo de advogados, está fazendo chacota do Ministério Publico. Sob a condição de permanecer no anonimato, um graduado funcionário da empresa nos garantiu que eles nunca tiveram a intenção de cumprir nenhum acordo.

A intenção, afirmou ele, sempre foi a de tirar o maior lucro possível, fechar as portas e sair de Goiás. Deixar para trás uma terra arrasada seria apenas conseqüência desse projeto. Mesmo com essas informações, e com os fatos que parecem confirmá-las, ainda tenho a esperança de que não seja verdade. Conheço excelentes profissionais que atuam na Unilever. Rogo que eles sejam capazes de corrigir essas distorções. O nome Unilever não merece o que está ocorrendo. Os produtos são bons e a indústria gera importantes canais de emprego.

Rosenwal Ferreira é Jornalista e Publicitário

Um comentário:

  1. Absurdo. Falta da população pressionar o MP. O problema é que a população é alheia os prejuízo que tais indústrias trazem a longo prazo para as regiões onde se instalam. Iludem-se com as promessas desenvolvimentistas quando na verdade acabam por esterilizar nosso solo, poluir nosso rio e ar. Absurdo e deprimente.

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