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quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Troféu Joãozinho mediocridade

Figura tradicional nas piadas jocosas, normalmente apimentadas com teor sexual, Joãozinho se tornou um personagem brasileiro até admirado pela sagacidade, ironia e senso crítico. Menino travesso dá nó em goteiras e laço nas pontas. Já faz parte do nosso folclore. Existe um outro personagem no duro cotidiano nacional que, para evitar dissabor com quem não merece, vou apelidar de Joãozinho mediocridade.

Ao contrário do xará famoso, ele não tem qualidades e sobrevive como uma parasita sanguessuga. Muitas vezes se encastela em empregos arranjados pela família na iniciativa privada, dando um bruto trabalho aos colegas produtivos. Mas o que ele gosta mesmo é de chafurdar-se em cargos públicos. De preferência em regime especial sem ter participado de concursos. Lambuza-se numa importância que não possui, pisa nos colegas, bajula supervisores e sobe nos tamancos dando crises agudas de “chefeta”.

Como não possui atributos culturais e carece de qualidades profissionais específicas, rói o osso da inveja, faz boicote aos que possuem algum talento e dá gemidos de importância quando alguma coisa depende de sua boa vontade. Se alguém cai na besteira de lhe dar algum cargo de relevância – ai Jesus – ele urra de prazer abrindo o saco de maldades e alardeando o famoso “não faço porque eu é que mando”.

Com ele, o senhor mediocridade, não existem argumentos lógicos ou diálogo pelo bom senso. O seu mórbido prazer, momento em que se delicia, é esbravejar sua autoridade. Ordinário na essência, sequer percebe que todos riem do seu visível complexo. Ele não tem amigos. As pessoas o suportam, e fingem aprovar seus desmandos arcaicos, porque o tipo é vingativo e sabotador sem escrúpulos.

Se você já esbarrou com um Joãozinho mediocridade, ou com muitos deles, não se deixe irritar. É o que mais gostam. Fique com dó. Eles terminam suas carreiras de forma patética, não progridem e se atolam no próprio lodo. Ao término de suas vidas miseráveis, deixam um rastro de inimigos e ficam com o troféu que fizeram tanto por merecer. Dando a si próprios parabéns e batendo palmas sozinhos. Haja saco!

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