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quarta-feira, 3 de junho de 2009

Isaura Lemos apaixonou-se por mim

Para melhor compreensão desse artigo, leia primeiro este aqui.



Ao ler, e reler cuidadosamente, o artigo de Isaura Lemos em resposta às minhas críticas pontuais, e fartamente documentadas, a respeito da atuação do casal 20 às avessas, no que eu chamo de movimento da causa própria, cheguei à triste conclusão de que ela nutre uma avassaladora e incontrolável paixão por mim. Senão, vejamos o que segue.

Isaura Lemos informa que no governo Maguito Vilela, em data imprecisa que pode ser entre 1995 e 1998, eu liguei em sua residência cometendo o crime de ameaça, vitimado por interesses em um loteamento. Considerando que na época, 14 anos atrás, eu ainda procurava espaço na mídia de Goiás, tinha poucos amigos e pífias condições de me defender, ela não me denunciou por amor. Só pode ser.

Apenas um sentimento levado a alto grau de intensidade justificaria me enxergar como um machão tão ousado. Menos deputada, menos. Afinal estamos falando de dois políticos profissionais, raçudos e brigões. A dupla de ex-guerrilheiros não teria coragem em denunciar um simples jornalista? O amor exige sacrifícios?

Se o arrebatamento explica a ausência de pulso de Isaura, como fica Euler Ivo? Acovardou-se? Nada disso. Euler não é um poltrão. A denúncia jamais existiu porque o fato é mentiroso. É uma invenção. O azar dele é que a mulher mente. Fazer o quê? Divorciar-se nessa altura do campeonato?

Isaura Lemos, certamente ainda movida por incontrolável paixão, diz que na época eu era “garoto-propaganda de uma imobiliária”. Quanto fetiche. No período citado, prá lá de quarentão, eu estava longe do ideal de um galã de comerciais. Jamais atuei em qualquer projeto imobiliário. São delírios típicos de quem enxerga os objetos de desejo acima da lucidez e da razão. Se ela provar tal invencionice, deixo a profissão de jornalista.

Em todo caso, que alívio, sua atração é tão fugaz e passageira quanto às coisas da politiquice profissional. Isaura, recuperada, se lembra de Euler Ivo. Que lindo. A deputada explica que seu cúmplice, desmascarado pela TV Globo em vídeo que o flagrou surrupiando salários de funcionários da Câmara Municipal de Goiânia, ainda não foi julgado até o final. E daí? Isso prova apenas que bons advogados usam as brechas da lei para garantir a impunidade e a corrupção. Mas não invalida a essência de minha denúncia.

Ao dizer que a tal fábrica de triciclos vai bem e que fechou contratos com multinacionais, acho ótimo. Em vários sentidos. Primeiro, que demonstra o falsete da dupla ao criticar as multinacionais. Segundo, que, no que me consta, existem credores interessados no sucesso da empreitada. Parabéns. Espero que Euler Ivo não esteja explorando trabalhadores por conta do capital investido. Prometo investigar.

Recebi em meu escritório documentos interessantes e dignos de análise: o Ministério Público, que na ótica de Isaura certamente é tão caluniador quanto eu sou, vai se interessar.

Isaura tem razão ao dizer que sou medíocre. Reconheço. Por isso, leio e estudo constantemente. Mesmo com todos os meus reconhecidos defeitos, conto o que ela ainda não sabe.

Deputada Isaura Lemos, a maioria de seus colegas parlamentares não aprova suas táticas de caça aos votos. Preferem um comportamento mais ético. Eles não efetivam condições que criam currais eleitorais sob falsas premissas. Cito uma bem clara e documentada. Euler Ivo afirmou, pedindo votos para a família, que seria o futuro secretário de Habitação na prefeitura municipal. Balela.

São práticas recorrentes no tal movimento da causa própria. De fato, nunca estive presente nas tais marchas sociais de sua lavra. Falha minha. Entretanto, auxiliei várias famílias, se quiser dou nomes, que perderam tudo em invasões que a parelha Euler Ivo e Isaura Lemos incentivou.

Membros de seu próprio partido estão furiosos com sua exploração da legenda. Sempre em função dos umbigos bem-nutridos de sua família, que faz escola na política profissional.

Graças a Deus que não frequentamos os mesmos locais. Já me basta que estejam, a contragosto, em minha folha de pagamento. Afinal de contas, sou um brasileiro que paga a maior carga tributária do planeta para sustentar mordomias que a deputada usufrui.

Acreditem, Isaura Lemos e Euler Ivo, a sociedade brasileira se encheu. Não toleramos mais políticos que se acham acima do bem e do mal. Que não aceitam críticas. Que, ao invés de refletir sobre erros apontados, preferem denegrir a imagem de quem, por dever de ofício, analisa seus atos.

Desmoralizar jornalistas é típico de quem despreza a democracia. Felizmente, tenho colegas corajosos que me apoiam e que sabem o quanto essa luta é desigual. Seu mandato é uma arma poderosa. Mas eu levo uma grande vantagem sobre vocês. Eu acredito em Deus. A senhora e seu marido não.

A imunidade parlamentar permite arrogâncias de toda sorte. Mas tudo tem um limite. Oro por vocês. Tenho pena. No julgamento final, ao perceberem a lei do retorno, vão alegar o quê? Que seus atos de corrupção foram calúnias do Rosenwal Ferreira?


Rosenwal Ferriera é Jornalista e publicitário.

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