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quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Mário Naves desmoraliza o Conselho Regional de Administração

Duvido que a diretoria de órgãos representativos sérios, como Ordem dos Advogados do Brasil, Conselho Regional de Medicina, Conselho Regional de Odontologia, Associação dos Magistrados e outros, sejam capazes de autorizar um aluno não graduado, que ostenta o título de prático no segmento, a ministrar palestras para alunos do curso superior em nome da entidade. Inocente, e pensando estar se defendendo, o aprendiz Mário Naves documentou em artigo uma distorção que desmoraliza o CRA/GO e os administradores graduados.

Ele confessa que ministrou palestras, em diferentes ocasiões, autorizado pela Diretoria do CRA/GO, que tinha conhecimento que ele não era formado. Usou sua experiência pessoal “porque não conseguiram encontrar um conselheiro com horário vago”. Vai além: afirma que seu conhecimento do sistema CFA/CRA`s “pode ser até maior do que alguns conselheiros”. Imaginem quanta desmoralização afiançar que um estudante entende mais do assunto do que gente formada que tem a obrigação de fiscalizar a exercício da profissão?

Concordo que Mário Naves atua com honestidade. Não tenho dados para afirmar o contrário. Erra quem contratou os serviços dele. A quantia torna-se um fator irrelevante. Quer dizer que se o valor pago for baixo vale enviar um aluno para representar os administradores?

A revelação de Mário Naves coloca o CRA/GO numa bruta enrascada. Que moral o órgão tem para exigir que empresas contratem gente formada, se aceitam patrocinar conclaves coordenados por um prático no assunto? A contestação dele é risível. Será que ele mostrou o artigo para seus atuais patrões do CRA?

Por mais que seja experiente, Mário Naves jamais devia se atrever a uma empreitada como mestre no ensino superior. Ele precisa aprender muito. Haja vista que no seu texto comete erros crassos que nenhum administrador sério cometeria. Diz, por exemplo, que meu artigo “poderá constituir-se em denunciação caluniosa”. Nunca, meu dileto aluno Mário Naves, verifique. Quando muito, meus parágrafos poderiam gerar uma denúncia por calúnia. “Denunciação caluniosa” é outra figura jurídica.

Pessoas que entraram na justiça contra o grupo que o senhor defende, podem ser vítimas de uma denunciação caluniosa ser for comprovado que não tinham razão para utilizar a lei. Entendeu? Inclusive foi protocolado um pedido de investigação na Procuradoria Federal – número 17258/2010 – tendo como base o mesmo rol de irregularidades citadas no meu artigo. Eu não os inventei. Quem aponta suspeita de fraude é a administradora Maria Catia Alves de Oliveira, Presidente da Comissão de Tomada de Contas do CRA.

Quanto ao fato de que estou à serviço de políticos com ficha suja, faço um desafio: prove. Informo que vou exigir isso do senhor na justiça. E mais: não resolve me pedir para cuidar apenas de assuntos que dizem respeito à minha vida. Jornalistas qualificados não agem assim. A sua sugestão me permitiria escrever apenas sobre o Sindicato dos Jornalistas ou dos publicitários. Como profissional de imprensa, com todos os dissabores que isso provoca, sinto-me no dever de informar pessoas de diversos matizes.

No arremate, não tenho o menor interesse nas eleições do CRA/GO. Membros do próprio órgão é que estão mostrando lama em público. O senhor bem que podia usar toda sua inteligência para ajudar a responder as 16 constatações de irregularidades apontadas pela comissão de prestação de contas. Com um conselho: não vá escrever algo que seja uma confissão que corrobora as graves denúncias. Definitivamente o ponto alto de seu artigo foi a frase “não sou nenhum professor.”


Rosenwal Ferreira é Jornalista e Publicitário.


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