Segundo informações do chamado
núcleo íntimo do ex-ministro da Justiça Marcio Thomaz Bastos, ele dá um sorriso
enigmático todas as vezes que existem artigos, comentários e análises, falando
sobre o soberbo apelido dele na qualidade de advogado. Com os cofres
abarrotados de dinheiro e rico em conhecimentos jurídicos, o homem é chamado de
“God”. Dizem que não o batizaram com o apelido “Deus”, em português mesmo,
porque não teria igual refinamento. Que coisa. A mim causa arrepios.
Já pensaram que ousadia um cidadão aceitar tamanha
responsabilidade? Mesmo que ele seja capaz de ressuscitar clientes enterrados
na cova rasa de problemas insolúveis, tenha a capacidade, sobre tudo em
Brasília, de abrir passagens seguras num mar de problemas, caminhe sobre as
águas impedindo clientes de se afogarem e sua palavra ecoe como se fossem
trombetas bíblicas, ser considerado Deus me parece ir longe demais.
Já pensaram o encontro de
Thomaz Bastos no tribunal do julgamento divino? Pelas barbas de Lula, e no que
temo frente ao criador, ele poderá cair de joelhos comprovando que suas
chicanas jurídicas nada valem após a morte. Ou será que ele imagina, assim como
muitos de seus pares que valem ouro na terra, que será capaz de torcer fatos,
esconder provas e dar uma rasteira no xará?
Que ilusão acompanha essa turma
que não acredita na lei do retorno. Evidente que seus carrões de luxo, suas
mansões perfumadas, os jatos sempre disponíveis, os vinhos de safra nobre, os
restaurantes cinco estrelas e os mimos de jovens modelos que lhes acompanha nos
rega-bofes, oferecem a certeza de que é mentiroso o ditado: “aqui se faz
aqui se paga”. O mais certo acreditar, entre risos e farras impublicáveis,
é no refrão “aqui se faz aqui se recebe”, de preferência se lixando de
onde vêm os milhões que engrossam as contas bancárias.
Deus! God ! Não importa. O que me assusta é a blasfêmia ao
aceitar a designação especial com jeito de que tem um fundo de verdade. Aos que
se dedicam, sem escrúpulos ou remorso, a rezar na cartilha de fins que
justificam os meios, se mostra importante disseminar ares de infalibilidade.
Uma quimera, triste ilusão de almas sofríveis no senso e na essência.
No arremate, já pensaram o diálogo numa sala envolvendo Lula,
Thomaz Bastos, José Dirceu, Maluf, José Sarney e Renan Calheiros? Cada um deles
olhando de esguelha puto porque o outro se acha uma divindade? Até
que Lula pode salvar-se considerando que, até hoje, não está convicto se ele ou
Hugo Chavez é que representa Deus. Sarney fica rindo de todos sem nenhuma
dúvida de que já provou ser o criador. Renam Calheiros e Maluf se fundem na
convicção de que o bom é levar até o “todo poderoso” no bico. Algo que
dá no mesmo porque endeusa muita gente. Muitos ficam com inveja
dessa renca. Eu fico com dó.
Rosenwal Ferreira
Jornalista e Publicitário
@RosenwalF
rosenwal@rrassessoria.com.br
Belo Post Rosenwal!!!
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