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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Tragédia goiana a ser evitada

No momento em que as emoções da nação se voltam para o caos, desalento, morte e sofrimento nos rincões do Rio de Janeiro, é importante lembrar-se de importantes tópicos para evitar tragédias em Goiás. Se nas encostas cariocas o problema é o excesso de água, o mal que pode nos afundar em desastres ambientais é a ausência do líquido precioso. Paira sobre Goiânia, por exemplo, uma concreta possibilidade de contaminação do lençol freático com desgraça já antecipada pelos cientistas.

O incrível é que mesmo com o alerta de professores da Universidade Federal de Goiás (UFG), especialistas como o jornalista Washington Novaes, entidades como a Verde Vale e apoio de vereadores que conhecem o problema, como Djalma Araujo, Paulinho Graus e outros, a especulação imobiliária irresponsável torna o desastre eminente.A Prefeitura e o Estado colaboram com o fracasso de quem procura defender a água deixando de fiscalizar.

O que preocupa é a possibilidade de um adensamento populacional na região próxima ao Campus II da UFG, na vizinhança do antigo Clube Itanhangá. Nesse quadrilátero o lenço freático é raso e existem centenas de minas d’água que estão sendo destruídas sistematicamente. Nem precisa ser um gênio para entender que a cabeceira do Rio Meia Ponte é o centro nevrálgico do abastecimento de água para milhões de goianienses. Se a fome dos empreiteiros conseguir autorização, como já aconteceu como o empreendimento dos globais Orlando de Moraes e Gloria Pires, para entrar de sola com moradias populares, o sinistro está garantido.

A Câmara Municipal bem que está procurando evitar a desgraça. O projeto é simples e salvaria o último nicho ecológico que circunda a capital. A legislação impediria glebas com menos de três mil metros quadrados, exigindo que boa parte seja preservada. Para aplacar a ira dos barões do lucro imobiliário, a Casa ainda deixou margem para se construir condomínios fechados com ordenamento. Fato que impediria parte do assassinato ecológico já em curso. Mesmo assim, pasmem leitores, ainda existem os que são contra.

Apenas o empreendimento de centenas de moradias no setor Goiania 2, embora o projeto seja digno de elogios, já vai causar uma colossal desordem no trânsito nessa parte da cidade. Querem ir além. Desejam a todo custo ocupar, sem a devida cautela necessária, os terrenos que afetam o abastecimento de água da capital. Atualmente pipocam construções irregulares em todo o triângulo citado.Urge que o Paço Municipal aja com rigor. Não podemos cruzar os braços aceitando fato consumado capaz de azedar milhões de cidadãos. É fato que o Prefeito Paulo Garcia conhece a realidade e está ao lado de quem luta para impedir um dano irreversível. Mas não basta que o Prefeito seja um aliado. É necessária a cobrança permanente da imprensa e dos cidadãos conscientes.

Rosenwal Ferreira é Jornalista e Publicitário

5 comentários:

  1. Rosenwal, parabéns pela ótima matéria!!!


    Normando Matos.

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  2. Excelente texto. Importante contribuição para o debate que temos a obrigação de travar sobre nossa sobrevivência. Isso mesmo. Não é sobre o meio-ambiente, ser diatante de nós. Estamos falando de nossa sobrevivência.

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  3. Caro Rosenwal, nosso espaço geográfico está em constante mudança, porém as mudanças sempre tendem ao caos.
    Visto o crescimento exacerbado da Grande Goiânia, há muito já deveria ter um plano diretor sustentável... diferentemente do plano diretor atualíssimo de nossa cidade e que foi a "mão-na-roda" que faltava para as construtoras e imobiliarias da capital.
    É chegada a hora dessas informações, como a já postada pelo senhor, serem amplamente divulgadas para que se tornem apelo público e assim adquirirem a notoriedade necessária para que medidas preventivas sejam tomadas.

    Att.,

    Ernesto Buarque

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  4. Sempre vejo em portas de escolas e locais de grande fluxo o bom trabalho do AMT e Policia Militar no intuito de melhorar nosso caotico transito, aplicando multas em veiculos que parao em fila dupla ou em lugar proibido, inclusive foi multado a algum tempo atraz, ciente do meu erro ja quitei minha multa, fico indiginado com a falta de fiscalizaçao junto a saida de Rio Verde proximo ao cruzamento da Av. Consolaçao com a Pedro ludovico Teixeira, local onde esta sendo efetuado uma obra para melhoria do transito na regiao, existe ali varias lojas as quais se dao o nome de desmanche, ferro velho, e inumeros outros nomes inclusive alguns ate pojorativo com a classe de comerciantes locais, nao entendo como tais comerciantes tem o poder de nao serem fiscalizados pelos orgaos de transito (AMT e Policia Militar), pois estes comerciantes sempre usam a calçada e tambem a rua para arrumar carros e fazer esposição de suas mercadorias, parao em fila dupla a todo momento, ocupão toda calçada
    impocibilitando a passagem de pedestres, estacionao seus carros em baixo da placa de proibido estacionar, fazem uma verdadeira afronta ás altoridades. Quero saber se nossa autoridade e conivente ou ainda nao se deu conta da situação, sera que nunca em horario de pico passou por ali algum carro do SMT ou PM, logico que passou e fez vista grossa ao problema, entao vamos fazer tambem vista grossa aos carros que parao nas portas das escolas em fila dupla para pegar seus filhos e tamtos outros que infligem a lei. Ai vamos deixar nosso tansito poir e nossas autoridades ainda mais desacreditadas.

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  5. OLÁ NOBRE PARCEIRO, SOU UM ALIADO E PREOCUPADO COM O MEIO AMBIENTE, ESTOU EM GOIÂNIA-GO A TRABALHO E FAÇO PALESTRAS PARA CONSCIENTIZAR AS PESSOAS DO GRANDE PROBLEMA QUE A NOSSA ÁGUA FAZ A SAÚDE. SE HOUVER COMO CONTRIBUIR COM VOSSA LUTA EM PROL DA VIDA DO HOMEM E DA NATUREZA, CONTE COMIGO.
    PAULO HENRIQUES-GESTOR COMERCIAL HAILIVING
    SITE: WWW.HAILIVING.COM.BR / phd_diamante@hotmail.com - (62) 8200-2120

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