Se
tivesse um mínimo de decência, o deputado Marcos Feliciano teria enfiado a
viola no primeiro saco disponível, pedido para ir ao banheiro e nunca mais
retornava a sentar numa cadeira do parlamento brasileiro. Ao invés de
procurar uma saída honrosa, o pastor brucutu se recusa a largar o osso de uma
função que não tem a menor condição moral de exercer. Sujeito que enxerga o
mundo por uma ótica miúda - mostrando um preconceito de causar nojo - torna
indigna a presidência da Comissão de Direitos Humanos.
Ele
não é o primeiro, e infelizmente não será o último, a rezar a cartilha da falta
de escrúpulos e não dar a menor importância ao clamor popular. Na verdade,
segue os trilhos do presidente do Senado, o nauseabundo Renan
Calheiros, que no maior cinismo ignora milhões de eleitores que rejeitam
sua presença no cargo.
Marcos Feliciano
não é diferente de muitos de seus pares que contribuem para jogar o legislativo
na sarjeta. Ele se torna mais visível, e talvez mais asqueroso, porque mistura o
nome de Deus em sua lambança. Ao contrário de honoráveis bandidos, travestidos
de parlamentares, que ainda conseguem dissimular o mau caráter que lhes
corrói a moral, ele mantém, a seu desfavor, um histórico de frases que beiram a
insanidade.
Estão certos os que
protestam contra sua indicação e, se justifica os achaques que ele recebe
quando se atreve a pregar o nome do Senhor, nos templos do País. Inadmissível
que alguém possa acreditar que todos os povos de uma nação sejam amaldiçoados,
citando a bíblia para justificar tamanha estupidez.
Suas declarações homofóbicas lembram horrores típicos de déspotas que perseguem
seres humanos somente porque não concordam com seu alinhamento sexual.
Infelizmente, tudo indica que vai continuar firme e seguro mantendo o cargo
parlamentar. Duro de engolir é que ordinários de igual calibre são eleitos
porque encontram admiradores que apóiam suas posições anacrônicas. Em resumo: a
lama que cobre o parlamento brasileiro é uma cortesia dos eleitores brasileiros.
Rosenwal Ferreira: Jornalista e Publicitário
rosenwal@rrassessoria.com
Twitter: @rosenwalF
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