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quinta-feira, 10 de março de 2011

Sarney Morreu. Viva Sarney

O impagável José Sarney escreveu uma crônica digna de análises no Jornal Folha de São Paulo na sexta-feira, 04 de março. Antes de me atolar no exame do artigo, sob o título: “Eu não morri”, explico ao leitor por que escolhi o termo “impagável” entre tantos que existem para descrever esse que é um dos mais longevos dominadores de ampla parte do território brasileiro.

O vocábulo é ótimo e atende vários quesitos. A primeira definição do adjetivo – que não se pode ou não se deve pagar – é uma pérola que se aplica a Sarney. Com tudo que ele já amealhou ao longo dos anos, milhões de dólares, entendo que não se pode e não se deve dar a ele um único níquel.

Para os amigos, aos quais ele se mostra generoso, a palavra é boníssima no significado. Realmente ele é “inestimável e precioso”. Dizem os íntimos que se trata de um homem “engraçado, cômico e hilariante” a curtir suas mansões em praias particulares.

Talvez ele não seja exatamente “excêntrico”. Mas, no meu conceito, é definitivamente um “ridículo”.

Entrando de sola no artigo, José Sarney fala que achou graça nos tópicos da internet que anunciaram sua morte, afirmando o seguinte: “Eu sempre penso como irei apresentar-me ao Criador. Não quero que ele pense que estou bajulando, mas creio que será de joelhos agradecendo pelo que deu, pelas sementes que colocou em minhas mãos”. Quanta pretensão.

Cai na real Sarney. Você acha mesmo que será apresentado ao Criador? Vai usar a lábia e o poder para conquistá-lo? Com o seu curriculum, até Belzebu vai desejar que fique longe do inferno. Sabujar Deus não funciona. Sua visão estreita tem fórum apenas nos calabouços de Brasília.

No último parágrafo, José arremata: “o céu está cheio de moças bonitas e a comida é feita de nuvens azuis adocicadas”. Pode até ser. Será que as feias vão todas para o inferno? Em todo caso, meu caro Sarney, não se preocupe com o céu não. Procure imaginar como será o inferno. Para seu azar, e de um monte de amigos que fez na terra, imagino que não será bolinho que se degusta na Academia de Letras. Eu devia ter dó de Vossa Excelência, mas não tenho. Para o paraíso ao qual o senhor pensa que vai, eu definitivamente não quero ir. Amém.

Rosenwal Ferreira é Jornalista e Publicitário

Um comentário:

  1. É Sarney tendo o nome de santo (São José de Ribamar) ele pensa que vai para o céu. Só se for céu da boca de alguma onça. Quem sabe?

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