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quinta-feira, 1 de março de 2012

O engodo sobre a cura sem medicina


           Médicos qualificados, assim como religiosos de boa fé, estão preocupados com notícias que alardeiam curas milagrosas sem o suporte da medicina com base científica. No epicentro dessa discussão, para citar um personagem com relevância midiática recente, destaca-se o médium espírita João de Deus. Em desalinho com que pregam os discípulos de Alan Kardec, ele se enrasca em arroubos de pop star divulgando tratamento espiritual diferenciado ao ex-presidente Lula. 

             Trata-se de uma xaropada de erros em dose dupla. Primeiro que ninguém deve acreditar que forças espirituais são capazes de substituir a medicina que cuida de assuntos terrenos. Quando muito, pode se transformar num poderoso elixir de suporte adicional capaz de contribuir no fluxo de recuperação do enfermo. Assim como técnicas do yoga, reiki, psicologia transpessoal, meditação e outras. Segundo que os desígnios de Deus, na verdadeira fé que salva, não fazem distinção entre seus filhos. O tratamento privilegiado a Lula nada significa se ele não tiver méritos para receber as dádivas. Incluindo humildade, paciência e resignação.

                Os defensores do já famoso intermediário entre os vivos e alma dos mortos vão afirmar – em comprovado embasamento – que ele não procura benesses pessoais, não recebe honorários e nada consta que visa lucros pessoais em suas exaustivas atividades. No entanto, isso segundo normas prescritas na cartilha do ícone Chico Xavier, João está sorvendo o néctar que adoça as celebridades. 

               Nesse contexto entra em cena um perigoso endeusamento. Ele deixa de ser mero instrumento para se apresentar como causa de benéficos efeitos que não lhe pertencem. A não ser cristo, filho de Deus, não acredito em homem algum capaz de fazer milagres. Seja ele um pastor evangélico, budista, espírita ou membro de qualquer outra denominação.

        A ninguém deve ser aconselhado deixar remédios, tratamentos hospitalares, quimioterapia e cuidados médicos para se entregar a quem promete salvação sem o auxílio desses recursos. Assim como nenhum cristão deve dispensar o auxílio da fé, com ou sem ajuda de quem oferece sincera colaboração, acreditando que não necessita da generosidade de Deus. Separadas, essas duas forças são incapazes. É sempre bom lembrar.

Um comentário:

  1. A doutrina espírita, segue os preceitos de jesus.
    Ser espírita é uma coisa, ser um bom espírita e outra bem diferente, uma vez que ser bom espírita é agir como Jesus agiria se estivesse em nosso lugar.
    Assim sendo, Jesus não cobrava pelas suas curas e muito menos saía gritando aos quatro cantos sobre os seus feitos.
    Certa vez Jesus disse: Se tiverdes a fé do tamanho do grão da mostarda fará o que eu fiz e muito mais.
    As curas espirituais são cientificamente comprovadas, no entanto devemos ter o cuidado de não cair nas armadilhas do personalismo, do orgulho e da vaidade.
    Para se obter uma cura espiritual, deve-se ater a 3 situações:
    1- Procurar uma casa espírita equilibrada, que esteja dentro das orientações de Allan Kardec, dentro do que fora traçado por Jesus e nesse contexto inclui-se a máxima dita pelo mestre: “Dai de graça o que de graça recebeste”
    2- Ter fé que poderá ser curado
    3- Ter o merecimento.
    Quanto aos milagres, bem sabemos que eles não existem:
    http://www.espirito.org.br/portal/palestras/ivan-franzolim/boa-nova-10.html
    Nenhum dos intermediários (médiuns) entre o mundo espiritual e o mundo carnal que estejam pautados nos preceitos de Jesus e que tenham o discernimento em suas atitudes, desprezariam a medicina da terra, ou seja, remédios ministrados por médicos, só podem ser tirados pelos próprios médicos.
    No entanto, existem várias curas espirituais, inclusive no meio esportivo, onde que médicos da terra em alguns casos, davam como incuráveis etc, mas é bom deixar claro que quem cura é Deus através dos médicos da espiritualidade, entre eles Dr. Bezerra de Menezes e os médiuns mas sobretudo, pela fé e merecimento do paciente.

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