Que o Deputado Mauro
Rubem possui uma aversão crônica aos que se dedicam ao árduo ofício de manter a
ordem no Estado, não é uma novidade para quem acompanha sua carreira com senso
crítico. Ele sofre de uma miopia que acompanha a esquerda raivosa e enxerga na
farda os requícios da ditadura que assolou o País. Uma distorção que o impede
de avaliar o policial como vítima da maré de violência que nos engole o
cotidiano. Crítico ferrenho das ações militares, não apresenta nenhuma solução
alternativa para enfrentar o banditismo truculento. Sonha manter batalhões que
agem na cordialidade da guarda Suíça, mas não oferece a fórmula de combina-lo
com os facínoras.
Mesmo inserido neste
contexto, não se pode desprezar sua importante função catalisadora de oferecer
denúncias a serem investigadas. Seu papel é esse mesmo. Não concordo que ele
cometeu um deslize ao dar nomes aos bois na escabrosa delação contida no e-mail
apócrifo. Nos bastidores, o nome dos envolvidos se tornou o arroz com feijão de
todos os jantares. Ao alardear as acusações, permitiu que os citados pudessem
se defender, instigou investigações e tornou inevitável um desfecho capaz de
punir caluniadores e/ou culpados.
Quanto ao Tenente
Coronel Wellington Urzêda – um oficial com carreira de linha parruda que leva
as insígnias da farda no brio dos coturnos – que ficou no olho do furacão, é de
se entender que ficou indignado com o teor das revelações. Denúncias sem rosto
e sem nome exalam covardia. Mas, convenhamos, se parte da história for
verdadeira quem não borraria de receio de se transformar em churrasco do
extermínio?
Até o momento, o que
se condena nas atitudes do oficial forma suas palavras grosseiras, que deram um
tom de arrogância. Na qualidade de servidor público, mesmo com a adrenalina da
indignação, devia manter equilíbrio nas frases de efeito para evitar a sensação
de confronto. É de se destacar que ele foi jogado aos leões sem o necessário
respaldo. Entrevistas que envolvem emoções vulcânicas devem manter a baliza do
profissionalismo. Se ele detém o respeito dos superiores, e tudo indica que
sim, pois ainda está no cargo, onde se enfiou a assessoria de imprensa da PM?
Pois é. Faltou gestão.
No frigir dos erros
de conduta, assassinatos, escaramuças, acusações, ações nebulosas e falta de
preparo, fica a ingrata sensação de que tudo está de pernas para o ar.
Altercações entre autoridades não soluciona coisa alguma. É mais lama em águas
turvas.
Rosenwal Ferreira
@rosenwalf
Bom texto, gostei das palavras e informações.
ResponderExcluirAcho que precisa colocar um botão para compartilhamento no facebook.
ResponderExcluirPrezado Rosenwal, pode até ser um texto com boas palavras, como disse o Carlos, acima, só que a defesa sem informações do Cel Urzeda acarreta irresponsabilidade. Quem milita na segurança pública goiana está careca de saber das ações truculentas e maldosas desse coronel. Procure se informar melhor antes de defender quem comete erros por detrás de uma farda oficial. Todos sabemos "quem é esse coronel"....
ResponderExcluirLamentável suas palavras sobre o melhor deputado do nosso estado...o anonimato da carta se da pelo risco que o autor corre e não por covardia!
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