O sujeito miúdo que atolou a Venezuela numa “democradura”
acabou sendo vítima da própria farsa. Convencido de que era uma espécie de
semideus a pairar acima dos mortais comuns, não se conformou com uma
enfermidade de solução complexa e se enrascou numa rede de mentiras acreditando
que podia enganar a morte assim como ludibriou
o povo venezuelano e outros incautos que acreditaram em suas teses
estapafúrdias, fruto de uma colossal megalomania.
Fosse ele um ser humano
ético, disposto a viver e conviver no quadrilátero da verdade e transparência, poderia vencer a
batalha contra o câncer e permanecer vivo. Mas ao ser diagnosticado optou por
se refugiar numa ilha prisão e, para garantir o sigilo, se entregou aos atrasos
da medicina cubana. Se tivesse
seguido os conselhos do amiguinho Lula, teria sido tratado no Brasil com
pesquisas de primeiro mundo e condições médicas adequadas. Qualquer pessoa
minimamente bem informada sabe que o mito que envolve a excelência da medicina
na terra dos ditadores Fidel e Raúl Castro é apenas isso: mito.
Quando chegam a centros desenvolvidos como São
Paulo, os doutores cubanos se
espantam com os equipamentos de última geração e com os avanços encontrados.
Infelizmente a turba da esquerda raivosa se recusa em aceitar a dura realidade
de que Cuba, em todos os aspectos, é de um atraso umbilical. O resultado foi
ter que encomendar o caixão de Hugo Chávez antes que seus seguidores pudessem
entender o que realmente aconteceu.
Por incrível que pareça, e depois que o mundo todo
acompanhou o engodo, aparecem ditadores, e seus filhotes inconformados, a
soprar teorias conspiratórias absurdas, querendo culpar forças ocultas do
capitalismo pela morte do tirano. Uma bobagem que não faz senso a qualquer
mortal que tenha pelo menos um neurônio em pleno funcionamento. Chávez apressou
seu encontro com o além porque foi tratado de forma errada desde o início.
Irreverente, e acostumado a dar ordens que não se
questiona, exigiu uma terapia que permitisse sua presença bombástica nas
eleições do País. Num momento delicado da enfermidade, em que o paciente deve
seguir duras recomendações de repouso, alimentação e cuidados minuciosos, se
entupiu de corticóides e similares e zarpou em exaustivas horas de campanha.
Evidente que o organismo não suportou os excessos cometidos.
Bem que os médicos venezuelanos alertaram para a
gravidade do assunto e questionaram a estratégia dos colegas cubanos. Alertaram
que o enredo seria desastroso ao paciente. E foi exatamente o que aconteceu. Os
saudosos de seu estilo fanfarrão vão procurar transformá-lo em mártir e tirar
proveito da tragédia pessoal. Jamais vão conseguir esconder realidades
factuais. Hugo Chávez será enterrado numa cova de mentiras e enganações.
Comprovando que a farsa inevitavelmente acaba engolindo o farsante.
Rosenwal Ferreira: Jornalista e Publicitário
rosenwal@rrassessoria.com
Twitter: @rosenwalF
facebook/jornalistarosenwal
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