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quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Pode saquear, invadir e assassinar que o João garante impunidade

Nascido em 1953, na cidade de Lagoa Vermelha, no Rio Grande do Sul, João Pedro Stédile, que se eterniza como poderoso chefão do Movimento dos Sem-Terra, sempre conviveu com a síndrome do inconformismo. Segundo consta, foi um rapaz invejoso, com azeda indisciplina, sempre pronto a cuspir veneno nos colegas bem-sucedidos. Seus ares de europeu não foram suficientes para esconder um brutal complexo de inferioridade. Ele tem uma necessidade visceral de mostrar que manda no MST e que o movimento está acima das leis brasileiras. Na história do Brasil, poucos homens se deram ao luxo de provocar as instituições com o pérfido talento de Stédile.

Quando era possível manter reuniões na certeza de não existirem gravadores – na era pré-celulares ou microcâmeras de baixo custo – ele incitava a turma “bucha de canhão” a realizar ações com uma linguagem explícita. A ordem era invadir, botar fogo, destruir e espalhar o horror entre os latifundiários. “Ninguém terá coragem de nos peitar”, dizia na maior naturalidade.

O homem envelheceu, aplacou um pouco o vocabulário, mas continua com a mesma birra da sociedade produtiva. Muito esperto, evita em público palavras de ordem com maior virulência, mas, no íntimo, não mudou uma vírgula em suas intenções. Seu desvario é construir uma ditadura do proletariado em terras brasileiras.

Seu maior desgosto, algo que faz arder sua ira, é o fato de Lula não ter seguido os passos de Hugo Chávez. Nos delírios de quem pretende uma guerra de classes, pouco importa se o presidente realiza uma gestão que deu certo. Os desejos orgásticos de um confronto sangrento, capaz de arrotar uma revolução campesina, se transformam num manto a empanar a razão.

No contato pessoal, nas duas ocasiões que estive perto dele, percebi nitidamente uma alma em conflito, como se fosse uma panela de pressão capaz de explodir a qualquer momento. Seus olhos claros chispam uma raiva incontida. Na gestão de Lula, que fez jorrar dinheiro no MST, ele deixou correr solto invasões sangrentas que chocaram a nação. Nos bastidores, realizou pressões às claras mostrando que podia ter sido pior, bem pior.

Na qualidade de padrinho costa quente, garantiu nos bastidores que ninguém seria punido por ações dignas de uma quadrilha. Tudo ocorreu nos limites de suas promessas. Recentemente o capo do MST tem mostrado uma euforia acima da média. Ele exulta com as amplas possibilidades na eleição de Dilma Rousseff.

Ele delira com a possibilidade de uma parceira com histórico de militância em grupos armados. Ao contrário de Lula, que fez opção pelo diálogo, Dilma tem na veia o sangue dos legítimos revolucionários. João Stédile já passou a ordem: os movimentos e sindicatos devem comprar Dilma no estilo porteira fechada.

O poder de João Pedro Stédile é de arrepiar. Com apenas alguns telefonemas, ele é capaz de botar fogo em milhares de pessoas prontas a invadir, saquear e causar pânico nos produtores rurais. É difícil imaginar que Dilma, ou qualquer outro candidato, queira fazer parte de seu desvairamento ou esteja pronto para engajar em guerrilhas ideológicas. Mas só de pensar que ele exulta com a possibilidade já é de causar medo.

Os atos já praticados com o aval de João Pedro Stédile seriam suficientes para um acerto de contas com a justiça ou, na pior das hipóteses, alguns anos de cadeia. Mas ele está livre, leve, solto, com moral alta e pronto para agir. Interlocutores íntimos garantem que ele tem ódio de Goiás. Para a sorte de nosso Estado, os segmentos responsáveis pela ordem – Legislativo, Judiciário e Executivo – nunca foram omissos aos desregramentos do MST. Torço para que ele jamais tenha vez por essas bandas. No mais, pode continuar indicando o voto em Dilma. No meu entendimento, é um péssimo cabo eleitoral.



Rosenwal Ferreira é jornalista e publicitário

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