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quinta-feira, 7 de março de 2013

Hugo Chávez foi vítima da própria farsa



           O sujeito miúdo que atolou a Venezuela numa “democradura” acabou sendo vítima da própria farsa. Convencido de que era uma espécie de semideus a pairar acima dos mortais comuns, não se conformou com uma enfermidade de solução complexa e se enrascou numa rede de mentiras acreditando que podia enganar a morte assim como  ludibriou o povo venezuelano e outros incautos que acreditaram em suas teses estapafúrdias, fruto de uma colossal megalomania.

           Fosse ele um ser humano ético, disposto a viver e conviver  no quadrilátero da verdade e transparência, poderia vencer a batalha contra o câncer e permanecer vivo. Mas ao ser diagnosticado optou por se refugiar numa ilha prisão e, para garantir o sigilo, se entregou aos atrasos da medicina cubana.  Se tivesse seguido os conselhos do amiguinho Lula, teria sido tratado no Brasil com pesquisas de primeiro mundo e condições médicas adequadas. Qualquer pessoa minimamente bem informada sabe que o mito que envolve a excelência da medicina na terra dos ditadores Fidel e Raúl Castro é apenas isso: mito.

        Quando chegam a centros desenvolvidos como São Paulo,  os doutores cubanos se espantam com os equipamentos de última geração e com os avanços encontrados. Infelizmente a turba da esquerda raivosa se recusa em aceitar a dura realidade de que Cuba, em todos os aspectos, é de um atraso umbilical. O resultado foi ter que encomendar o caixão de Hugo Chávez antes que seus seguidores pudessem entender o que realmente aconteceu.

           Por incrível que pareça, e depois que o mundo todo acompanhou o engodo, aparecem ditadores, e seus filhotes inconformados, a soprar teorias conspiratórias absurdas, querendo culpar forças ocultas do capitalismo pela morte do tirano. Uma bobagem que não faz senso a qualquer mortal que tenha pelo menos um neurônio em pleno funcionamento. Chávez apressou seu encontro com o além porque foi tratado de forma errada desde o início.

          Irreverente, e acostumado a dar ordens que não se questiona, exigiu uma terapia que permitisse sua presença bombástica nas eleições do País. Num momento delicado da enfermidade, em que o paciente deve seguir duras recomendações de repouso, alimentação e cuidados minuciosos, se entupiu de corticóides e similares e zarpou em exaustivas horas de campanha. Evidente que o organismo não suportou os excessos cometidos.

           Bem que os médicos venezuelanos alertaram para a gravidade do assunto e questionaram a estratégia dos colegas cubanos. Alertaram que o enredo seria desastroso ao paciente. E foi exatamente o que aconteceu. Os saudosos de seu estilo fanfarrão vão procurar transformá-lo em mártir e tirar proveito da tragédia pessoal. Jamais vão conseguir esconder realidades factuais. Hugo Chávez será enterrado numa cova de mentiras e enganações. Comprovando que a farsa inevitavelmente acaba engolindo o farsante.

Rosenwal Ferreira: Jornalista e Publicitário
rosenwal@rrassessoria.com
Twitter: @rosenwalF
facebook/jornalistarosenwal

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