Seguidores

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

O efeito Waguinho da Comurg

Quando se fala de zelo, retidão e competência na administração da coisa pública, uma das mais gratificantes revelações é a do atual gerente do lixo da Capital. Moço com boas raízes familiares, charmoso como um galã de novelas e trabalhador compulsivo, Waguinho da Comurg comprova que ainda existem pessoas de caráter dispostas a valorizar o que pertence ao contribuinte.

A sua maior cartada, um exemplo para outras prefeituras, foi enfrentar corajosamente o lobby das empresas que ajeitavam conchavos faturando acima do que manda o bom senso. Meticuloso e diplomata, ele consegue excelentes resultados na limpeza urbana, diminuindo os custos em cerca de um milhão de reais por mês. Essa notável gerência jogou na lona a turma que torcia contra o sucesso da empreitada.

Resultado: prefeitos de boa índole estão colhendo informações em Goiânia, dispostos a trilhar o mesmo caminho. Não é tão fácil quando se imagina. Waguinho é fruto de uma árvore que não está disponível em qualquer pomar. Avesso a qualquer estilo de incorreção, trata os desacertos com uma rigidez que afasta os mal-intencionados.

Embora seja ético nos ditames da hierarquia, só acata ações que sejam fiéis à sua consciência moral. Não é por mero acaso que o prefeito Iris Rezende, assim como os colegas que atuam no formigueiro do Paço Municipal, enxerga nele uma liderança natural e um conselheiro de todos os momentos. Ao lado de Paulo Rassi, secretário da Saúde, é uma figura que simboliza o novo conceito administrativo de Iris Rezende.

O efeito Waguinho da Comurg é algo que dever nortear quem deseja crescer politicamente. Além de estudos constantes na área que atua, ele fiscaliza com agilidade, cobra com educação, recusa com polidez e faz política mostrando resultados sem bajular ninguém. O que mais impressiona quem atua ao seu lado é o valor que Waguinho dá à palavra empenhada. Fato raro em muitas raposas que orbitam no poder.

Os elogios se justificam após constatar, até mesmo com adversários declarados, que existe consistência em seus atos de lisura. Em mais de 36 anos de carreira, poucos foram meus artigos de elogio explícito. Muitos me detestam pelo azedume crítico e ausência de fé em quem bebe o leite do contribuinte. Esclareço que não tenho prazer em reprochar os que entendo merecer.

É de meu real interesse divulgar, exaltando com prazer, quem faz bom uso dos altos impostos que sou obrigado a entregar ao governo. Pessoas como Waguinho me fazem acreditar num País mais justo. O rapaz prova que existem boas maçãs no cesto de podridão que embala sarneys, malufs e metralhas de todos os matizes. É um sentimento confortante. Oxalá ele não mude. Ou, melhor dizendo, que continue se transformando e crescendo com matrícula na turma do bem.


Rosenwal Ferreira é jornalista e publicitário

2 comentários:

  1. belo elogio quando não se sabe que tal limpeza da cidade se deve a exploração moral e psicológica dos coletores de lixo urbano da capital,é fácil coagir alguem a trabalhar de 8 a 12 horas correndo quase 50 km em um caminhao que pega de 12 a 16 toneladas por viagem feita.
    pena que o ministério público não sabe das condições de trabalho que passamos nesta empresa,onde o lixo do burgues e mais tratado do que o lixo do proletariado,é só andar nos bairros granfinos da capital e nos bairros considerados periferia para saber a diferença.

    ResponderExcluir
  2. Belo elogio, digno da grande formação academica..sem conhecimento da verdadeira realidade da Comanhia.....se vc soubesse ...., que legado ....vamos fazer de conta não.. muito triste esta realidade....

    ResponderExcluir