Seguidores

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

O lobby dos drogados

É incrível como ainda persiste no Brasil, principalmente entre a esquerda festiva irresponsável, a tese de que defender a ilegalidade é lutar contra o capitalismo. Sempre que possível ainda existe gente de má nota que se posiciona contra as forças policiais enfraquecendo quem luta a duras penas para combater a criminalidade. O mais novo ardor dos hipócritas é exigir que o inferno das cracolândias continue agigantando tentáculos sem que seja incomodado. Em São Paulo, chegaram até a realizar churrascos com a presença de pseudointelectuais.

Em Goiás, muito embora os telespectadores tenham reagido de forma clara, inclusive exortando o deputado Mauro Rubem (PT) a levar os viciados para a porta de sua residência, foi assustador acompanhar a tese desse parlamentar procurando denegrir as intenções do coronel Katayama na tentativa de eliminar os bolsões de uso livre do crack em Goiânia. O truque de Mauro Rubem, em debate promovido pela TV Serra Dourada sob a batuta do competente Jordevá Rosa, foi difundir a falácia de que não deve existir repressão policial.

Ele procurou vender a falsa ideia de que os usuários são apenas vítimas do sistema. Sendo assim, merecem apenas tratamento médico. Oxalá fosse verdade. É claro que deve existir prevenção e tratamento, mas essas medidas necessárias substituem a repressão? Trata-se de uma tese estúpida até os ossos. A ação da polícia inibe o tráfico, consegue identificar estupradores, assassinos, bandidos infiltrados e passa a firme mensagem de que não estamos dispostos a ceder terreno para práticas ilícitas.

O equívoco não é um privilégio do digno representante, na obtusa visão de uma espécie de lobby dos drogados (que se alastra em várias capitais do País) até parece que o certo é reivindicar a formação de uma patota acima da lei. Gente capaz de impor sua vontade, ao arrepio da legislação e do bom senso, a cidadãos honrados que lutam paga ganhar a vida honestamente. Não dá para entender.

O que pretendem? Essa “síndrome do Estado repressor” não pode ser uma fobia pueril. Milhões de trabalhadores não podem ficar à mercê de grupelhos que se deslocam como zumbis, dispostos a tudo para se derreter no vício, sem que alguma coisa seja feita. Se a polícia não pode atuar, fazer o que? Deixar correr solto?

Na verdade, e rasgando o véu da hipocrisia, essa marola de jogar toda a culpa dos problemas no foco social é que está alimentando as aberrações. E que não me venham os adeptos da distorção afirmar que sou contra auxílio efetivo aos viciados. Sou a favor de políticas amplas e humanas. Mas considero loucura imaginar guetos, intocáveis pelo temor em agir, se alastrando de forma monstruosa.

Estou convicto que o deputado Mauro Rubem não é a favor do uso de drogas, mas ele está sempre contra o aparato policial. Como se os homens de farda fossem – sempre e em quaisquer circunstâncias – um problema. É necessário admitir, e reconhecer, que estamos enfrentando uma situação gravíssima. Cuja solução passa, também e principalmente, pelo rigor dos agentes da lei.

Urge que a sociedade, e particularmente um representante esclarecido como Mauro Rubem, possa entender essa complexa equação. Do contrário, corre-se o terrível risco de forçar os policiais a cruzar os braços. No arremate, é sempre bom lembrar, os traficantes são mestres em criar atritos para denegrir quem procura tolher seu lucrativo negócio. Diminuir, inibir e escarnecer as ações policiais só interessa a eles.

3 comentários:

  1. Sua análise é superficial meu amigo. Parece uma redação do ENEM cujo tema é "O Crack em Goiás". A questão levantada pelo político é sobre a inconstitucionalidade da ação dos policiais sobre o fato e não somente sobre o tratamento dos drogados ou o que fazer com eles. As leis não devem simplesmente ser ignoradas a fim de resolver um problema social, por mais grave que seja. Quer resolver um problema? Crie uma lei específica para o caso antes de agir!

    ResponderExcluir
  2. Nota 5,4! Tomara que sua nota na prova objetiva seja um pouco melhor, assim você consegue uma boa média e uma possível vaga no PROUNI.

    ResponderExcluir
  3. Meu caro anônimo, respeito sua opinião mas não admiro o anonimato. Fico com minha tese de que a polícia deve agir. O político em questão só critica as ações. Não aponta solução alguma . Gostaria de discutir com você, democraticamente, sua teoria de criar leis específicas. Coisa de louco pensar em leis específicas para tudo. Um abraço.

    Rosenwal

    ResponderExcluir