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quinta-feira, 17 de maio de 2012

Guerra suja contra a liberdade de imprensa


Recentemente o Centro de Estudo sobre Che Guevara, controlado pela ditadura cubana, suprimiu de uma publicação trechos históricos em que Che executa friamente, sem julgamento ou defesa, dois traidores. A ideia é perpetuar o culto romântico que envolve o guerrilheiro, deixando de mostrar o lado covarde e insano de sua complexa personalidade. Nada de novo no pesqueiro de Fidel Castro e sua corte de tiranos arbitrários. Como afirma com muita propriedade o escritor Jon Lee Anderson, autor de uma biografia honesta de Guevara, Cuba é um país em que um punhado de pessoas decide o que os demais vão saber.

O assustador é que uma turma ligada a esse contexto de opressão continua disposta a esgoelar a liberdade de imprensa em terras brasileiras. Encastelada em postos-chave da política e se agarrando como sanguessugas nos calabouços do poder, sempre que podem tentam colocar a imprensa no banco dos réus. A ideia fixa é desmoralizar jornalistas e veículos de comunicação, como forma de iludir a opinião pública e permitir mecanismos capazes de cercear a liberdade.

Covardes e desleais na essência agem nas sombras utilizando subterfúgios próprios de ratos de esgoto. Eles odeiam jornalistas e veículos independentes, sobretudo aqueles que não conseguem comprar ou intimidar. Para citar um bom exemplo, essa turma do mal soltou fogo pelas ventas disposta a impedir que o escândalo do mensalão fosse esquecido. O projeto sempre foi o de intimidar profissionais, acuando publicações dispostas a exigir justiça, até que os crimes fossem prescritos.

Como não funcionou até o momento, uma campanha mais sórdida ainda se reergueu escondida no imbróglio Carlos Cachoeira. Como se uma lambança pudesse redimir a outra. A moeda de barganha foi no estilo esqueça as minhas diabruras e eu finjo que vou apurar as suas. Sem essa. Não dá para engolir. O que se espera é que as duas garafusas entrem no rol de papirongas investigadas e punidas.

Causa-me asco perceber que alguns veículos de comunicação estejam alimentando o propósito de debilitar a imprensa. Ora fazendo o jogo da lorpa irresponsável, ora tirando proveito pelo prazer de destruir. Os homens de bem precisam estar atentos. Depois do aparelhamento do Estado, com todas as suas visíveis e nefastas consequências, está em curso um arranjo semelhante envolvendo a imprensa. Se não frearmos essa tendência, cedo estaremos enrascados numa farsa à la Cuba, mas no pior dos cenários. O dos ingênuos que se iludem pensando viver numa democracia.

O golpe na liberdade de imprensa, como reza a cartilha de Hugo Chávez, Fidel Castro e a orbe de canastrões que os admira, se aglutina cercando a independência do judiciário. A tática de guerrilha “modernosa” implica em destruir reputações emparedando mulher e filhos. O sonho da caterva, que uiva no mesmo compasso, é tocar o Brasil com um partido único e o judiciário de joelhos. A galera serviria apenas para referendar seus desejos unilaterais.

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