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quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

O heróico nono batalhão da PM


        Fossemos um País capaz de cultuar, e difundir, atos de bravura e heroísmo em defesa da sociedade, as ações do nono batalhão da Polícia Militar do Estado de Goiás poderia render episódios holywoodianos, como acontece com seriados estilo CSI Miami, New York NYPD e outros. Encravada num dos mais turbulentos cotovelos da capital, esta unidade tática tem conseguido resultados notáveis mesmo lutando em condições adversas. Atualmente sob a responsabilidade do Major  Hunrikson, um oficial respeitado pelo senso ético, pelo rigor na  utilização correta da farda e raro profissionalismo, o local agrega policiais que merecem destaque.

      Mesmo que a condição de segurança de Goiânia esteja longe do ideal, e muito aquém do que merece o contribuinte que amarga uma carga tributária injusta e mal aplicada, não fosse a garra do nono, o caldo estaria muito pior. A tarefa não é fácil, todos os dias, como se fosse uma interminável enxurrada que chega de um esgoto infindável, o quadrilátero confiado ao Major Hurikson, recebe uma babel de migrantes com fichas corridas de arrepiar.
   
   Infiltrados na massa de trabalhadores, gente humilde que realmente chega à procura de trabalho e remuneração acima dos Estados de origem, entram de sola foragidos da justiça, estupradores, olheiros de quadrilhas, narco- traficantes, drogados que buscam refúgio porque foram ameaçados, e uma complexa babilônia de encrenqueiros. A parte visível dessa lambança, batizada de cracolândia, é apenas uma tênue amostra da violência que os policiais enfrentam num submundo cada vez pior.

       Sem alarde na mídia, e utilizando refinadas técnicas de investigação policial, o nono tem conseguido edificar uma sequência de bons resultados. De forma incansável, agiliza operações que encontram motos e veículos roubados, prende traficantes, desarticular quadrilhas e inibe atos marginais. É de se registrar que o Major Hunrikson não permite que sua tropa esmoreça frente às frustrações do famoso “prende e a justiça solta”. Sua tese é simples como seus hábitos de vida. Prende de novo, quantas vezes forem necessárias. Alguns larápios foram detidos 40 ou 50 vezes. Até irem buscar outra freguesia. Faz parte, afirma o Major com resignada paciência.

     É uma verdadeira saga de heroísmo. Silenciosa, útil, incansável. Longe das picuinhas e dos holofotes dos que procuram benesses. Muitos companheiros tombaram nessa batalha, alguns amargam stress, vítimas de ameaças constantes, outros foram vitimas do próprio sistema e condenados injustamente no complô do banditismo. Mas nada disso verga os valorosos profissionais do nono batalhão. Eles sabem o que fazem e se orgulham em proteger as famílias. Merecem respeito e reconhecimento.
  
Rosenwal Ferreira: Jornalista e Publicitário
Twitter: @rosenwalF
facebook/jornalistarosenwal

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