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quarta-feira, 3 de março de 2010

Honrosa atuação do vereador Djalma Araújo

Com o apoio de valorosos companheiros, e com a imprescindível colaboração do Secretário de Planejamento e Urbanismo da Prefeitura de Goiânia Luiz Alberto Gomes de Oliveira, Djalma Araújo está prestes a concluir um projeto de lei capaz de salvar um dos últimos redutos de biodiversidade do cerrado. A região a ser protegida contra a ganância da especulação imobiliária é reconhecida entre os cientistas como útero da água que abastece a Capital. O território, que realiza um abraço na reserva próxima ao Campus II da UFG, preserva com fragilidade centenas de nascentes de água.

A iniciativa do vereador, que felizmente encontra eco na maioria dos representantes da casa, é um ato corajoso e responsável. Demonstra firmeza porque o normal é ceder à influência constrangedora dos tubarões do lucro fácil. Haja vista que boa parte da região foi leiloada no destempero do improviso e com graves consequências para o futuro.

A ideia é impedir a proliferação de milhares de residências, com lotes pequenos, que certamente provocaria um desastre ecológico irreversível. Pesquisas recentes demonstram que um terço das áreas que circundam parques e reservas, já foi desmatado em mais de 70%. A expansão imobiliária, envolvendo milhares de famílias numa área tão debilitada, seria o fim do pouco que ainda resta.

Para não provocar a ira dos poderosos de plantão, a iniciativa permitirá – numa região pequena e perfeitamente delimitada - lotes de três mil metros quadrados. Esse ordenamento, ainda permitirá que muitos possam enriquecer fatiando glebas que antes eram rurais. Os egoístas inescrupulosos que se lixam para o abastecimento de água da cidade, desejavam triplicar rendimentos efetivando lotes de duzentos metros quadrados.

Durante décadas, o jornalista Washington Novaes alerta para a necessidade em socorrer o quadrilátero. Pregou no deserto e jamais foi atendido. É possível que alguns cretinos coloquem empecilhos ao que urge ser realizado. Vão alegar que apenas alguns eco-chatos, que possuem chácaras na região, é que lutam por uma causa perdida.

Enganam-se. Os proprietários que resistem, muitos deles humildes residentes que ali se estabeleceram há décadas, lutam por algo de interesse coletivo. Seria mais rentável, alguns receberam ofertas generosas, espedaçar propriedades, encher os bolsos e se refugiar em outro local. Nada adiantaria. A ambição desmedida não respeita fronteiras. A luta tem o apoio da liga dos defensores da bacia do Meia Ponte e dos que não vendem sua consciência.

No arremate, é interessante registrar que somos inclinados a apoiar quem protege as baleias, a floresta amazônica e outros tópicos de interesse internacional, mas, paradoxalmente, olhamos com desdém a destruição ecológica que está à nossa porta. O empenho de Djalma Araújo se registra diferente. Oxalá seja um bom exemplo a ser imitado.


Rosenwal Ferreira é Jornalista e Publicitário.

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