Fossemos um País capaz de
cultuar, e difundir, atos de bravura e heroísmo em defesa da sociedade, as
ações do nono batalhão da Polícia Militar do Estado de Goiás poderia render
episódios holywoodianos, como acontece com seriados estilo CSI Miami, New York
NYPD e outros. Encravada num dos mais turbulentos cotovelos da capital, esta
unidade tática tem conseguido resultados notáveis mesmo lutando em condições
adversas. Atualmente sob a responsabilidade do Major Hunrikson, um
oficial respeitado pelo senso ético, pelo rigor na utilização correta da
farda e raro profissionalismo, o local agrega policiais que merecem destaque.
Mesmo que a condição de segurança de
Goiânia esteja longe do ideal, e muito aquém do que merece o contribuinte que
amarga uma carga tributária injusta e mal aplicada, não fosse a garra do nono,
o caldo estaria muito pior. A tarefa não é fácil, todos os dias, como se fosse
uma interminável enxurrada que chega de um esgoto infindável, o quadrilátero
confiado ao Major Hurikson, recebe uma babel de migrantes com fichas corridas
de arrepiar.
Infiltrados na massa de trabalhadores, gente humilde
que realmente chega à procura de trabalho e remuneração acima dos Estados de
origem, entram de sola foragidos da justiça, estupradores, olheiros de
quadrilhas, narco- traficantes, drogados que buscam refúgio porque foram
ameaçados, e uma complexa babilônia de encrenqueiros. A parte visível dessa
lambança, batizada de cracolândia, é apenas uma tênue amostra da violência que
os policiais enfrentam num submundo cada vez pior.
Sem alarde na mídia, e utilizando
refinadas técnicas de investigação policial, o nono tem conseguido edificar uma
sequência de bons resultados. De forma incansável, agiliza operações que
encontram motos e veículos roubados, prende traficantes, desarticular
quadrilhas e inibe atos marginais. É de se registrar que o Major Hunrikson não
permite que sua tropa esmoreça frente às frustrações do famoso “prende e a
justiça solta”. Sua tese é simples como seus hábitos de vida. Prende de novo,
quantas vezes forem necessárias. Alguns larápios foram detidos 40 ou 50 vezes.
Até irem buscar outra freguesia. Faz parte, afirma o Major com resignada
paciência.
É uma verdadeira saga de heroísmo. Silenciosa,
útil, incansável. Longe das picuinhas e dos holofotes dos que procuram
benesses. Muitos companheiros tombaram nessa batalha, alguns amargam stress,
vítimas de ameaças constantes, outros foram vitimas do próprio sistema e
condenados injustamente no complô do banditismo. Mas nada disso verga os
valorosos profissionais do nono batalhão. Eles sabem o que fazem e se orgulham
em proteger as famílias. Merecem respeito e reconhecimento.
Rosenwal Ferreira: Jornalista e Publicitário
Twitter: @rosenwalF
facebook/jornalistarosenwal
Nenhum comentário:
Postar um comentário