Nos Estados Unidos, a expressão yellow
press surgiu por causa do personagem de histórias em quadrinhos The Yellow Kid, criado por Richard Felton Outcault e um dos
focos da disputa entre os jornais New York World e New York Journal American. Como as duas
publicações se destacavam também pela competição irresponsável, no mais
absoluto estilo em que os fins justificavam os meios, numa disputa levada às
últimas consequências. Os críticos começaram a se referir a ambas como
"imprensa amarela".
No Brasil, o chefe de reportagem
Calazan Fernandes mudou o termo para imprensa marrom porque, segundo sua
aguçada ótica jornalística, a cor amarela lembrava alegria e invocava algo
positivo. O marrom seria mais apropriado por ser mais taciturno, bem apropriado
ao esgoto da falta de ética.
Pois bem, a comunicação via
internet, com suas múltiplas ferramentas que permitem acessíveis e democráticas
formas de divulgação, permitem que jornalistas, e uma babel de internautas,
possam atuar no palco das comunicações com o público, sem os altos
investimentos que tornam boa parte da imprensa refém do Governo ou de grupos
econômicos.
Com
isso, se vislumbrou uma nova era de ética e compromisso com a verdade. Seria o
fim da famigerada imprensa marrom. Na prática, não é isso o que está
acontecendo. Infelizmente, os mesmos vícios dos executivos da mídia, agindo
como pistoleiros de aluguel, estão sendo adotados pelos canais regulares de
divulgação via internet.
Em
Goiás, com justificativas hipócritas até os ossos, a maioria dos responsáveis
por blogs, portais e similares, atuam como leões de chácara de grupelhos que os
contrata para apertar o gatilho contra adversários num eterno festival de
confetes para agradar os chefes. É a imprensa marrom na coloração internet,
nada além disso.
A
estratégia ficou tão óbvia, num desgaste que irrita qualquer pessoa com
QI positivo, que é muito fácil perceber a serviço de quem se agiliza as
publicações. Os desafetos de Marconi e do PSDB se deleitam no espaço x que só
encontra defeitos e azedume no chefe do Governo Estadual. Os inimigos de Paulo
Garcia e do PT, vão ao orgasmo no espaço y, que vomita os erros e nunca
encontra qualidades nas ações do chefe do Paço Municipal.
Essa corrupção, isso também é corrupção
visto que corrompe a ética e a isenção na divulgação da notícia, não interessa
à sociedade e não serve para modificar os vícios do sistema. Perpetua, num
canal diferente, as distorções que alimentam o besteirol brasileiro. Triste
constatação perceber que o erro no Brasil não é de formato. É de caráter. Na
verdade de falta de caráter. Não apenas dos políticos ou dos mandatários de
plantão. Está na alma do povo.
Rosenwal Ferreira:
Jornalista e Publicitário
Twitter: @rosenwalF
facebook/jornalistarosenwal
A imprensa Goiana deveria ter como o exemplo do caso do Sr. "Mané de Oliveira" que mesmo tratando quase sempre de futebol teve tempo e espaço para escancarar as mazelas sofrida pelo povo mas não falou, até que uma das se virou contra ele e agora paga de homem injustiçado.
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