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quarta-feira, 20 de abril de 2011

O Secretário de Segurança Pública João Furtado Neto está se derretendo no cargo

A despeito de seu reconhecido senso ético e de sua vida profissional recheada de elogios, o Secretário de Segurança Pública de Goiás. Dr. João Furtado Neto corre um sério risco de se derreter como sorvete abandonados fora do freezer. As razões se atolam em diversos matizes. Todos eles muitos sérios para serem ignorados. Ninguém esperava que ele, um iniciante nas dificuldades do cargo, pudesse resolver em curto prazo os problemas que se agigantam, claro. Mas é inaceitável que sequer tenha conseguido manter os padrões de controle de criminalidade alcançados na última gestão.

Os dados comprovam que os primeiros 100 dias foram um desastre. Em todos os segmentos houve um brutal acréscimo na onda de banditismo explícito. Na área de furto e roubo de veículos, o incremento chegou a preocupar as empresas de seguros, deixando a população em polvorosa. Em todos os bairros proliferam reclamações acima da normalidade. Os traficantes estão em festa, numa ousadia que assusta até veteranos que atuam na polícia.

O sinal passou de amarelo a vermelho entre comerciantes, proprietários de residências, transportadores de valores e shopping centers. Os únicos que estão satisfeitos no momento são os donos de empresas de segurança, cuja demanda chegou a triplicar. Um especialista da área, sob a promessa de que seu nome fosse mantido em segredo, nos mostrou números sigilosos capazes de apavorar. Os dados comprovam que a situação é pior do que se imagina. Motivo: crimes menores não estão sendo registrados pelas vítimas.

Enquanto isso, o Secretário gasta energia nas redes de comunicação social (Twitter etc.) dando recadinhos e puxões de orelha na corporação policial. Mesmo com a melhor das intenções, ele usa termos juvenis e desabafa ameaças que o cargo não comporta. Os jornais publicaram frases imputadas a ele, cujo teor não foi desmentido, de uma puerilidade ímpar.

Um homem com sua responsabilidade não pode sair dizendo, por exemplo, que sabe quem está emperrando o trabalho e que tem nomes dos envolvidos numa possível operação de retrocesso. Tendo informações seguras, uma autoridade toma providências enérgicas, documenta ações com auxílio da lei e não desperdiça conversa. Se existem nomes, que eles sejam identificados de imediato numa consequência que passe segurança à população. Do contrário, só alimenta tricas e futricas improdutivas.

Hipocrisia à parte, e não na base de enfrentar os problemas de frente sem fingir que eles não existem, o momento é gravíssimo porque a corporação policial está desmotivada. Não adianta imaginar que se trata apenas de uma insatisfação salarial ou de um movimento injusto. Quem possui um mínimo de informação, e não anda com peneiras tapando o sol do cerrado, sabe que os motivos possuem raízes numa quizila que requer doses extras de diplomacia e conhecimento de como funciona o espírito da corporação militar.

Não duvido das boas intenções do Dr. João Furtado Neto. Contudo, ouso afirmar que se ele não recorrer a especialistas, vai se derreter no cargo com sérios prejuízos à sociedade. A tática utilizada até o momento só fez aumentar o azedume dos profissionais envolvidos no combate à criminalidade. Estou convicto dessa análise, fruto de entrevistas com dezenas de policiais – civis e militares – que amam o que fazem e temem pelos destinos da comunidade. Sei que o governador Marconi Perillo está exigindo resultados e já está impaciente. Tem razões para isso. Urge que o Secretário mude de estratégia.


Rosenwal Ferreira é Jornalista e Publicitário

Twitter: @rosenwalf


2 comentários:

  1. e isso mesmo esse joao furtado e muito incopetente
    acabou com a imagem da omgo

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  2. anônimo gostei do seu pronunciamento a respeito da incompatibilidade deste que se diz ser o represente de uma instituição que a qual tem seu brilhantismo e os seu erros, de maneira muito infantil, qual a instituição que não problema e representante desta não pode macular esta pois dai ele esta a testando a sua incompetência para tal.

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