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quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Unilever mente e continua destruindo o meio ambiente


Na quarta-feira passada, 10 de novembro, escrevi um artigo, corajosamente publicado pelo Diário da Manhã, denunciando as agressões da indústria Unilever em terras do cerrado. Numa incrível demonstração de cinismo, e descaso pelas autoridades, a fábrica tomou duas providências: publicou no jornal O Popular, sexta-feira, 12 de novembro, página 05, um imenso anúncio afirmando o “extravio da caderneta de inspeção sanitária da unidade Iza Costa” e enviou uma nota ao DM, sem assinatura de responsáveis, dizendo que minha denúncia não era verdadeira.
Os irresponsáveis que continuam jorrando imundice nas imediações da Unilever imaginam que toda a sociedade é cretina e frouxa como a lei que não os atinge. Nem toneladas de óleo de peroba podem lustrar a cara de pau dos que orientaram a falcatrua. Perder a caderneta de inspeção dois dias após minha denúncia? Uma conveniência que não engana ninguém.
Certamente por instrução dos advogados, e dando continuidade na chacota ao Ministério Público, o soberbo anúncio foi ajustado apenas no jornal concorrente. Se realizado no DM a farsa iria do intragável ao vomitante.
A tal comissão de comunicação externa, que assinou o inerte arremedo de resposta às minhas denúncias, ignora que tenha provas. Mantenho uma lista com mais de 40 pessoas dispostas a testemunhar. Todas elas me procuraram pessoalmente oferecendo endereço e identidade numa rara demonstração de solidariedade coletiva. Levo muito a sério minha profissão, não invento fatos. Estou disposto e sou capaz de provar que a Unilever mente.
Os inescrupulosos não sabem que existem fotos e testemunhas oculares das atividades criminosas que relatei. Toda a Diretoria da VerdiVale, sem exceção, está coesa confirmando minhas sérias denúncias: os caminhões da Unilever estão destruindo o asfalto da região e despejando líquido nauseabundo nas chácaras e terrenos do setor Mansões do Campus.
Ao invés de tentar desqualificar minha reputação jornalística, e pagar os tubos para engendrar “perda” de documentos importantes, porque não agem corretamente? A Unilever continua com as ações predatórias. Só mudou os horários acordando moradores no bafo da madrugada.
Concordo que a Unilever possui 80 anos de tradição e industrializa produtos importantes. O fato em questão desmoraliza a empresa. Sua continuidade é um acinte.
Ao contrário do que imaginam, o grupo comunitário que represento não está disposto a negociatas capazes de camuflar os danos ao meio ambiente. As centenas de famílias envolvidas não estão à venda. Seu nutrido corpo de advogados não vai nos intimidar. Quem está cometendo um erro brutal é a Unilever e não os moradores prejudicados. Se pretendem conversar com seriedade, e corrigir rumos, estamos de braços abertos. Vamos dialogar.
No arremate, não se iludam, eu não estou sozinho. Sou apenas o canal capaz de desaguar a enxurrada de reclamações. Chega. A Unilever já abusou demais da região que escolheu para ser o lixo do seu quintal de impropriedades. E, por favor, não escolham outro local. Respeitem os goianos.


Rosenwal Ferreira é Jornalista e Publicitário

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