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quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Em que time joga Luiz Carlos Orro?

Quando os goianos ainda alimentavam ilusões da Capital ser uma das sedes da Copa do Mundo do futebol, era visível o frenesi do secretário de Esporte e Lazer da prefeitura, comunista Luiz Carlos Orro, agilizando poses ao lado das celebridades da CBF, dando entrevistas com ares de quem entendia do assunto e passando a ideia de que sua pasta era capaz de realizar projetos imprescindíveis. Quando a bola murchou, mostrando que os investimentos – ou seja, grana à $olta – iriam parar em outra freguesia, o ilustre funcionário sumiu dos holofotes e passou a dedicar-se ao que mais gosta: curtir a vida e viajar por conta do contribuinte.

O que incomoda, e deve ser questionado, é o fato de que o órgão que Orro representa parecia ser capaz de tudo e, repentinamente, passou a não ser de nada. Ninguém sabe que apito toca a Secretaria de Esporte e Lazer. Há mais de quatro meses enviei uma correspondência, indagando a respeito de projetos e realizações, e até hoje não obtive resposta.

É possível que o diligente profissional não tenha respondido por estar ocupado com algo espetaculoso. Afinal de contas, as abas de seu chapéu são vistas no saguão do aeroporto com muita frequência. Enquanto isso, a cidade segue carente de uma política de esportes capaz de atender crianças, jovens e adultos. Mesmo sendo uma Capital em que sobram áreas públicas, com invejáveis dias ensolarados e com vocação para todas as modalidades esportivas, é fato raro encontrar incentivos nesse segmento. Pelo que me consta, não existe sequer um calendário de eventos para o ano de 2010. O que está sendo realizado para suprir a ausência da copa em nossos rincões ou, melhor ainda, como é possível tirar proveito do evento? As quantas andam a tal parceria entre Estado e prefeitura para incrementar atividades na área? A união só valia em torno do maior evento de futebol? Não seria o momento de arregaçar as mangas e mostrar criatividade? É fácil esgarçar sorrisos aos holofotes quanto existe mufunfa para mais de metro e meio.

Na ausência de informações oficiais, que me foram negadas, analiso com o que posso verificar. Ao contrário de outras áreas, cujos responsáveis estão dando um show de competência, a secção de Orro acomodou-se. Ele não joga no time de Iris. Fosse por habilidade, no que demonstrou até agora, sequer merecia sentar no banco de reservas. A única preocupação visível do secretário é representar o partido comunista do Brasil, proteger alguns apadrinhados e jogar duro com quem ousa questionar suas ações, procurando desmerecer ou intimidar os que clamam por ações efetivas.

Vale destacar sua luta, essa sim aguerrida e vigorosa, em prol da esquerda radical que pleiteia indenizações que vão onerar os cofres públicos. Como se nós, o povão que paga a mais injusta e mal aplicada carga tributária do planeta, tivéssemos culpa das diatribes no domínio da ditadura.

Ao indagar os rumos de uma importante secretaria, esforçando para descobrir se está cumprindo sua função, certamente serei acusado de pertencer a CIA, FBI, CCC, de ser racista, homofóbico, nazista e outras adjetivações negativas. Mas será que dessa vez é possível atrelar uma resposta que justifica o alto salário e as mordomias usufruídas com o dinheiro que pertence ao contribuinte? Quem sabe estou errado e a Secretaria de Esporte e Lazer está realizando um excelente trabalho que só eu, o anticomunista confesso, não enxerga?



Rosenwal Ferreira é jornalista e publicitário.

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