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quarta-feira, 10 de março de 2010

O pior órgão do governo Iris Rezende

O departamento que cuida do trânsito de veículos em Goiânia continua sendo um atoleiro de má sina. Sequer o experiente prefeito Iris Rezende, que se notabiliza com uma administração eficiente, consegue mudar as engrenagens viciadas da atual AMT - Agência Municipal de Trânsito - que até mudou de nome em vã tentativa de exorcizar práticas de ineficiência crônica.

É claro que o departamento já esteve em situação muito pior. Já foi administrado por um lunático que tinha como estratégia perseguir jornalistas que o criticavam. Pelo menos nesse sentido, o atual dirigente mantém qualificada relação com a mídia. Infelizmente sua polidez e educação não resolvem os sérios problemas da cidade.

Alguns dos obstáculos, com soluções práticas imediatas, não são resolvidos por mera questão de ótica. Vamos a exemplos práticos. Todo final de tarde o trânsito empanzina nas imediações da Praça do Cruzeiro e no entroncamento do CEPAL, Setor Sul, engasgando o tráfego em muitas direções. Existem promessas de um viaduto e de semáforos. Por enquanto, tudo na base do papo furado.

O que pode ser feito? Muito simples. Basta colocar alguns guardas de trânsito – quatro deles já serviria – controlando o tráfego nos momentos do rush. Mas isso seria lutar contra uma azeda filosofia: agentes de trânsito em Goiânia só existem para arrecadar dinheiro. Já presenciei inúmeras vezes, funcionários da AMT escondidos, lavrando multas por uso do celular, enquanto o movimento de veículo ardia no inferno. Ora essa, nada contra multar quem merece. Mas será que não dá para ser útil ordenando o caos?

Em 15 anos com escritório no tal quadrilátero, jamais presenciei agentes reforçando o fluxo de veículos. Até mesmo quando a zorra trava geral, com os sinaleiros em pane, ninguém aparece. Tal fato ocorreu três vezes nos últimos quatro meses e nenhuma alma da AMT surgiu no local. Na última bagunçada um motorista irritado – que achou um apito não sei onde – resolveu controlar a confusão. Ficou ali uns 30 minutos e foi aplaudido.

Esse é apenas um exemplo entre muitos que existem. Quer outro? No final da Goiás Norte, na rótula que fica próximo ao Posto Belga, acontece - por baixo - vinte batidas por mês. Não existe semáforo e jamais se cogitou em colocar um profissional nos momentos de fluxo mais intenso. Nas imediações até motociclista já foi multado por não usar... cinto de segurança. Pode uma coisa dessas?

A Agência Municipal de Trânsito (AMT) não age. Quando muito, e depois que a chiadeira se transforma em alarido, reage tardiamente. É o calcanhar de Aquiles do Governo Iris Rezende. Nem ele - que vale repetir - dá um show de competência, nem o povo merece tamanho descaso. A desculpa de que existe excesso de veículos é válida. Mas a má gestão é algo notório.



Rosenwal Ferreira é Jornalista e Publicitário.

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