Eu me incluo entre os milhares de brasileiros que levaram os filhos e esposas
para engrossar as fileiras da mais expressiva manifestação de repúdio aos
desmandos do País. Nas passeatas, eu senti orgulho quando constatei que a
gritaria tocava o âmago dos problemas nacionais, deixando de lado os
tradicionais desejos umbilicais. Minha satisfação foi maior ainda quando
proibiram a permanência de bandeiras que representam partidos oportunistas. Nem
precisa dizer que políticos de todos os matizes foram punidos com a rejeição
que merecem.
Entretanto, como tudo em terras do circuito afrolusotupiniquim, um grupelho de
rebeldes decidiu bagunçar tudo em labaredas de violência e anarquia. Assim não
dá. Estão confundindo -- sabe-se lá a interesse de quem --- reivindicações
democráticas com anarquismo improdutivo. Ao contrário do que alguns apregoam os
vândalos que se infiltram nas marchas de protesto são apenas bandidos. Nada
mais.
Mesmo que
tenham nomes bonitinhos, capazes de invocar a nobreza dos guerreiros, como
Ninjas, Samurais e etc, suas ações representam o cerne da covardia. Não existe
dignidade alguma na destruição de propriedades que foram conquistadas com o
suor do trabalho, num País em que se amarga a maior carga tributária do
planeta, de longe a mais injusta e mal aplicada.
O que
resolve destroçar edifícios e repartições públicas construídas com o dinheiro
do contribuinte? Um bem de todos os patrícios que deverá ser reconstruído
tirando o dinheiro dos cofres da viúva. Nem precisa ser um gênio para deduzir
que são atos insanos e desleais.
No
entanto, ainda existem figurinhas carimbadas a defender tal corja de
desordeiros. Incluindo notáveis ligados a OAB e e segmentos dos Direitos
Humanos, dispostos a colaborar para subverter a ordem, transformando o Brasil
no quadrilátero da mixórdia.
Uma coisa é se
revoltar contra os deuses da política que continuam a desrespeitar o povo e
sugar a nação, outra é transformar o País em cinzas como se fosse útil adubar
quarteirões arrasados pela extravagância e desvairamento. É necessário separar,
de forma clara e sem hipocrisia, os arruaceiros dos que lutam por uma causa
justa.
Mais
importante ainda é entender, de uma forma justa e profissional, o árduo
trabalho dos policiais. Homens que estão se derretendo numa sofrida pressão
levando paus, pedras e criticaria de todos os lados, sem nenhum refresco. Se
agir contra os criminosos camuflados entre os que demandam reformas sérias, são
chamados de truculentos, se deixarem correr solto recebe a nome de omissos.
É bom lembrar que o
Brasil chegou ao fundo do poço em função da impunidade. Se ao reivindicar
transformações, colocamos mais lenha na fogueira dos crimes sem castigo é de se
prever que tudo vai piorar.
Rosenwal Ferreira:
Jornalista e Publicitário
Twitter: @rosenwalF
facebook/jornalistarosenwal
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